A Irmã de Ron Weasley(Draco Malfoy e tu) //1// (TRADUÇÃO)

6) Quidditch

Novembro já tinha começado e o tempo ficou muito frio. As montanhas perto da escola adquiriram um tom cinza de gelo e o lago parecia aço congelado. Todas as manhãs, os jardins apareciam cobertos de geada. O Hagrid descongelava as vassouras no campo de Quidditch, aconchegado num enorme casaco de pele, luvas de pele de coelho e enormes botas de pele de castor.

A temporada de Quidditch ia começar neste sábado.

O Harry estava animado pelo primeiro jogo, enquanto eu rezava para que nenhuma chaser se magoasse.

Os Gryffindor estavam muito animados, se os Gryffindor vencessem, ficaríamos em segundo lugar no campeonato das casas. As únicas pessoas que nos viram a jogar foram os membros da equipa dos Gryffindor, incluindo os suplentes. O  Wood decidiu que o Harry ia ser a arma secreta e o Harry ficou feliz.

Mas a notícia de que o Harry ia jogar como estrela titular vazou, assim como a notícia de eu ser uma chaser suplente.

Foi realmente uma sorte que a Hermione fosse nossa amiga. Não sabia como faria com os trabalhos de casa sem o reforço dela à noite. A Hermione tornou-se um bocado mais flexível em termos de quebrar as regras desde que o Harry e o Ron nos salvaram do monstro, então era muito mais agradável.

No dia anterior ao jogo do Harry, estávamos os quatro do lado de fora, no pátio gelado, e a morena fez um fogo azul brilhante, que podíamos levar connosco numa jarra de geleia. O fogo estava atrás de nós para nos aquecer quando o Snape cruzou o pátio. Notei imediatamente que o Snape estava a coxear. Juntámo-nos mais para cobrir o fogo, porque não sabíamos se era permitido. Infelizmente, agimos com muita suspeita e o Snape virou-se para nós.

— O que tens aí, Potter? Livros da biblioteca não podem ser tirados da escola. Dá-me isso. Menos cinco pontos para os Gryffindor.— Disse o Snape, a levar o livro "Quidditch Através dos Tempos", que o Harry tinha requisitado na biblioteca.

— Tenho a certeza de que acabou de inventar essa regra. — Murmurou o Harry com fúria, enquanto o Snape se afastava a coxear.

— O que lhe aconteceu à perna?— Perguntei.

— Não sei, mas espero que lhe doa muito. — Disse o Ron amargurado.

Como todas as noites, a sala comum dos Gryffindor era um cúmulo de ruído. Nós os quatro estávamos sentados juntos, perto da janela. Eu e a Hermione estávamos a rever os trabalhos de Feitiços com o Harry e com o Ron.

— Vou pedir ao Snape que me devolva o livro. — Decidiu o Harry, depois de muito tempo, a mexer as pernas com inquietação.

—Eu não faria isso.— Dissemos os três ao mesmo tempo.

Como sempre, o Harry não nos ouviu, então decidi segui-lo, só por segurança.

O Harry foi até à sala dos professores e bateu à porta. Não houve resposta. O Harry empurrou a porta, espreitou antes de entrar. Meti-me ao lado dele, avisando que era eu.

O que vi fez-me congelar.

O Snape e o Filch estavam lá, sozinhos. O Snape tinha a túnica arregaçada acima dos joelhos. Tinha uma perna magoada e cheia de sangue. O Filch estava a preparar alguns pensos e ligaduras.

— Aquela maldita coisa! Como se pode vigiar três cabeças ao mesmo tempo? — Resmungava o Snape.

Fazendo o mínimo de barulho possível, encostei-me à parede, enquanto o Harry fechava a porta.

— POTTER! — Gritou o Snape como se tivesse olhos nas costas, que podiam atravessar sólidos, para detetar a presença do Harry atrás da porta.

Contive o ar, a rezar para que não se apercebesse que estava lá também. O Harry engoliu em seco.