Capítulo I

559 47 7
                                    

Im Nora

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Im Nora

— O que pensa que está fazendo? — Sun chamou minha atenção me fazendo acordar para vida mais uma vez. Perdi o foco da aula de novo.

— Nada, estava apenas... — Desisti de continuar a frase, com preguiça demais para prolongar o assunto.

— Pensando naquela luta de novo. — Rolou os olhos. — Até mesmo eu não consigo esquecer, ela foi... Eu nem sei descrever, aquele cara é muito surreal, está muito a cima dos níveis dos outros lutadores daquela espelunca.

Até mesmo para Sun, que não sabia nada sobre luta, percebeu que aquele cara está muito mais para o nível profissional e se tentasse, entraria fácil em um ring de verdade e não precisaria de nada mais que uma luta para mostrar seu potencial. O que não saiu da minha cabeça foi a forma de como seus olhos grudaram em mim durante o início da luta, não consegui tirá-lo da cabeça durante toda a semana passada.

— Será que ele estará no próximo final de semana? — Coloquei a unha do dedão sobre os dentes a apertando levemente em sinal de ansiedade. — Preciso ir até lá de novo...

— O que?! Ficou louca? Nós fomos na semana passada pois o Kenny participou, depois de ter perdido tão feio para aquele tal de JK, ele não vai querer voltar lá tão cedo. — Rolou os olhos.

— Pelo amor de Deus, dá um pé na bunda desse cara logo! Desistir por perder uma luta, é através desse tipo de comportamento que vê que o cara não vale nada, desiste fácil. Se eu soubesse lutar, poderia cair cem vezes, mas pode ter certeza que me levantaria muito mais e não desistiria por tão pouco. — Meus olhos brilharam por falar de algo que aprecio tanto. — Estou decidida, irei até lá no próximo sábado.

Na realidade, minha mente insiste em vê-lo mais de perto, além disso, a luta foi surreal, diferente daquilo que jamais imaginei. A sensação na qual seu olhar me causou me deixou inquieta demais para ignorar, normalmente é passageiro, mas isso está gritando dentro de mim.

— Não faça uma besteira dessas, não poderei ir com você. — Me alertou.

— Não precisa, posso ir sozinha, sei bem me virar. — Dei de ombros.

— É óbvio que não acredito nisso. Está completamente fora de si, Nora. Aquilo é uma luta clandestina, a maioria das pessoas que frequentam aquele lugar são barra pesada e velhos nojentos. Como vai se proteger? Seu amor pela luta não te fez nascer sabendo fazê-la e ter um pai lutador também. — Esbravejou me deixando entediada.

— Que bom que minhas escolhas são apenas problema meu. — Retruquei. — Sei que quer me proteger, mas ficarei bem. Quem sabe eu conheça o JK e o convença a ser meu professor. — Brinquei, sendo óbvio que isso não acontecerá.

— Sua mãe surtaria se te ouvisse falando assim. — Riu. — Faça o que achar que deve, sei que é cabeça dura. Te encobrirei de qualquer forma, apenas não faça nenhuma loucura sem pensar.

UppercutOnde histórias criam vida. Descubra agora