Capítulo 3

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Olá, pessoal! Aqui estamos nós! Espero que gostem! Não esqueçam de comentar, favoritar e compartilhar, caso queiram! Isso ajuda muito. Boa leitura! E me perdoem pelos erros!

Músicas do capítulo: "Scylla" de RL Grime e "Bangarang" de Skrillex feat. Sirah

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Interior da Escola

Enfermaria

As respirações estavam presas, os corações acelerados, os corpos imóveis. As duas mulheres permaneciam com olhos arregalados para a porta da sala onde os mortos-vivos desfilavam pelo corredor, arrastando-se, grunhindo letargicamente. Homens, mulheres, crianças, de todas as idades, em todos os graus de decomposição.

Os suores dos corpos e o calor das peles se misturavam, ainda coladas uma na outra.

Um centímetro movido e os cheiros poderia atraí-los.

Pareceram longos minutos congelados até que o último indivíduo do grupo passou pela porta, totalmente alheio às duas. A carniça do sangue seco nas paredes e o mal cheiro da escola possivelmente havia disfarçado o aroma humano.

Assim que viu o corredor vazio, Nicole levou a mão livre até o antebraço da morena e o puxou bruscamente, a fim de livrar sua boca da palma suada. Porém, surpreendentemente, a franzina foi mais rápida e posicionou o facão abaixo do pescoço da ruiva, que, outra vez, arregalou os olhos.

– Olhe só isso... – a estudante murmurou com um sorriso debochado nos lábios. – Acho que o jogo virou, não é mesmo?

– Okay... deu pra notar que você ainda está meio ressentida. – Nicole disse meio engasgada, sentindo a pele quase sendo cortada pela lâmina. – Mas se vale de algo... fico feliz que esteja viva! – completou, com um sorrisinho meio desesperado.

A portadora da faca rosnou, ainda mais irritada, e forçou a lâmina na pele. Isso fez Nicole desesperar ainda mais grudada à parede e sem respirar para não forçar a traqueia para frente.

– Espera... posso pelo menos saber seu nome? – perguntou, afobada. – Acho que pulamos essa parte na última vez que nos encontramos.

– Waverly. – a morena respondeu entredentes.

– Okay, Waverly... Eu sou a Nicole! Posso te chamar de Waves?! – negando a intimidade, a morena rosnou outra vez. – Não? Okay! – a ruiva irônica disse engasgada outra vez pela pressão da lâmina no pescoço. – Acho que estamos quites, não?! Você quase me roubou... eu te prendi em uma cabine. Eu te salvei... e agora você me salvou!

A morena semicerrou os olhos castanho-claros, buscando toda a serenidade que costumava ter boa parte do dia. Mas aquela ruiva de íris castanho-escuras parecia remexer cada parte de suas entranhas, irritando-a de uma forma nunca antes vista. A prepotência e sarcasmo a tiravam do sério facilmente.

Escute bem... – Waverly se aproximou novamente do rosto de Nicole, que mantinha a cabeça erguida para não ter o pescoço cortado. – Eu apenas vou te deixar ir porque seu sangue atrairia mais zumbis para cá. E eu preciso encontrar minha família, porque, de novo, você estragou os meus planos! Estávamos prestes a sair quando entraram pela ala errada, atraindo os zumbis de volta para cá!

Nicole poderia facilmente reverter a situação mediante suas habilidades com o treinamento policial que recebeu, mas preferiu não o fazer. Ela tossiu imediatamente quando o facão foi retirado de seu pescoço e finalmente pôde respirar. Encarando Waverly com profundo ódio, ela passou a mão através da pele sensível pensando em diversas formas de esganá-la.

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