Apocalyptic Love | Carl Grimes

3. moonlight

"Eu nunca te disse,
mas eu estava me apaixonando."

》Marie on

— Foi mal— Digo soltando a tesoura e me afastando da pessoa.

— Não tem problema— Carl diz com um sorriso sem graça.

— O que você tá fazendo aqui?

— Eu te conheço de algum lugar? Eu não consegui dormir pensando em você, quero dizer não "em você" mas em eu conhecer você tipo... entendeu?

O mesmo coça a nuca envergonhado.

Sorri e respondi:

— Entendi. Sobre sua pergunta...Eu era de Atlanta.

— Sério? Eu também.

— Pera, qual o seu sobrenome mesmo?

— Grimes.

— Eu conhecia um Carl Grimes quando eu morava em Atlanta...pera é isso! seu pai era policial e ele foi baleado alguns meses antes de tudo começar?

— Sim!— Ele se aproxima.

— Então a gente estudava juntos.

— É, Não era só isso, bom eu tinha uma pequena queda por você.

— Com...11 anos?

—É...— Ele cora um pouco.

Eu sorrio e um silêncio confortável se instala no pequeno cômodo. Encaro os seus lindos olhos de oceano e derrepende sinto uma vontade de beija-lo então volto a realidade e me afasto.

— Você realmente precisa ir?— Ele pergunta.

— Sim, sabe os salvadores?

Carl respira fundo e me olha com um olhar triste antes de dizer- Sei.

— Eles estão atrás de mim, eu...roubei uma coisa do chefe deles, Negan.

— Você era do grupo dele?

— Pode se dizer que sim.— Eu me afastei indo até a pia e ligando a torneira e colocando meus cabelos embaixo da água.

— Você sabe que existem chuveiros pra isso certo?

— Seria bom se AINDA existissem chuveiros.

— Nos temos chuveiros aqui.

Olhei para ele com um olhar confuso e feliz e ele apenas sorriu e disse:

— Vem comigo.

Seguimos por um corredor que nos levou a parte de fora do prédio onde estávamos. Eu caminhava com uma certa dificuldade por causa do meu tornozelo então Carl se aproximou e envolveu seus braços na minha cintura e eu envolvi meus braços em volta de seu pescoço e continuamos a caminhar até chegarmos em uma casa não muito longe.

— Eu moro aqui.

— No mesmo dia que conheço seu pai já está me levando pra sua casa? Meio rápido demais não?

— Haha— Ele diz sorrindo e em seguida me ajudando e entrar na casa e subir os degraus.

— Você pode usar esse banheiro, vou pegar emprestado umas roupas da Michonne.

— Espera, Michonne e seu pai estão...

— Sim

Nos dois damos uma risadinhas até ele sorrir e sair do banheiro fechando a porta, que eu tranco logo em seguida. Tiro minha roupas e ligo o chuveiro e deixo a água quente lavar o sangue do meu cabelo, tornozelo, e de todas as outras feridas abertas no meu corpo me fazendo relaxar imediatamente, eu não fazia ideia de quanto tempo eu não tomava banho com água quente que tinha até esquecido como era a sensação.

Depois de alguns minutos sai do chuveiro e peguei uma toalha dentro do armário, me enrolei na mesma, abri a porta e olhei para baixo e tinha uma camisa branca lisa, uma outra camisa xadrez, uma calça jeans preta, e roupas íntimas. Vesti tudo e desci até a sala e vejo Carl dormindo no sofá.
"Ele fica muito lindo dormindo" pensei, mas logo afastei o pensamento. Vi um papel e uma caneta em cima do balcão e escrevi um bilhete:

"obrigada por emprestar o chuveiro, não tomava banho fazia séculos, voltei para a enfermaria para dormir, não quis te acordar, não sei que horas vou embora amanhã, se você acordar cedo pode até me encontrar saindo, se não, foi muito bom te rever, se cuida :)"

Deixei o bilhete na mesa de centro que tinha em frente ao sofá e voltei para a enfermaria mancando enquanto reparava nas casa quietas do local, era estranho andar por aí, em um lugar desconhecido, sozinha, e sem uma faca ou arma para se proteger, talvez fosse assim que é se sentir segura. Quando cheguei, tentei dormir um pouco, amanhã seria um longo dia.