LETALIDAD

Escuta

Mapa astral da Emma logo acima para quem se interessar.

Emma Swan

Após ser abandonada na área de fumantes por Regina, decidi que algumas coisas precisariam caminhar mais rápido ainda, dando-me o impulso de ligar para Ruby. Andei para fora da boate com cuidado, tentando não ser vista por nenhuma das minhas colegas de trabalho para não ter que formular alguma desculpa fajuta, mas, felizmente, todas estavam ocupadas demais para prestarem atenção na minha ausência.

Senti o vento frio da madrugada eriçar os pelos da minha nuca, fazendo-me amaldiçoar a péssima escolha de não ter levado um casaco descente para cobrir o meu corpo e suas partes desnudos. Suspirei antes de pegar o celular extra que sempre usava para me comunicar com todos do trabalho principal, discando o número que já sabia de cabeça.

Escutei chamar umas quatro vezes antes de finalmente ser atendida por uma voz raivosa.

- Não era para você está dançando com um monte de desconhecidos suados na Havana? Tá me ligando por quê? - Ruby resmungou, provavelmente socando seu travesseiro pelos sons que eram audíveis vindo do microfone.

- A gente precisa se encontrar amanhã no Ponto Cego. - Ri com seu bufar ao escutar meu pedido-ordem.

- Nem pensar, amanhã não é dia da semana, tô de folga, chama outra.

Escorei um ombro em um muro qualquer perto da saída da boate, antes de respirar fundo, um pouco sem paciência.

- Vou precisar de você e do Killian, estou falando sério. Não é negociável. - Alterei o tom de voz, demonstrando que o assunto era inadiável - De qualquer modo, não temos dias de folga, e sabe bem disso, mas para a sua alegria tenho novidade.

- Fofoca? - Sua voz soou mais animada. Ela não tinha jeito.

- Não! - Exclamei, quase chamando a atenção do segurança na porta da Havana que me olhou estranho, fazendo-me diminuir a voz - Talvez.

- Ok, nos vemos amanhã às nove horas?

- Jesus, você é uma fofoqueira nata. E não, nove horas não, me encontrem as duas da tarde, antes eu tenho algo para resolver e não se esqueça de levar o Killian.

- Sim, senhora capitã.
Revirei os olhos antes de desligar, acenando para um táxi que passava ali.

*****

Acordei às sete da manhã como sempre ocorria, desde que era uma adolescente, levantando apenas para comer algo e praticar um pouco de Yoga para tentar relaxar os músculos tensos que quase nunca sumiam.

A música clássica percorria a sala de estar ao mesmo tempo que os raios solares batiam no chão e refletiam no meu corpo em posição padmasana, tirando a concentração que eu estava tentando construir para relaxar. Abri um único olho, observando se valeria a pena fechar as cortinas, entretanto o mesmo posou já pilha de papéis que haviam ali, todos de trabalho.

Levantei em um segundo para observar a última ficha que havia ali, notando ao olhar o relógio da cozinha que estava já hora. Coloquei uma roupa discreta e comum antes de pegar as chaves e ir em direção ao Koffe Cunning.

Do outro lado da rua observei a fachada do ambiente, em como era a de uma clássica cafeteria normal espalhada por todo país, com seus tons neutros e terrenos que remetiam sempre a café. Antes de pensar em atravessar acabei sendo empurrada para frente por algo que bateu com certa força em minhas pernas. Levantei o óculos, o apoiando no topo da cabeça, antes de me virar para observar uma Regina descabelada, trajando roupas de corrida preta e uma caixa para pets vermelha em sua mão, suspeitando que tenha sido isso que chocou contra mim.