20. Suicidal

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Ryder

— Billie não está nada bem — Arrumei meu terno, olhei para trás vendo Charlotte deitada na cama, seu corpo coberto por um tecido fino de cetim. — Preciso fazê-la voltar ao normal.

Peguei minha arma em cima da mesinha de canto junto com as chaves, Charlotte levantou da cama segurando o lençol que cobria seu corpo nu, ajeitei minha postura quando ela me abraçou por trás, seus lábios molhado encostaram na pele do meu pescoço.

— Todos nós termos sorte de ter você por perto, sabia? Faz tanto pela gente, por elas, às vezes esquece que você também tem uma vida. — Abraçou minha cintura fortemente, ela encaixou seu rosto na curvatura do meu pescoço.

— Foi a vida que me mostrou que devemos ajudar o próximo. Eu nunca tive uma família, mas os O'Connell me deram uma e eu devo isso a eles. Família tem um enorme significado para mim. — Acariciei suas mãos em minha cintura.

— Eu sei, meu amor. Eu super entendo você. Você me salvou naquele dia... Salvou todos nós. Quando pretende contar sobre sua vida para o mundo? — Soltou uma risada baixa, senti ela beijar minhas costas por cima do terno. — Meu herói. Te amo.

— Minha vida daria um belo livro, não acha? — Puxei ela para frente, abracei seu corpo por trás, depositei um beijo demorado na sua bochecha direita. — Eu te amo.

— Oh, está escutando? — Ouvimos uma melodia preencher a casa, sorrimos juntos, abracei seu corpo mais uma vez antes de sair. — Legendary. Somos lendas.

— É, como Welshly disse, “Deixe todo mundo ouvir as lágrimas da sua batalha”. — Digo sorrindo, andei para fora do quarto.

Coloquei meu óculos e sai para fora da casa, aproximei do meu carro, mas antes vi Charlotte saindo da casa atrás de mim, ela parou na frente do meu carro.

— O que vai fazer? — Perguntou.

— Minha irmã precisa acordar para as coisas, porque está vindo novamente um nevoeiro em nossas vidas. — Digo, encarando seu rosto, observei ela suspirar pesadamente.

— Ryder... — Me olhou preocupada.

— Eu não controlo as coisas, infelizmente, mas posso garantir que tudo vai ficar bem. — Abri a porta do motorista.

— Você sabe de alguma coisa?

— Temos um traidor na equipe. — Acelerei o carro saindo do quintal da casa.

Passei de alguns carros numa velocidade altíssima, umedeci meu lábio inferior pesando nas merdas que estão por vim.

— Bora, você consegue, Ryder — Tentei me encorajar enquanto entrava em outra rua. — Nem todo mundo que diz ser seu amigo é seu amigo. — Apertei o volante, as pontas dos meus dedos ficaram brancas.

Consegui ver a casa de Harry a poucos metros, ele tinha chegado da França uns dois dias atrás com sua mulher e filha. Essa era a primeira vez que eu estarei cara a cara com Harry depois de cinco anos, imagino que deve está mudado.

Estacionei o carro na frente da sua casa, arrumei meu óculos e terno antes de atravessar o quintal com as gramas recentemente molhadas, apertei a campainha duas vezes, uma garotinha tinha aberto a porta com um sorriso tímido.

The Prisoner II |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora