Durante o resto das férias de Natal, sonhei muitas vezes com o espelho, a imagem do Draco Malfoy adulto não saía da minha cabeça.— Não percebes? O Dumbledore tinha razão. Esse espelho pode-te tornar louco. — Disse o Ron quando o Harry nos contou sobre os seus sonhos.
A Hermione voltou no dia anterior ao início das aulas, dececionada por não ter encontrado o Nicolau Flamel e horrorizada com a ideia do Harry a vaguear pelo colégio três noites seguidas. As nossas esperanças iam-se embora com o tempo.
Eu e o Harry não tínhamos tempo para procurar informação, já que os treinos de Quidditch tinham começado. O Wood fazia-nos trabalhar mais duro que nunca. Tinha decidido que seria titular sem me consultar e tinha desenhado uma alineação adaptada a mim durante as férias, então não lhe pude dizer que não. Nem a chuva constante que tinha substituído a neve podia parar a animação dele. O Fred e o George queixavam-se que o Wood era obcecado com o Quidditch. Para mim eram bons os treinos duros do Wood. Assim não tinha tempo para pensar no Draco Malfoy. Então, durante um treino num dia especialmente húmido e cheio de lama, o Wood disse-nos que o árbitro do próximo jogo ia ser o Snape.
— O Snape vai ser o árbitro? Quando foi árbitro num jogo de Quidditch? Não vai ser imparcial se conseguirmos passar os Slytherin. — O George caiu da vassoura e escupiu um pedaço de lama.
— A culpa não é minha. Temos que jogar limpo, e não lhe vamos dar desculpas para nos marcar falta. — Suspirou o Oliver Wood.
Quando voltamos à torre dos Gryffindor, contamos à Hermione e ao Ron.
— Não jogues. — Disse de imediato a Hermione.
— Diz que estás doente, Harry. — Disse o Ron.
— Finge que partiste uma perna. — Sugeriu a Hermione.
— Parte mesmo uma perna. — Adicionou o Ron.
— Não posso. Não há um seeker suplente. Se não jogar, os Gryffindor não jogam. — Disse o Harry.
Naquele momento, o Neville caiu na sala comum. Ninguém sabia explicar como tinha conseguido passar pelo buraco do quadro, já que tinha as pernas coladas. Era o feitiço das Pernas Coladas. Teve que vir a saltar o caminho todo até à torre dos Gryffindor. Todos se começaram a rir, menos eu e a Hermione, que se pôs de pé e fez o contrafeitiço. Ajudei o Neville a pôr-se de pé, o rapaz estava a tremer.
— O que se passou? — Perguntou a Hermione, ajudando-me a senta-lo ao lado do Harry e do Ron.
— O Malfoy. — Suspirou pesadamente o Neville Longbottom.
Ao ouvir o apelido do loiro platinado dos Slytherin, a imagem que vi no espelho passou pela minha mente. Sacudi a cabeça, a tentar fazer desaparecer aquela imagem.
— Encontrei-o fora da biblioteca. Disse que estava à procura de alguém para o fazer. — Respondeu o Neville a tremer.
— Vai falar com a professora McGonagall! Acusa-o! — Insistiu a Hermione.
O Neville negou com a cabeça.
— Não quero ter mais problemas. — Murmurou.
— Tens que lhe fazer frente, Neville! Está habituado a levar toda a gente à frente, mas não é uma razão para te atirar ao chão, e tu deixares, assim só é mais fácil. — O meu irmão parecia ferver da raiva.
— Não é preciso que me digas que não sou corajoso o bastante para pertencer aos Gryffindor, isso já mo disse o Malfoy. — Disse o Neville, embaralhando-se com as próprias palavras.
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A Irmã de Ron Weasley(Draco Malfoy e tu) //1// (TRADUÇÃO)
FanfictionPrimeiro livro, baseado em Harry Potter e a Pedra Filosofal. "Dois olhares que não podem evitar chocar-se, duas almas destinadas a encontrarem-se mesmo que não queiram" - Chegou o momento de escolher. Família ou amor? - Eu e o Draco olhamos um para...