capítulo 3

1.5K 126 102
                                    

Brasil: Que merda é essa? - Jogou seu celular em cima da mesa, quase o quebrando, mas não se importava com isso. Brasil ficou possesso pela raiva depois de ver uma publicação um tanto quanto... Explícita de quem havia publicado.

México: O que foi garoto? - México e Brasil estavam num parque do campus da faculdade. A mexicana estava junto de suas amigas latinas, mas Brasil nem pensou no perigo que seria mostrar uma foto do mesmo junto de EUA no beco.

Não tinha nada demais na foto, mas para México, ver seu "inimigo" e seu ex juntos em um beco e sozinhos, já era um motivo bastante grande pra surtar.

México: Que merda é essa seu filho da puta? - Disse quando pode observar o celular do brasileiro com mais clareza. Era uma publicação de um anônimo com a foto e vaias curtidas e comentários. Alguns xingavam Brasil, outros EUA, outros os dois e tinham alguns que os apoiavam também.

Brasil: Eu que te pergunto! Você tá me perseguindo psicopata?

México: Não fui eu que tirei essa porra de foto, mas fez bem saber que sua intenção era me fazer terminar com o América pra VOCÊ ficar com ele! - México foi segurada por Argentina.

Brasil: Vai se foder México, não sou galinha pra ficar com migalha não.

Argentina: Se acalma Mex, não precisa de muito pra destruir a vida dele. Agora todos sabem que ele é um viadinho. - As três pararam um pouco e riram, começando a zombar de Brasil.

Sem muita opção, saiu dali indo para o seu prédio, buscar suas coisas e ir embora. As aulas haviam acabado e todo o prédio estava vazio, então Brasil se viu tentado a ir no palco do auditório para poder dançar, sem nada e nem ninguém.

Todos aqueles assuntos ainda atingiam muito o brasileiro, afinal, ninguém sabia que ele era gay além de seus amigos e alguns casos sigilosos que já teve. Impor não quis deixar isso público de forma alguma, não queria manchar sua imagem. Todos acreditavam que Brasil havia saído das casa do império apenas para ter mais privacidade e liberdade. Brasil saiu de casa porque foi expulso, e ficava grato, porque o inferno que vivia na casa de Impor não era normal, era desumano e cruel.

As vezes a saudade de seu irmão, Portugal, ainda batia no peito. Talvez ele estivesse morto, talvez ele estivesse vivo procurando por Brasil, ou então ele estava com sua nova família vivendo feliz e se esquecendo da existência de seus irmãos adotivos.

O pior de tudo era que Impor ainda ia atrás de si as vezes apenas para aparentar que visitava seus filhos. Aquele velho só vivia de aparências.

Brasil ligou o som e colocou na sua música preferida, "Dollhouse". Começou a dançar no palco, com seus olhos fechado e sentindo toda a música. Preferia se expressar pela dança do que chorar como um bebê, talvez isso fosse mais um defeito do que uma qualidade. O mesmo já havia tentado se encontrar nas drogas, na bebida, no cigarro, no sexo e até mesmo em um relacionamento sério, mas nada o fazia se sentir tão bem quanto a dança.

O brasileiro se sentia observado, mas já estava acostumado a ter essas sensações. A todo momento sentia que havia alguém lhe espionando a tanto tempo, que resolveu levar isso de uma forma mais leve, afinal, não queria surtar como nos filmes de terror. Talvez fosse coisa da sua cabeça.

Se surpreendeu ao abrir os olhos no fim da música e encontrar Rússia sentado nas cadeiras, o encarando.

Brasil: O que tá fazendo aqui?

Rússia: Bom... - Ele tossiu, um pouco incomodado com a grosseria alheia. - Eu vim buscar o irmão de um amigo, fiquei curioso de onde vinha o som e encontrei você aí.

Brasil: A quanto tempo tá aqui? E cadê o irmão desse seu amigo? - Brasil baixou um pouco a guarda e pegou suas coisas, indo pra perto do russo. Os dois começaram a caminhar juntos para a saída do prédio.

Rússia: Faz uns 20 minutos, e aparentemente ele já foi embora porque foi liberado mais cedo. O nome dele é Coréia do Sul.

Brasil: Sério? Eu conheço ele, ele dança super bem aliás. - Os dois ficaram em silêncio, caminhando pelo campus até a saída. - Você já tá sabendo o que aconteceu, porque não se afastou?

Rússia: Você diz da foto com o capitalista? Eu não ligo, sei como México é, apesar disso eu não acredito que tenha sido ela. Quer dizer, não que eu esteja a defendendo, mas ela não tem capacidade suficiente de fazer uma coisa dessas.

Brasil: Mas se não foi ela, quem mais seria?

Rússia: Provavelmente algum fofoqueiro qualquer querendo arrumar bagunça no campus. De qualquer forma, o melhor é ignorar.

Brasil: Um brasileiro nunca ignora um barraco, sendo ele o protagonista ou não. Ela mexeu com a pessoa errada e sabe disso.

Rússia: Acho melhor não brigar com você.

Brasil: Qual é, você deve ter uns dois metros. Só não é mais alto que o senhor Urss, ninguém brigaria com você.

Rússia: 2,05, meu pai tem 2,15. E se o porco capitalista começou tudo isso, eu não duvido de mais nada.

Brasil: Mas ele brigou com seu pai e não com você. Você não é obrigado a levar o fardo da sua família, você tem vida própria!

Rússia: É fácil na teoria.

Brasil: Sabe o que eu acho? Apesar de tudo, vocês não se odeiam, só levam mágoas do passado que nem foram de vocês dois.

Rússia: Se fosse outra pessoa eu iria mandar tomar conta da própria vida, mas sinto que você sabe o que tá falando.

Brasil: Você até que é legal.

Rússia: O que pensou que eu fosse?

Brasil: Sei lá, pensei que você fosse frio e não fazia amizades com ninguém.

Rússia: Eu- Não vou nem contestar, não sei o que deu em mim hoje. Não gosto muito de conhecer pessoas novas, mas com você foi diferente.

Brasil: Uau, é quase uma declaração. - Brasil riu, fazendo o europeu ficar envergonhado. Os dois pararam na frente do prédio de Brasil. - Eu fico por aqui, obrigado pela carona.

Rússia: Não foi por nada. - O mesmo se virou, pronto pra ir embora, mas foi parado pelo chamado do brasileiro.

Brasil: Rússia, você vai na boate hoje?

Rússia: Acho que sim, te vejo lá?

Brasil: Sempre.

~

Fim do capítulo.

Esse capítulo foi bem meh, mas eu queria construir uma relação entre Rússia e Brasil e aí está, desculpe se foi repentino mas eu não sou muito boa em construir relações.

E perdão pela demora, a semana foi meio cheia no início e conturbada no final, só tive tempo para escrever agora. Até mais.

caipirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora