— Esse é o seu conceito de encontro? Quando disse que íamos visitar a romântica Roma, imaginei entrarmos no Coliseu de mãos dadas, e não em um estádio de rúgbi — resmungou Louis, ocupando seu lugar e acenando com entusiasmo para o público.
Harry sorriu.
— Não queria ficar sozinho comigo? Pois bem.
— E esse é o seu conceito de ficar sozinhos? — Louis olhou para o forte esquema de segurança a sua volta, e depois para a multidão enorme que saudava os jogadores entrando em campo. — Está louco?
— O estádio Flaminio é pequeno.
Louis começou a rir.
— Creio que tudo é relativo. É pequeno em comparação com Twickenham. Dessa vez estamos na companhia de apenas trinta mil pessoas. Mas essa é mesmo sua ideia sobre um encontro romântico? Um jogo de rúgbi?
— Nós nos conhecemos em um jogo de rúgbi — lembrou Harry, e seus olhos se encontraram enquanto ambos recordavam o encontro escaldante que fora. — Estou unindo minhas duas paixões. Rúgbi e você.
Em outras palavras, pensou Louis, não uma paixão por mim, mas por meu corpo.
— Nunca assisti a um jogo desses — confessou, afastando o olhar dele. — Estava sempre trabalhando. Nem mesmo conheço as regras.
— Um time precisa fazer mais pontos que o outro — explicou Harry com frieza.
Inclinou-se para a frente quando o jogo começou, o rosto voltado para o campo.
— Observe — murmurou para Louis. — Talvez goste.
E ele gostou.
De início ficou sentado em silêncio, determinado a não estragar a diversão de Harry fazendo perguntas tolas, e a fim de compreender o que ele tanto amava nesse jogo. Porém, o príncipe não o ignorou, o tempo todo disposto a envolvê-lo em cada lance.
Aos poucos ele foi explicando as regras, até que o jogo aos olhos de Louis não pareceu mais uma mera exibição de testosterona, e se transformou em um desafio emocionante.
No segundo tempo, Louis percebeu que também se inclinava para a frente, absorvido no que ocorria em campo.
— Foi um passe muito bom contra a defesa italiana — comentou de repente, olhando para Harry. — Disse alguma bobagem?
— Não — replicou ele com um estranho brilho no olhar. — Tem toda razão. Foi um passe espetacular da Inglaterra. Está se divertindo?
— Muito — concordou Louis, abrindo os botões do blazer.
— Se quer que o ensine, pare de desviar minha atenção — murmurou Harry.
— Estou com calor.
Ele sorriu, olhando para os peitos que arfavam colados na camiseta.
— Eu também.
Lisonjeado, Louis desejou estar com o marido em um lugar mais isolado. Muito mais isolado. Tratou de mudar de assunto:
— Então jogou rúgbi na escola e na universidade? Por isso conhece o capitão do time inglês?
— Foi meu grande amigo durante anos.
E um jogo talvez fosse a única ocasião em que Harry podia esquecer que era um príncipe, refletiu Louis.
O jogo acabou com a vitória da Inglaterra, e o casal real cumprimentou o time na festa que se seguiu.
Harry era o convidado de honra e fez um discurso breve e humorístico, provocando risadas gerais. Observando-o se misturar com os convidados, Louis ficou fascinado com a mudança. O homem reservado e frio desaparecera, dando lugar a um jovem e carismático príncipe. O príncipe que o seduzira.
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A Primeira Noite || l.s mpreg
RomanceQuando Harry, príncipe e playboy, possuiu Louis Tomlinson, ele fez jus a sua reputação... Agora o garçom espera seu filho, e Harry está furioso! Mesmo que ele seja somente um aproveitador, as circunstâncias exigem que o príncipe de Eroda o tome como...