O pequeno garoto de cinco anos escrevia animado as frases curtas que a mulher de longos cabelos loiros e olhos castanhos gentis ditava, tentava ao máximo caprichar em sua letra infantil, gostava de ouvir os elogios que sua mãe lhe dizia com aquela voz carinhosa e cheia de amor.
Desde que nasceu, o pequeno Ace vivia somente com sua mãe, em uma pequena casa na região mais afastada da cidade, só ele e ela, passando os dias estudando, cozinhando e lendo, o moreno amava sua mãe, amava aqueles momentos com ela, todo o amor maternal que sentia fluir para si em cada palavra, cada pequeno ensinamento.
- O que quer fazer hoje, anjinho? - perguntou a mulher dando um lindo sorriso para seu pequeno filho que sorria animado.
- Eu quero ir no parquinho - anunciou o menor dando pulinhos contentes e segurando na mão de sua mãe.
- Certo, vamos para o parquinho, mas antes vamos guardar suas coisas com a mamãe.
O menor assentiu sorridente e começou a guardar seus lápis dentro do pequeno estojo laranja, enquanto Rouge separava as folhas limpas das folhas que o mais novo usara para desenhar e escrever, guardando-as na pasta que separara só para as coisas que o menor fazia.
Ace sorriu animado quando sua mãe colocou os objetos em sua caixa de brinquedos e estendeu-lhe a mão para que saíssem de casa. O pequeno segurou a mão de Rouge e os dois saíram em direção ao parque, o menor balançava o braço animado, saltitando pela calçada, comentando sobre os pássaros que voavam pelo céu, o quanto achava lindo e incrível a forma como aqueles animais conseguiam voar tão livres por aí.
- Um dia eu vou ser um pássaro também - comentou o menor sorrindo, o que fez sua mãe sorrir e acariciar seus cabelos negros e bagunçados - vou voar livre por aí, conhecer tudo lá do alto.
- Então meu pequeno anjo quer ser um piloto de avião?
- O que é um piloto de avião? - questionou o menor curioso, chutando uma pedrinha que estava em seu caminho.
- É uma pessoa que pode voar por aí, dirigindo um avião pelos ares, ali, está vendo? Aquilo é um avião - explicou a loira apontando no céu a aeronave plainando lá no alto.
- Mas parece tão pequeno - disse o menor olhando para o objeto voador tão pequeno no imenso céu azul repleto de nuvens brancas e fofinhas.
- Mas eles são enormes, um dia você os verá de perto, podemos viajar para algum lugar do mundo, só você e eu, o que acha, Ace?
- Mesmo? Isso é incrível, eu quero, mamãe, quero voar em um avião assim - falou o menor abrindo os braços e correndo pela calçada.
A mulher riu e seguiu o menor até chegarem ao pequeno parquinho, onde Ace logo correu para descer pelo escorregador e brincar de construir castelos na caixa de areia junto de outras crianças que tagarelavam animados sobre qualquer coisa que viesse a suas mentes infantis.
O menor adorava aqueles momentos, adorava conversar com outras crianças, conhecê-las e perguntar sobre como eram as coisas em suas casas, se eles também viviam com suas mães e se elas eram tão legais quanto a sua. O pequeno brincava animado enquanto Rouge o observava sentada em um banco nas proximidades, zelando por seu bem estar e sorrindo por seu filho ser uma criança tão boa e gentil, que não lhe dava trabalho algum e fazia amizades tão fácil quanto contava quanto era 1 + 1.
Ace passou a tarde toda brincando até se cansar, só abandonou sua brincadeira quando sua mãe o chamou para voltarem para casa para tomarem um banho e prepararem o jantar. A mera menção a comida fez a barriga do pequeno roncar e ele correu para sua mãe abrançando-lhe as pernas animado.
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(Im)possível
FanfictionMarco estava perdidamente apaixonado pelo belo moreno de sardas do curso de enfermagem, o único problema é que o objeto de sua paixão não possui nenhum talento para o amor, além do fato de que é irrevogavelmente um ninfomaníaco.