capítulo 1

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Brasil suspirou cansado ouvindo o gerente gritar "circulando" para os garotos e garotas de programa na boate. Limpava os copos rapidamente e em silêncio, Austrália ficava apenas do seu lado observando.

Brasil: Eu ainda não me acostumei com você me encarando desse jeito. - Austrália riu e voltou aos afazeres. Brasil é um garoto jovem e gay, isso foi motivo pro seu "pai" expulsa-lo de casa. Na verdade Impor nunca foi seu pai de verdade, só o maltratava junto de seus irmãos, Portugal era o filho legítimo do império, mas nem ele mesmo aguentou o próprio pai e fugiu, porém isso era história pra outra hora. Sem muita escolha, começou a trabalhar de barman em uma boate e foi lá onde conheceu seus verdadeiros amigos, graças ao trabalho comprou um pequeno apartamento perto da boate e ali vivia sua vida tranquila, sem esquecer da bolsa na faculdade de dança que havia conseguido. 

Japão: Eai seus cornos.

Brasil: Não era pra você estar rodando bolsinha na esquina?

Japão: Vai cagar, fica aí com seu namoradinho.

Austrália: Infelizmente ele ainda não me quer. - Brasil empurrou o amigo, rindo. Os três ficaram em silêncio quando viram México entrar elegante pela porta da frente, atraindo a atenção dos muitos que curtiam o local. Esse era o lado bom de trabalhar na boate, você sabia de todas as fofocas.

México na verdade namorava, e o pior, com Estados Unidos, um garoto mimado e rico na visão do Brasil. Mesmo comprometida, a garota insistia em visitar a boate todo final de semana pra se deitar com um homem diferente, mas não é como se Eua ligasse muito já que os boatos que ele gostava na verdade de Rússia sempre rondavam o local.

Japão: Ela não tem vergonha na cara mesmo.

Brasil: Eu vou levar o lixo, fofoquem aí e me contem depois. - Brasil tirou a sacola da lixeira do bar e saiu pela porta dos fundos, mas se assustou quando encontrou uma pessoa no beco pequeno. Ignorou o cara alto e jogou a sacola preta na caçamba, iria voltando quando escutou lhe chamarem.

Canadá: Ei, baixinho.

Brasil: Pera... Você é o tal de Canadá?

Canadá: Acertou. Me diz algo, tem uma garota baixinha e com uma bandeira tricolor por aí?

Brasil: Primeiro que todo mundo aqui é baixinho comparado a você, segundo que eu não sou pombo-correio e pra descobrir vai ter que pagar e entrar.

Canadá: Ela não pode me ver, me faz esse favor, por favor Brasil.

Brasil: Desde quando sabe meu nome?

Canadá: Meu pai é amigo do seu.

Brasil: Impor não é meu pai, agora se me der licença. - Entrou na boate estressado. Não demorou pra Japão e Austrália começarem a cochichar vendo o brasileiro estressado indo em direção ao bar. -  Vocês dois calem a boca antes que eu estoure um champanhe na bunda de vocês até sair pela boca.

Japão: Calma aí ô estressadinho, mas diz aí, o que rolou? O gerente foi lá encher seu saco?

Brasil: É babado forte. - Respirou fundo antes de continuar. - Canadá tá aí provavelmente procurando a México mas não quer entrar pra não ser visto e ele ainda teve coragem de falar que Impor era meu pai.

Japão: É hoje que a máscara daquela mexicana cai.

Austrália: Só não entendi a última parte.

Brasil: Ele disse que me conhecia porque o pai dele é amigo do meu "pai". Como se aquele europeu fosse algo meu. - Fez uma expressão de desprezo.

Chile: E aí gatinhas, quanto tá a hora? - Chile chegou e encostou no balcão com uma cara de falso sedutor. Chile que cuidava da parte da música na boate, principalmente quando as meninas iam dançar no palco, apesar de no horário de trabalho não poder ficar muito perto dos amigos, era sempre o brincalhão da turma.

Brasil: Com a sua mãe? Acho que é de graça. - Chile caiu na gargalhada junto dos outros. 

Austrália: Ai se o Império espanhol ouvir isso.

Brasil: Pau no cu dele e no de todos os paises que eu conheço.

Gerente: Ei vocês, porque não estão trabalhando? - Brasil revirou os olhos e todos voltaram ao trabalho. Japão foi se arrumar para o show da noite, Chile foi cuidar do som e Brasil e Austrália continuaram servindo as pessoas no balcão.

Brasil: Puta que pariu. Você não sabe quem tá aqui Aus.

Austrália: Não me diga que é meu irmão.

Brasil: Aí seria circo demais, eu ia até pular de alegria se fosse e olha que eu nem gosto dele. - Brasil adorava um barraco, isso era claro, e ele adoraria ver Eua encontrando México na boate e o circo pegando fogo, mas também não queria isso já que Austrália trabalhava escondido na boate, ou seja, sua família não poderia nem sonhar com isso. - É o Rússia e Alemanha.

Austrália: Ai que susto, já tava quase me escondendo aqui. - Rússia e Alemanha não frequentavam aquela boate, então era a primeira vez que eram vistos ali. Apesar disso, todos sabiam o quanto aquele comunista poderia ser amedrontador com um só olhar, já o Alemanha, ah, é o Alemanha, fofo, charmoso, e ironicamente melhor amigo do russo.

Alemanha: Boa noite, me trás uma cerveja por favor.

Brasil: É pra já. - Brasil sorriu um tanto quando charmoso e sedutor, mas obviamente não de propósito. O brasileiro já tinha fama de ser sedutor naturalmente, por isso os países tentavam ao máximo agir naturalmente perto dele. - Aus, busca aquela cerveja alemã por favor. E você senhor?

Rússia. Vodka... Pura. - Rússia ficou alguns segundos encarando o pequeno país antes de responder. Bra só queria saber o que se passava naquela mente, ou não.

Gerente: Brasil, faz o favor. Austrália atende no lugar do Brasil aí. - Aus sussurrou um fudeu antes de ver o amigo se afastar. - Tira aquele cara de trás da boate, não quero ninguém usando droga por aqui. 

Brasil: Aquele cara é muito maior do que eu, porque não chama o Austrália? 

Gerente: Porque você é o mais barraqueiro, agora vai lá antes que eu me irrite. - Brasil saiu dali pisando fundo. Porque ele que tinha que lidar com isso?

Brasil: Barraqueiro é a minha bunda. - Saiu da boate, encontrando Canadá do mesmo jeito. - Então cara, vou te mandar a real, é melhor você vazar porque já tá incomodando o gerente e ele não é muito simpático. 

Canadá: Seu gerente não tem medo de um cara do meu tamanho? 

Brasil: Quando se tem aquele tanto de funcionário provavelmente não, mas se não tivesse acredito que teria sim. Agora dá licença que esse fedor de maconha estraga meu pulmão. 

Canadá: Ah, qual é Brasil, eu só vou se você me contar se a garota que eu procuro tá lá. 

Brasil: Sim Canadá, ela tá e eu não tô afim de brigar nem com ela nem com você, então tchau. 

Canadá: Valeu gatinho. - Se Canadá contar que foi Brasil que disse, o brasileiro estaria tão fudido quanto ver seu chefe estressado por causa de si. Até porque, México era fofa e educada, mas odiava que falassem da vida dela. 

Brasil: Aus, eu acho que me fodi. - Reclamou quando chegou ao bar. 

Austrália: Eu percebi pela sua cara de derrota. 

~

Fim do primeiro capítulo. Primeiramente quero dar os créditos a Liqueur_de_cerise_ (e o meu cu também) por ter escrito essa história mais do que eu mesma.

Segundo, peço que tenham paciência comigo pois faz muito tempo que não posto uma fic (nem me lembro como é) e as atualizações provavelmente serão lentas já que sou uma preguiçosa. Até mais.

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