i hate you ✧ c. besson {concluída}

forty three

Elizabeth Moore
Califórnia, LA

Eu não havia planejado nada depois do discurso frente a todos. Meu nervosismo e ansiedade estavam a flor da pele. Meu corpo parecia uma bomba relógio que poderia explodir a qualquer instante.

Antes que alguém viesse me perguntar algo eu fugi, é isso que eu faço de melhor, fujo.

Me sento atrás do carro de Jack, tentando raciocinar no que eu faria depois disso. Por que minha vida amorosa era tão estressante e complicada?

Nestes momentos eu só queria ser a Ashley. Eu sei que ela tem problemas também, mas em comparação aos meus, a vida dela era tão mais fácil, tudo bem que ela sabia lidar com as situações melhor que eu, mas em certas horas, eu só queria poder trocar de vida com qualquer pessoa mais bem resolvida que eu.

Minha mente entraria em tela azul a qualquer instante. Eu sentia ela saindo fumaça igual aqueles computadores antigos quando iam além de sua capacidade. Pensava em tudo ao mesmo tempo, mas nada útil que me serviria no momento.

- Oi, posso me sentar ou tem alguém aqui? - Magicamente o loiro surgiu ao meu lado, e meu corpo que começava a se acalmar, se agitou novamente.

- Pode, claro- respondo acelerada.

Corbyn se sentou, e ficou ao meu lado calado. Ambos estavam olhando a noite estrelada e quieta.

A presença dele é tão singela, que por mais que meu coração esteja batendo a quase 130 bpm, eu me sentia em casa. Ele é meu lar.

- Parece que estamos combinado hoje- ele ri tentando quebrar o gelo.

- Pois é, como eu já disse, adorei sua gravata.

- Você está tão linda hoje- o mesmo encara, apoiando sua cabeça na porta do carro.

- Obrigada- minhas bochechas provavelmente devem estar da cor de um morango maduro- Você sabe que está mais, provavelmente deve ter recebido vários elogios- rio sem humor.

- Você foi a única que eu queria que dissesse.

- De nada então- sorrio rápido.

- Liz... - Corbyn entrelaça nossas mãos- Sei que você sente que estragou tudo, mas não estragou. Sei também que você se sente culpada por tudo que aconteceu, mas a culpa foi de nós dois. Nós somos adolescentes e imaturos, mas eu sei que nos amamos, eu tenho certeza disso, e não quero ter que ficar nessas brigas continuas, e nem nesse vai e vem. Você é a melhor pessoa que eu já conheci, e eu sei que as vezes eu faço algumas coisas que te magoam, igual você também faz coisas que me magoam, mas sinto que estamos dispostos a mudar isso. Eu quero que a gente faça valer, e não continuar como estava. Eu te amo Elizabeth, e não quero te perder.

Eu não sabia o que dizer. Meu coração estava palpitando de felicidade, meus olhos derramavam lágrimas de alegria, e meu sorrio sem mostrar os dentes tinham mais felicidade que em qualquer momento da minha vida.

Eu o amava, e tinha plena certeza disso. Jamais conseguiria sentir um terço desse amor por mais ninguém. Ele me transbordava de amor e momentos bons.

Sei que não tenho idade suficiente para jurar amor eterno por alguém, mas com ele era tão fácil fazer isso. Ele me radiava, e eu sabia que fazia isso com o mesmo. Éramos tão intensos e apaixonados que Romeu e Julieta pareciam até sem graças perto de nós.

- Só quero que você entenda que eu te amo Corbyn, e que eu acho que merecemos uma nova chance.

- Então nós vamos ter! E dessa vez sem brigas bestas, sem achismos, e sem mágoas. Só nós dois, de verdade.

Eu o beijei. Não era como todos nossos outros beijos, esse tinha esperança e verocidade. Nossa sintonia era de outro mundo.

O garoto embrenhava seus dedos em meus fios de cabelo, e eu segurava seu pescoço com zelo e precisão. Nosso beijo em disparado conseguia ser o melhor.