7) Natal em Hogwarts

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Era a manhã antes do Natal.

Há quatro dias atrás fiz 11 anos.

O lago estava solidamente congelado e os meus irmãos gémeos foram castigados por enfeitiçar várias bolas de neve para que seguissem o Quirrell e lhe batessem na parte de trás do turbante.

As poucas corujas que tinham podido chegar através do céu tormentoso para deixar o correio tiveram que ficar ao cuidado do Hagrid até se recuperarem, para voar de novo.

Todos estávamos impacientes para que começassem as férias.

Enquanto que a sala comum dos Gryffindor e o Grande Salão tinham as lareiras acendidas, os corredores, cheios de correntes de ar, tinham-se tornados gelados, e um vento cruel batia nas janelas das salas de aula, fazendo uns barulhos infernais que torturavam os meus ouvidos.

A aula onde se passava mais frio era em poções, lá em baixo nas masmorras, onde a respiração subia como a névoa, fazendo que ficássemos literalmente colados aos nossos caldeirões a ferver.

— Dá-me muita pena esta gente que vai ter que passar o Natal em Hogwarts porque não os querem em casa. — Disse o Draco Malfoy, numa das aulas de poções.

Vi o olhar do Harry cair durante uns segundos para depois voltar a levantá-lo e ignorar o platinado.

— E a mim dá-me pena aqueles que pintam o cabelo porque não aceitam a cor natural. — Sussurrei à Hermione, com quem me tinha juntado nas aulas de Poções.

Depois do jogo de Quidditch, o Malfoy tinha-se tornado mais desagradável que nunca. Desgostoso pela derrota dos Slytherin, tinha tentado fazer com que todos se rissem do Harry a dizer que um sapo com uma grande boca podia substituir o Harry como seeker. Mas depois percebeu que ninguém o achava engraçado porque estavam muito impressionados pela forma que o Harry se tinha segurado na vassoura. Então o Malfoy, com ciúmes e zangado, tinha voltado a chatear o Harry por não ter uma família apropriada.

*Este Slytherin alimenta-se ao criticar as pessoas ou quê?*

O Harry tinha-nos contado que não ia para Privet Drive passar as festas, já que gostava mais de estar aqui do que com os tios e o primo muggles. Eu e os meus irmãos também íamos ficar em Hogwarts, já que o pai e a mãe viajaram para a Roménia, foram visitar o Charlie.

Quando abandonamos as masmorras, ao terminar a aula de poções, encontramos um grande pinheiro que ocupava o extremo do corredor. Dois enormes pés apareceram debaixo da árvore e um grande suspiro indicou-nos que o Hagrid estava atrás dele.

— Olá Hagrid, precisas de ajuda? — Perguntou o Ron, a meter a cabeça entre os ramos.

— Não, está tudo bem. Obrigado, Ron. — O guarda-florestal agradeceu ao meu irmão.

— Importas-te de sair do caminho? — A voz conhecida arrastrada do Draco Malfoy soou atrás de mim, o hálito dele soprou por cima do meu cabelo vermelho.

Dei alguns passos  para a minha esquerda, situando-me ao lado do Harry enquanto o Malfoy se dirigia até ao Hagrid e ao Ron.

— Estás a tentar ganhar algum dinheiro extra, Weasley? Suponho que queres ser guarda-florestal quando saíres de Hogwarts... A cabana do Hagrid deve parecer-te um palácio, comparada à casa da tua família. — Disse o Malfoy com gozo evidente.

— WEASLEY! — Com o rostro enrijecido, o Ron lançou-se contra o Malfoy mesmo quando o Snape aparecia no cimo das escadas.

O Ron soltou o colarinho da túnica do Malfoy.

— Provocaram-no, professor Snape. O Malfoy estava a insultar a família dele. — O Hagrid defendeu o Ron, a tirar a grande cabeça peluda da árvore.

A Irmã de Ron Weasley(Draco Malfoy e tu) //1// (TRADUÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora