Pacify Her • taegyu

▪︎Capítulo 1▪︎

Beomgyu P.O.V

Bg:Mas se ele era seu, pq ele me queria tanto?

-ESCUTA AQUI SEU VIADINHO DE MERDA-

Calma aí, acho que começamos rápido demais, vamos voltar uns capítulos...

Eu sou Choi Beomgyu, muito prazer.
Quem estava quase me socando? Kim Hyun Mi, e por causa de quem? Kang Taehyun

Bom, vamos voltar uns capítulos para você entender melhor...

Sempre fui conhecido como o garoto problema, o que passa o rodo em todo mundo, alguns até dizem que eu sou um delinquente.

Eu ligo para isso? claramente não, e tenho motivos para isso, mas esse assunto vai ser deixado no ar até eu resolver contar.

Bem vamos voltar para o passado, eu nunca fui muito bem nos estudos, e eu não poderia estar cagando mais para isso, mas minha mãe sempre diz para mim me esforçar e eu faço isso por ela, ou tento, mas todos sabemos que querer, não é poder, e no meu caso tudo conspira contra mim.

Enfim, foi naquela tarde que recebi a notícia a qual eu não sabia que viraria meu mundo totalmente ao contrário.

-Então filho,eu queria conversar com você...- diz minha mãe enquanto serve café em uma xícara, e a estende em minha direção - Você sabe que as coisas tem andando muito bem pra mim na minha carreira, né? -assinto com a cabeça, e dou um gole no meu café - Então, eu recebi uma proposta incrível em Seul, e precisaremos ir pra lá...

-Nossa, isso é realmente muito bom, quanto tempo vamos ficar? Uma semana?- Sorrio pra ela e dou mais um gole.

-Filho, você não entendeu, nós vamos nos mudar pra Seul - com o susto acabo por me engasgar com o líquido.

-Filho! Você está bem??-ela levanta da cadeira e vem até mim com um semblante preocupado.

-e-eu estou é claro, mas como assim, mudar? - ela me olha.

-Filho, é uma oportunidade que pode mudar nossas vidas, eles cobrem seus estudos também, vai ser bom pra mim e pra você, esta tudo bem, não é? - olho pra ela, e dou um pequeno sorriso.

-Claro mãe, está - ela sorri e me abraça, eu logo retribuo- Agora eu vou pro meu quarto, licença- me levanto, e ela me dá um beijo na testa, vou em direção a meu quarto.

Minha mãe é uma artista, ela é simplesmente incrível, nasceu pra isso, ultimamente ela tem recebido reconhecimento, eu realmente me sinto feliz por ela, mas a idéia de abandonar Daegu, é de certa forma, assustadora pra mim, abandonar minha amiga de infância, Ryujin? Dói só de pensar em perder aquela desgraçada.

A princípio eu não falei nada para minha mãe, ver ela tão animada e com seu sorriso brilhante depois de tanto tempo fez valer meu esforço, onde está a felicidade dela está a minha também certo?

Entro no meu quarto e me jogo já minha cama, encarando as paredes pintadas com diversos desenhos de estrelas, planetas, todos feitos por minha mãe que estão nessas paredes desde de que eu era uma criança, eu vou sentir falta desse quarto.

Estendo minha mão para o bidê ao lado da minha cama pegando meu celular, e entrando no contato da Ryujin, logo clicando no botão de "chamar".

_Ryujin:Alô?
_Beomgyu: E aí sua chifruda, tenho uma notícia pra te contar
_Ryujin:Boa ou ruim?
_Beomgyu:Ruim
_Ryunjin:ihhh deixa eu adivinhar, pegou a namorada ou namorado de alguém e apanhou?Agr ta aí jogado e arrebentado no chão que nem uma salsicha atropelada?
_Beomgyu:idiota, antes fosse isso, eu vou me mudar
_Ryujin:....KKKKKKKKKKKATA, é zuera né, cadê as câmeras?tu tá gravando a ligação né? Pensa que eu sou besta?eu-
_Beomgyu:RYUJIN! Eu não tô brincando, eu realmente vou me mudar ryu
_Ryujin:Eu não acredito, espera aí que eu vou te ver

Antes que eu fale algo ela desliga a ligação, depois de alguns minutos escuto algumas pedras batendo em minha janela, vou até ela, tendo a visão de minha mini amiga jogando as pedrinhas.

-ABRE A PORTA DA FRENTE DOIDO- ela grita.

-TÁ PARA DE GRITAR IDIOTA!

Desço correndo e abro a porta sendo recebido por um abraço apertado, e inesperado, que logo retribuí.

-Eu não acredito que você vai embora, eu não quero acreditar, oque eu vou fazer sem vc?Em quem eu vou dar bronca agora?-percebo sua voz ficando embargada, e algumas lágrimas molharem meu ombro.

Sem perceber algumas lágrimas saíram dos meus olhos também.

-Ryu, eu também não sei oque farei sem ti

Ficamos mais alguns minutos assim, na porta da minha casa, nunca fomos amigos melosos, sempre nos tratamos na base da paulada,e da grosseria mas esse é só nosso jeito torto de demonstrar carinho, somos como irmãos, ela vai ser concerteza oque mais me fará falta nessa cidade.

Depois de conversarmos um tempo, Ryujin teve de ir embora, então fui ao meu quarto e comecei a arrumar as malas.

Eu estava arrumando minhas roupas e juntando o resto dos meus pertences em caixas de papelão que  depois seriam mandadas para a reciclagem, fiquei observando por um tempo minhas fotos polaroids que eram usadas para decoração e relembrando cada momento que passei em Daegu com meus amigos e minha mãe, eu realmente sentiria falta deles, deixo uma lágrima escorrer por relembrar que não teria mais Ryujin gritando em frente à minha casa que estávamos atrasados para a aula ou os passeios no parque nos fins de semana.

Mas em uma nova cidade eu teria novos recomeços não é? poderia fazer novos amigos e teria que me adaptar com uma rotina nova e completamente diferente, por um lado eu esperava que eu pudesse me tornar adaptável ao novo lugar e à nova escola.

Terminei de empacotar as coisas e retirei meu celular do bolso, onde eu troquei a playlist que estava ouvindo e comecei a levar minhas coisas para o andar de baixo de minha casa, onde seriam carregados no dia seguinte.

Coloquei meu papagaio Totó em sua gaiola portátil e limpei sua gaiola maior onde continha mais espaço para ele para logo após colocá-la junto de minhas coisas.

O resto do dia foi resumido em eu ajudar minha mãe a arrumar o resto de seus materiais de arte, logo depois jantamos lamén e nos preparamos para dormir pois sairíamos cedo de casa no outro dia.

Depois de um tempo, fechei as janelas de casa e verifiquei se tudo estava pronto para a mudança.

Fui deitar pois já se passavam da 00:00 e o outro dia seria longo, então deveria descansar um pouco a mais para não pegar no sono arrumando a nova casa.

Logo dei boa noite para minha mãe e fiz minhas higienes, coloquei um pijama qualquer e resolvi ir dormir.

Bom, eu tentei dormir, mas não conseguia parar de pensar sobre ter que deixar o lugar que eu havia me adaptado tão bem, o quanto eu sentiria falta deste quarto, desta casa, desta cidade e pessoas em geral.

Um lugar novo pode significar um novo estilo de vida, um novo recomeço, mas e se eu não quisesse isso? Se eu quisesse apenas continuar com minha vida de antes? Por mais que ela fosse toda errada, eu gostava dela.

Não sei quanto tempo perdi observando os desenhos nas paredes e refletindo sobre estar fazendo isso pela felicidade da minha mãe e por uma condição de vida melhor, não adiantaria eu negar, reclamar e bater os pés porque de fato não adiantaria nada, se minha mãe desistisse ou recusasse essa oportunidade por causa de mim eu me sentiria a pessoa mais horrível do universo. Ela encontrou seu lugar, sua profissão e por mais que tenha passado por muitas coisas que machucaram-na, ela permaneceu forte e com seu sorriso no rosto, admiro muito ela por isso. Agora eu devo me encontrar também, como ela fez, talvez em um novo lugar e com novas pessoas.

As lembranças de Daegu sempre permanecerão em minha mente, e agora eu irei fazer novas em um novo lugar.