capítulo 5

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(o IG de quem criou o desenho é @miah_neko)

Brasil tinha acabado de entrar no carro que Rússia dirigia e já recebeu um elogio logo de cara. 

Rússia: Você tá lindo. 

Brasil: Eu sou lindo, e você também não tá nada mal. - Rússia começou a dirigir até o cinema, concentrado na direção enquanto conversava sobre coisas fúteis com o brasileiro. - Esse carro é seu? 

Rússia: Na verdade não, ele é do meu pai. Eu ainda quero comprar um carro pra mim. 

Brasil: Eu acho que uma caminhonete combinaria com você, mas se bem que chama muita atenção. Você tem algum modelo em mente? 

Rússia: Ainda não, mas se você quiser me ajudar nisso. 

Brasil: É claro, eu adoro escolher compras pros outros. Alimenta meu espírito consumidor, mesmo que a compra não seja minha. - Rússia riu. - Sabe como é o pobre né. 

Rússia: Te entendo. Olha, aquele ali não é o cinema? 

Brasil: Mas ué, tá tudo fechado. Vamos entrar no estacionamento pra ver isso direito e perguntar alguém. - E assim Rússia fez, estacionou o grande carro em uma das vagas e os dois saíram. Na portaria do cinema só havia um guarda que parecia dormir apoiado no próprio corpo. Ah, como descrever isso? 

Rússia: Eu acho que tá fechado. 

Brasil: Vou perguntar o cara. Ei, boa noite, porque o cinema tá fechado em pleno final de semana? - O guarda acordou assustado e roncando um pouco e encarou os dois jovens na sua frente. Arrumou seu uniforme que havia uma placa no bolso em dourado escrito "Oxely", pra só assim poder acordar de vez. 

Guarda: Então, é que a fiação elétrica tá em manutenção, mas se vocês quiserem vim semana que vem já vai estar aberto. 

Brasil: Ah, obrigada. - Alguns pingos começaram a cair do céu, logo iniciando uma pequena garoa. 

Rússia: Ah, só pra melhorar a situação tinha que chover. - Os dois andavam em direção ao carro, mas Brasil parou no meio do caminho e puxou a mão do russo para o meio do estacionamento. 

Brasil: Quem disse que chuva é algo ruim? O grande Rússia é de açúcar? 

Rússia: Grande Rússia... Gostei do apelido. 

Brasil: Combina com você. Já brincou na chuva? 

Rússia: Já treinei na chuva, mas brincar não. Não acha que estamos velhos demais pra isso? 

Brasil: Diga por si só, porque eu sou quase uma criança. - Rússia riu e segurou firme na mão do outro, o rodando e trazendo o menor para si. 

Rússia: Quase um clichê de romance. 

Brasil: Eu não gosto muito de romance. 

Rússia: Sendo sincero nem eu, mas acho que uma vez na vida não estraga ninguém. 

•••

Brasil: Rússia... E se a gente invadir o cinema?

Rússia: O que? Mas aquele guarda tá ali!

Brasil: Ah fala sério. Um homem desse tamanho e frouxo desse jeito. O cara é menor do que eu e ainda tá dormindo em cima do próprio corpo, tá até roncando.

Rússia: Até que não é má ideia. Tem um colchão inflável e uns cobertores no banco de trás, meu pai sempre deixa lá pra acampamentos de urgência.

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