Capítulo IV

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— Quando acha que ele voltará? — Louis caminhava de um lado para o outro sobre o precioso tapete na mansão georgiana. — Ele já partiu faz duas semanas, Niall! Nem tive oportunidade de conversar desde o dia no apartamento de Liam.

O dia em que o príncipe anunciara que se casaria com ele.

— É claro que esta casa é fabulosa e luxuosa, mas ele praticamente me raptou!

— Ao contrário, Sua Alteza estava apenas preocupado com sua segurança — respondeu Niall com gentileza. — A mídia descobriu onde o senhor estava e a situação ia se tornar muito ruim. Era imperativo que o tirássemos de lá o mais depressa possível.

Recordando a multidão de repórteres que de repente havia convergido para o apartamento de Liam, e a eficiente operação de segurança que garantira sua fuga, Louis esfregou os dedos na testa.

— Sim, está certo, aceito isso, mas não explica por que ele não entrou em contato. Quando pretende voltar? Precisamos conversar.

Louis tinha tanto a lhe dizer.

Quando abrira a porta do apartamento e vira o príncipe ali parado, sua primeira reação fora de pura alegria. Por um louco instante, imaginara que ele estava ali porque passara as duas semanas anteriores pensando nele e resolvera vê-lo outra vez.

Sua estupidez o levara a acreditar que coisas maravilhosas poderiam acontecer para alguém comum como Louis Tomlinson.

Mas depois...

Harry não acreditara que o bebê era seu e a injustiça o magoara muito. Era verdade, não se sentia orgulhoso da maneira como engravidara, mas o príncipe também tinha sua parcela de culpa na história.

E quanto à proposta de casamento... Bem, essa reviravolta inesperada mantinha sua mente ocupada havia duas semanas. Teria falado a sério? E se assim fosse, o que ele deveria responder? Casar com o príncipe significaria ficar com um homem que não o conhecia nem confiava nele, porém não casar seria negar um pai ao seu filho.

E aquela era a única coisa que prometera nunca acontecer com um filho seu, refletiu Louis.

Aprumou os ombros e olhou para os lindos gramados que circundavam a mansão.

Seu filho não cresceria pensando que o pai o abandonara, engoliu em seco. Seu filho não seria a única criança na escola a não fazer um cartão para o Dia dos Pais.

Portanto sua resposta precisava ser sim, apesar de tudo o mais. Com sorte e com o tempo, o príncipe perceberia como estivera errado a respeito dele e, assim que a criança nascesse, seria fácil provar a paternidade. Quem sabe o relacionamento entre os dois melhoraria?

Retornando ao presente, Louis percebeu que Niall o observava.

— Desculpe, Niall. Estou sendo egoísta. Teve notícias do seu filhinho? Ligou para o hospital?

Quando conhecera o chefe da Segurança Pessoal do príncipe, Louis se preocupara porque era muito taciturno e ficara contente quando ele retribuíra seus gestos de amizade.

— A febre baixou — disse Niall —, e está respondendo aos antibióticos, embora os médicos ainda não tenham certeza do que aconteceu.

— Sua esposa deve estar tão cansada — comentou Louis com simpatia. — E o pequeno Tomasso deve sentir sua falta, Niall. Lembro que tive catapora logo depois...

Logo depois que meu pai nos deixou, concluiu em pensamento. A sensação do abandono continuava sendo uma ferida aberta no coração de Louis, que tocou o braço do segurança.

— Vá para casa, Niall. Sua esposa vai gostar do apoio e seu garotinho ficará encantado por ver seu papai.

— Isso está fora de cogitação, senhor.

A Primeira Noite || l.s mpregOnde histórias criam vida. Descubra agora