Capítulo 2

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Olá, pessoal! Cá está outro capítulo! Esse vai ser beeem diferente do original e isso irá perdurar, uma vez que vou dar uma mudada legal no enredo. As imagens deles estão acima. Espero que gostem! Não esqueçam de comentar, favoritar e compartilhar, caso queiram! Isso ajuda muito.

Música do capítulo: "Dangerous" por Weekend Revolution, Chelsea Dawn.

Boa leitura! E me perdoem pelos erros!

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Três semanas depois – Começo de Julho

Pensão

Os primeiros raios solares da manhã quente de julho se vangloriavam sem nenhuma nuvem no céu – que Waverly não sabia ao certo o dia, mas sabia que estavam próximos do Dia da Independência por causa da data que, em um outro mundo, reunia diversas pessoas em comemoração. Buscando se livrar do suor, ela passou a mão pela testa molhada e desgrudou a blusa da barriga, de tecido cinza que havia encontrado entre as poucas peças que estavam abandonadas dentro do guarda-roupa.

Em pé, observando através da janela de uma pensão antiga, ela podia ver a luz amarelada da manhã iluminar a rua à frente. Diversos carros haviam sido deixados para trás na fuga desordenada das grandes cidades, no início da pandemia. Quando os mortos começaram a vagar e matar os vivos, as pessoas entraram em pânico e enormes engarrafamentos se formaram exatamente pela razão de todos quererem sair das metrópoles ao mesmo tempo. Aterrorizados, os indivíduos deixaram seus veículos e correram – ou foram arrastados, com suas peles sendo estraçalhadas. Logo, com mais de um ano de pandemia e uma cidade-fantasma, os carros se encontravam abandonados em ruas desertas, sujas e fedidas.

Em um caminhão tombado lateralmente, uma pichação em preto estava escrita em letras caixa-alta: "ONDE ESTÁ O GOVERNO AGORA?". Provavelmente a mensagem havia sido deixada depois que tudo desmoronou de modo que nem as polícias ou as forças armadas puderam controlar. Mesmo com o presidente dos Estados Unidos da América declarando Lei Marcial o caos se alastrou. Leis militarizadas não resolveram a crise política e civil que não só a América do Norte entrou, mas também o mundo por completo. Aquela merda estava em todos os lugares desde os primeiros meses do ano anterior, em 2020.

Através do vidro, Waverly observava o estabelecimento à frente da pensão. Ela mordiscava a ponta da unha do polegar direito, mergulhada em pensamentos ansiosos. Era o seu turno de vigia e apenas as respirações brandas das pessoas dormindo atrás de si denunciavam que não estava sozinha.

A morena girou o rosto e avistou Rachel dormindo com a cabeça apoiada em um travesseiro. A menina forte, de cabelos escuros e expressão angelical usava apenas uma camiseta e shorts por causa do calor, para conseguir dormir melhor. Se algum desconhecido as comparasse certamente pensariam que se tratava de mãe e filha, mas, a realidade era longe disso. Quando a pandemia teve início, Waverly trabalhava como babá para um casal de ricaços ao sul de New Orleans e Rachel era a filha deles. Eles viviam viajando a trabalho, principalmente por serem um casal famoso de cientistas. Dois dias antes do caos se alastrar e o presidente desejar "Boa sorte" para a nação antes dos sinais de TV caírem, Waverly recebeu uma ligação em seu celular dizendo que os pais da menina de agora 11 anos haviam morrido pelos monstros antes de sequer conseguirem adentrar na cidade.

Ela não teve outra escolha a não ser levar Rachel consigo para onde fosse. E assim, depois de quase 14 meses, ela havia se tornado praticamente sua filha de coração.

Waverly tentava ao máximo não se deixar levar pelos pensamentos nostálgicos, porém, o que mais desejava ver era o sorriso de sua mãe novamente. A mulher mais velha não era exatamente um exemplo materno, mas, ainda assim, dividiram algo forte. Ela gostaria de ouvir sua risada histérica depois de uma piada sem graça e gostaria também de ter apresentado Rachel para ela, já que a mesma sempre sonhou em vê-la ser mãe antes dos 25 anos. E agora ela possuía 23.

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