Into The Dead: Reboot

Capítulo 5

Olá, pessoal! Aqui estamos nós! Espero que gostem! Não esqueçam de comentar, favoritar e compartilhar, caso queiram! Isso ajuda muito. Boa leitura! E me perdoem pelos erros!

Música do capítulo: "Skin" de "Rag'n'Bone Man"

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Você sempre acha que vai ter mais tempo. Mais tempo para se divertir, mais tempo para viajar, mais tempo para passar com a sua família. Você sempre acha que vai conseguir ter momentos para viver tudo o que planeja. Porém... essa duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro... acaba antes mesmo que perceba.

Os raios alaranjados do final da tarde rabiscavam o horizonte de New Orleans na medida em que a picape deixava as últimas casas da periferia da grande metrópole. O tempo naquele dia parecia ter voado, mas, na verdade, era apenas a dificuldade em sair das ruas bloqueadas por carros e mortos-vivos vagantes. Jamie dava o melhor de si com menos que a metade do tanque de gasolina, pisando no acelerador na rodovia secundária e abandonada. As rodas manchadas de cérebros podres da horda marcavam o asfalto e a natureza ao redor da via, mais vívida, mais límpida, não conseguia sequer disfarçar isso.

Eles não sabiam exatamente para onde iam, só queriam distância daquele centro infestado.

O vento batia contra os rostos sujos dos sobreviventes sentados na carroceria. Apoiados na lataria azul, Owen, Doc, Waverly, Champ e Dani tinham seus cabelos balançando pela brisa abafada, os olhos perdidos e os corpos cansados. Rachel e Wynonna ocupavam o meio do retângulo de pessoas apertadas, sentindo o sacolejar do veículo.

Escorada ao vidro que separava a cabine da carroceria, Nicole mantinha a mão esquerda pressionando o tríceps direito onde o zumbi filho da puta havia a mordido. A ardência física era incômoda e isso estava visível em sua expressão, cabisbaixa. Mas aquilo não superava a dor emocional. A dor que agora estava equiparada ao medo de perder sua família.

Ela meramente girou o rosto, o erguendo após um longo tempo, e avistou Waverly ainda a encarando com os olhos marejados após tê-la devolvido o Talkabout e a pistola anteriormente. Nicole franziu o cenho, sem entender a razão da mulher estar tão triste com a situação. Sua filha estava a salvo, sua irmã, seu grupo. Tudo estava bem. Por que ela estava chorando?

– Ei... Irmã. – a voz de Hayley do outro lado do vidro quebrou o silêncio do carro. – Tudo bem aí?

– Sim. – respondeu. – Estamos todos inteiros. A mulher parece estar pálida por perder sangue, mas acho que ela vai ficar bem. – ela disse enquanto analisava Wynonna com a cabeça apoiada nas pernas de Danielle.

A Earp mais velha ainda se encontrava inconsciente mediante a exaustão de seus músculos e a febre alta. A infecção era grave e precisava ser controlada antes que um caso de generalização acontecesse, o qual poderia resultar em um choque séptico.

– Para onde vamos? – Nicole perguntou, direcionando o olhar cansado para Jamie.

A britânica, que mantinha as mãos firmes no volante, suspirou.

– Precisamos nos distanciar da cidade e achar um local. – ela respondeu e então girou o rosto, buscando uma pessoa específica na carroceria antes de voltar a olhar para a estrada. – Waverly. Está aí?

Surpresa pelo chamado, a morena pigarreou e passou as costas das mãos pelos olhos. Não compreendia a sua tristeza em saber que Nicole estava condenada, em saber que logo os sintomas apareceriam e seu corpo começaria a sucumbir a terrível proliferação do patógeno.

– Sim. Estou. – respondeu à motorista, com a voz um pouco mais firme.

– Você está de acordo com isso? – questionou Jamie. – Podemos deixar vocês onde quiserem.