The Prisoner II |G!P|

03. Hold On

Em nenhum momento da minha vida imaginaria que esse seria meu futuro, ou que eu perderia a minha luz. A vida passa diante dos nossos olhos e nem percebemos. Em piscar de olhos, o dia que mal começou já acabou para começar outro, assim repetitivamente. Já perdi a conta de quantas vezes no dia mudava de posição na cama, achando uma confortável para criar um final feliz na minha vida.

— Você não pode fazer isso comigo, com a gente. Sou uma idiota de está apaixonada por uma pessoa que não me quer por perto, esses sentimentos foram criando aparti de quando você deixou de ser aquela pessoa que eu conheci no primeiro dia, e foi sendo a Billie de verdade. Tem coisas que não vou perdoar você, mas de resto eu já perdoei — Seus lábios roçaram nos meus, fitei seus olhos cheios de lágrimas, meu peito começou a doer. — Eu quero ficar com você, você não entende? — Sua voz saiu chorosa, ela fechou seus olhos deixando as lágrimas molharem suas bochechas. — Não quero ser a Anastácia de antes, eu quero ser a de agora. Eu me sinto segura com você, me sinto protegida com você. Eu sei que você não vai sair de vez da minha vida, porque lá no fundo eu sei que sente algo por mim, só não quer dizer — Fechei meus olhos e respirei fundo. — Eu imploro que não me deixe.

Abaixei a cabeça lentamente sentido o cansaço acompanhado com a ansiedade, meus olhos fitaram a carta em meu colo que foi deixada aqui junto com as outras correspondências. Ainda não abri ela, mas eu sabia quem escreveu ela, fechei meus olhos evitando não chorar, olhei para cima rápido, respirei fundo, nesses últimos anos estava sendo difícil para mim.

— A última parte eu queria que fosse com você. — Disse Anastácia, mais lágrimas escorrerem por seus olhos avermelhados, logo depois ela correu para o quarto aos choros.

Fechei meus olhos fortemente, uma lágrima escorreu pelo meu olhos esquerdo, molhando minha bochecha, meu peito esquerdo começou a doer, joguei longe meu travesseiro, respirei fundo tentando me controlar.

— EU TAMBÉM QUERIA QUE FOSSE COM VOCÊ. — Gritei alto, comecei a chorar feito uma criança, minha garganta doía, apertei com força os lençóis da cama.

Encarei novamente a carta em minhas mãos, meus olhos fitaram o nome Anastácia no canto junto com a data que foi escrita, a quatro anos atrás. Abri pegando o papel de dentro, mais uma vez, respirei fundo, olhei para a porta vendo alguns guardas passarem para o lado direito.

Anastácia, 9 de outubro de 2019.

Oi, Billie.
Não irei perguntar se você estar bem, porque eu imagino que não esteja. De qualquer forma, espero que seja ao contrário.

Sei que a vida não estar contribuindo para nós duas, ou quer a gente separada, mas esqueceu do nosso elo e da insistência para ficarmos juntas, não irei desistir de nós duas, eu sei que você também não. Hoje finalmente percebi que decifrei você, sim, eu decifrei uma pessoa na qual sou apaixonada, sei o quão é errado isso, apenas aconteceu, não posso lutar contra, só nós duas entendemos uma a outra, só nós duas percebemos o trágico que vivenciamos. Outras pessoas não entenderia. Estou escrevendo essa carta, porque tenho a necessidade de escreve-lá, não tenho idéia do que pode acontecer amanhã ou depois. Você estar aqui do meu lado dormindo com seus braços enrolados na minha cintura, já disse que isso é totalmente fofo? Você odiaria isso, tenho certeza. Já te falei do quanto você é bonita? Tenho saudades do seus sorrisos. É eu sei, você estar aqui do meu lado, mas eu já sinto uma enorme saudades da minha blue. Eu te amo, não se esqueça. Não sei quando estará lendo essa carta, mas eu quero que você fique bem, meu amor. Tudo ficará bem. Sempre estarei com você. E... meus parabéns papai, você detesta ser chamada de mãe, então, espero que você ensine a nossa pequena Billie a chamar você de papai.