Japão: Então quer dizer que você vai levar o Rússia pro rolê do EUA sem os dois saberem? - Os quatro amigos estavam na praça de alimentação, fofocando sobre o dia a dia e atualizando as novidades. Rússia e Alemanha já tinham ido embora do shopping, o que foi de certa forma um alívio para Brasil. Não teve que explicar sobre EUA, talvez fosse melhor assim.
Brasil: Ah, eu não sei. Quer dizer, eu já aceitei o convite do América e já convidei o Rússia, não tem mais o que fazer.
Chile: Ou você pode simplesmente escolher um dos dois. - Chile bebeu seu milkshake. Sua resposta era obvia, mas não para um brasileiro confuso.
Brasil: Você não entende né Chile? Acho que a placenta veio e jogaram o bebê fora.
Chile: Qual foi? Eu só disse o óbvio.
Austrália: Eu não acho que seja tão ruim assim. Meu irmão evoluiu nos últimos anos e o Rússia não parece ser um cara de brigas.
Japão: Vai ser ruim se o América estiver querendo o Brasil também.
Brasil: Eu não acho que eles se odeiem, não mais. Eu só queria que eles pelo menos tentassem entender o lado um do outro e se respeitassem.
Japão: E também não consegue ficar longe do Rússia.
Chile: E aparentemente do América também não.
Brasil: O que vocês acham que eu sou? - Reclamou indignado. - Quer dizer, sim! Mas isso não vem ao caso.
Austrália: Acho melhor eu ir, meu táxi tá vindo aí. Alguém quer carona?
Japão: Ninguém mora no seu bairro da nobreza, riquinho. Vai lá, eu e os dois patetas vamos dividir um táxi pra casa.
•••
Austrália: Nossa, eu acho que nunca vi a boate tão cheia. - O grupo estava na festa de aniversário de América. As luzes piscavam e pessoas bêbadas passavam pra lá e pra cá, sem contar a dança, se é que podia ser chamado de dança.
Chile: De gente bonita. Olha, aquela gatinha ali tá me chamando. Tchau tchau pra vocês.
Brasil: Ele não perde a chance.
Canadá: Brasil! Você veio... - Canadá se aproximou, pegando nas mãos do brasileiro.
Japão: Acho que vou lá atrás do América parabenizar ele. Vem Aus! - Austrália e Japão saíram da visão dos dois americanos.
Canadá: Você quer uma bebida? Eu busco pra nós dois.
Brasil: Han, não precisa. Não vou começar a beber agora se não vou extrapolar. Então... Você tá bem?
Canadá: Tô. Coordenar parte da empresa do meu pai não tem sido fácil, mas acho que consigo lidar com isso.
Brasil: Eu imagino. Você já terminou a faculdade? - Os dois se sentaram em um dos bancos de canto que tinham ali, continuando a conversa.
Canadá: Já sim. Você ainda cursa né. Cursa o que?
Brasil: Eu faço dança.
Canadá: Você quer ensinar ou ser famoso?
Brasil: Talvez os dois. Sabe, me disseram que era loucura mas eu tinha certeza desde o início que era a escolha certa.
Canadá: Você é tão corajoso e decidido. - Canadá passou suas mãos grandes pelo rosto do menor, admirando suas formas. - Eu admiro isso.
Brasil: Hã... Obrigado. Eu só vou ali procurar a Japão um minutinho e já volto ok? Esqueci minha chave com ela e preciso ter a certeza que não perdi. - Aquela era a pior desculpa que Brasil tinha dado em toda sua vida, mas não viu outro jeito de fugir daquela situação um tanto quanto embaraçosa.
Aproveitou a deixa e foi até os fundos da boate, se surpreendendo com um certo russo tragando um cigarro.
Brasil: Isso é maconha?
Rússia: Hm? Não. É só um cigarro comum.
Brasil: Me dá um trago. - O brasileiro se aproximou, encostando na parede ao lado do russo e dando um trago em seu cigarro de palha.
Rússia: Não sabia que fumava.
Brasil: Nem eu. É melhor não se aproximar muito ou provavelmente alguém vai tirar uma foto com a legenda "putinha da cidade pega mais um".
Rússia: Você liga pra esses títulos?
Brasil: Ligar é uma palavra muito forte. Ainda me incomoda, mas eu já passei por tanta coisa na vida que sinceramente não quero mais saber de nada.
Rússia: Que dia vai me falar da sua vida?
Brasil: O dia que você me falar da sua. - Se sentou no chão frio, junto do russo. Os dois encaravam o céu escuro enquanto compartilhavam o mesmo cigarro, pensando sobre seus problemas pessoais.
América: Brasil! Voce tá aí! Ah... - América diminui o tom animado quando viu seu inimigo ao lado do latino. - Eu volto outra hora.
Brasil: Não, América espera! Eu... Eu trouxe esse presente pra você, espero que goste. - Brasil se aproximou, entregando uma pequena caixa que tinha dentro um pequeno troféu com as bandeiras brasileira e americana. Em baixo, um relevo mostrava a frase "For my little american boy".
As reações foram diferentes, enquanto o brilho nos olhos do norte americano aumentavam, a vermelhidão no rosto do brasileiro seguia o mesmo ritmo.
Brasil: Você gostou?
EUA: Tá brincando? Eu amei. Vem, vamos colocar lá atrás e pegar umas bebidas. - EUA puxou Brasil, sem dar tempo do mesmo se despedir de Rússia. O último citado sequer havia olhado para América, continuava fumando como se nada tivesse acontecendo.
Brasil: Eu não sei se tenho tanta intimidade assim, mas espero que você goste de verdade.
EUA: Eu não sei como você descobriu a minha paixão por troféus, mas você uniu as duas melhores coisas do mundo. - O latino parou, esperando a resposta do outro curiosamente. - Troféus e você.
Brasil: Você não pode me deixar envergonhado, esse é o meu trabalho!
EUA: Tarde demais. - Riu ao ver as bochechas do brasileiro vermelhas como uma maçã. - Brasil, eu espero que você não me leve a sério nas próximas horas. Quando eu bebo, eu faço tudo o que sinto vontade de fazer, então não me responsabilizo por ficar com você.
Brasil: Isso significa que você quer me beijar?
EUA: Talvez. Você só vai descobrir mais tarde. Não vale me embebedar.
Brasil: Não se preocupa, o melhor tem que acontecer com você bem sóbrio.
EUA: Você me faz criar expectativas. - Puxou a mão de Brasil mais uma vez, o levando para o bar da boate. - Vamos beber porque essa vai ser a melhor festa da sua vida.
~
Quando acho que não consigo me superar nos capítulos ruins, eu vou lá e faço um pior. Tô atualizando muito, não queria deixar alguém mal acostumado, então me perdoem se eu sumir.
Obrigada a todo mundo que vota e comenta, me dá mais motivação pra escrever. Até o próximo capítulo <3
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caipirinha
FanficBrasil fazia faculdade de dança e trabalhava a noite em uma boate como barman, mas assim que boatos envolvendo USA e Rússia se espalham pela cidade, o mesmo vê sua vida virar de cabeça pra baixo. De uma vida monótona e comum o latino se vê em uma n...