capítulo 12

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— Brasil? — Era Austrália, havia ido procurar o amigo, já estava preocupado. Brasil estava a mais de uma hora sentado naquela pedra, de costas, olhando para a paisagem e com o rosto ainda marcado pelas gotas salgadas. Enquanto isso, Rússia já havia achado o caminho da casa e estava conversando com alguns amigos como Alemanha e China, ainda longe do americano. Os dois estavam preocupados com o estado do Brasil, porém tinham medo de ir procurá-lo e acabar piorando ainda mais as coisas. 

O garoto se sentou ao lado do amigo, respirando fundo antes de começar a falar. 

— Nós ficamos preocupados, você já tá a mais de uma hora aí e a viagem não foi rápida. Daqui a pouco vai estar desnutrido. 

— Só se for seco de tanto chorar. 

— Pode ser também.

— Eu sou um merda, Aus. 

— Sabe o que eu acho? Eu acho que eu não estava errado na minha teoria. Meu irmão e o Rússia não se odeiam tanto assim, tem alguma coisa por trás e eu vou descobrir o que é. 

— A vida não é um jogo de detetive, infelizmente. Eu sei que fiz merda e sinceramente? Acho melhor eu ir embora. Eu arrumo um jeito de ir, talvez você possa me levar até uma rodoviária pra eu poder pegar um ônibus. 

— Para com isso Brasil! Você não vai embora porra nenhuma. Nós vamos lá pra dentro agora, você vai lavar essa cara, cumprimentar todo mundo, e a gente vai beber e curtir pra caralho. Foi pra isso que a gente veio! 

— Mas-

— Sem mas, vamos logo. — Austrália saiu arrastando o braço do amigo para dentro da casa, e os rostos dos presentes ali na varanda se alegraram ao ver Brasil chegar.

— Achei que você ia ficar encalhado ali pra sempre. Ainda bem que veio! — Canadá o deu um abraço de urso, o confortando. — Vem, vamos lá dentro que o pessoal já tá bebendo. 

Brasil viu de canto de olho Rússia e os dois outros países conversando, porém nem teve tempo de pensar muito já que Canadá o puxou pra dentro. A casa era linda, como uma cabana da montanha misturada com casa na praia, além de enorme, claro. Apesar do lugar remoto, a casa não deixava de ter suas modernidades como a grande televisão de tela plana, enfeitando o painel da sala. Além de mais alguns detalhes como o fogão por indução que Brasil pode avistar assim que entrou na cozinha.

— Toma, pra começar mais leve. — Canadá o entregou um copo com cerveja, que o mesmo não tardou a beber e pedir por mais. — Mas vai com calma que a noite tem mais, e aí sim você vai poder extrapolar, baixinho. 

Brasil riu e logo foi abordado por mais alguns países, que conversou sobre algumas coisas banais e bebeu mais um pouco de sua cerveja. Não fazia ideia de onde o americano estava, e devia confessar que estava curioso pra saber. 

Depois de alguns copos, o brasileiro voltou a cozinha e estava se servindo de mais cerveja alemã. A bebida era forte, mas Brasil não era fraco, e não se deixava derrubar por qualquer cervejinha. Até porque, como Canadá disse, mais tarde vinha mais então precisava aguardar pra encher a cara. Se surpreendeu assim que América entrou no cômodo, se servindo de um pouco de cerveja também. Os dois ficaram em silêncio, sem se olhar, por alguns minutos. 

— América, me desculpa. Eu estraguei tudo, de verdade. Se você quiser eu vou embora, ou não sei, eu me viro e- 

— Psiu! Tá tudo bem. O aniversário é meu, e como presente eu quero te ver bem e aqui, curtindo comigo. Eu vou tentar não brigar tanto com aquele comunista, ok? — Brasil se sentiu aliviado, principalmente depois do abraço reconfortante que o americano o deu e saiu, não sem antes apertar sua bunda. 

Pela primeira vez o latino se sentiu envergonhado com o ato, afinal, era mais fácil ele apertar a bunda de América num momento vulnerável como aquele do que o contrário. Mas não importa, agora estavam bem e só faltava se resolver com Rússia. 

— Pessoal! Façam o favor aqui! — Era Austrália, na varanda da casa. Todos os países estavam reunidos lá, escutando o mesmo, que logo começou a falar. — Sobre a organização de quartos, cada quarto tem 3 camas, então vai ficar organizado da seguinte forma...

Ele foi falando o nome dos países e de seus respectivos colegas de quarto, e também onde iriam ficar. Alguns não gostaram, mas como seria só 3 dias, não havia problema. E Brasil nem imaginava que havia tanta gente naquele lugar, realmente iria virar uma bagunça. 

— Brasil, a gente ia separar pra você ficar no quarto da Japa e do Chile, e eu com o América mas bom, o Rússia tá aí e a Tailândia pediu pra trocar comigo e eu ficar no mesmo quarto do Filipinas. 

— O que? Você tá pegando o Filipinas? 

— A gente tá só... Numa amizade bem colorida. 

— É, mas o Rússia não vai querer dormir no mesmo quarto que América, e América não vai querer dormir com a Tailândia e nem ela com ele. 

— É aí que você se engana, eu tenho a solução. Você troca com a Tailândia, ela vai se sentir mais confortável em dormir com uma mulher e um homem do que dois homens que se odeiam. Aí você dá uma apartada no climão. 

— Austrália! Você tá aprontando pra cima de mim...

— Meu querido, você trouxe o Rússia agora você aguente. — Brasil bateu com a mão em sua cabeça. Droga, estava ferrado! 

— Parece que alguém vai perder o cabaço duplo esses dias. — Japão chegou por trás de Austrália, o encoxando. — Eai meu gatinho, voce ainda não tá chateado, tá? 

— Mais ou menos Japa, não tem como não ficar né. Mas eu sei que a culpa foi minha então não vou ficar me vitimizando. — Japão abraçou Brasil, o dando um pouco de conforto. Havia recebido muitos abraços naquele dia, e estava gostando muito. 

— TODO MUNDO TROCANDO DE ROUPA QUE HOJE A GENTE VAI BEBER NA PRAIA! — América gritou dos fundos da casa. Bom, aqueles seriam longos e intensos 3 dias. 

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feliz ano novo meus amores delícias paixões gostosuras.
não ia soltar esse capítulo (apesar de ele já estar pronto a mt tempo), porque iria soltar dois juntos.
maaaaas já estou escrevendo o próximo
bjs seus delícia

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⏰ Última atualização: Jan 01, 2023 ⏰

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