11. Carrie

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Abri meus olhos encarando a parede branca do quarto, fechei novamente meus olhos, acomodei mais meu rosto na curvatura do pescoço da Anastácia que dormia tranquilamente na minha frente, meus braços estavam abraçados em seu corpo, então apertei mais um pouco ele, respirei fundo inalando o cheiro de shampoo de seus cabelos, tirei cuidadosamente minha perna direita de cima das suas pernas, e com cuidado levantei da cama sem acorda-lá, olhei ela dormindo por alguns minutos, sorri boba ao vê-la abraçar o travesseiro a sua frente.

Está ficando boba, Eilish.

Lavei meu rosto e por alguns segundos veio em minha mente as lembranças de quando joguei meu carro no mar, balancei a cabeça negativamente, e sai do quarto, tirei alguns brinquedos da Lucy pelo corredor e os coloquei do lado, parei em frente da porta do quarto da Lucy segurando uns dos seus brinquedos, era um cubo azul, abri a porta vendo ela deitada na cama encolhida, joguei o cubo na pequena poltrona ali no canto, me sentei na beirada da cama, passei minha mão esquerda em seus cabelos castanhos claros, lentamente ela se virou para mim e abriu os olhos lentamente, esfregando os em seguidas.

— Olá, papai. — Disse sonolenta, sorri enquanto beijei sua mão direita.

— Oi — Em segundos, ela se levantou da cama e veio para o meu colo, abracei seu corpo pequeno, depositei um beijo na sua testa. — Hoje é sábado, você pode dormir até tarde hoje.

— Não gosto de dormir, papai. — Fez biquinho, soltei uma risada baixa.

— Como não? Dormir é bom. — Falei, passando a mão em seus cabelos, tirando algumas mechas do seu rosto.

— Não gosto, porque são menos tempo que eu passo com você, papai. — De alguma forma aquilo doeu em mim, olhei seria para um ponto fixo do chão, olhei novamente para o seu rosto inchado, sorri para mesma.

— Bom, acho que vamos ficar juntas agora, e passar muito tempo juntas — Recebi um sorriso da menor, mas logo se desmanchou. — Aconteceu alguma coisa? — Perguntei preocupada.

— Eu sonhei com você. — Disse desanimada.

— E não foi bom, consigo imaginar pela sua carinha. — Puxei ela para mais perto, coloquei sua cabeça encostada no meu peito, suas mãos pequenas abraçaram minha cintura.

— Foi um sonho ruim. Papai, você perdeu um braço nele tentando salvar aquela moça, e eu tinha uma irmã. Eu era um anjinho. Seu anjinho, papai. — Abracei seu corpo com força, tentei não sair do controle, não gostava quando ela tinha pesadelos.

— Você sempre foi meu anjo, meu amor, e sempre será. — Fechei meus olhos enquanto abraçava seu corpo, sentia meu peito aquecer.

— Te amo, papai. — Beijou minha bochecha esquerda, deitei ela novamente na cama, puxei o lençol cobrindo seu corpo.

— Você pode dormir até tarde hoje, ainda está cedo. — Falei, me afastando da cama, cruzei meus braços abaixo dos meus seios enquanto olhava ela saindo da cama.

— Eu quero ver ela, papai. — Arqueei minha sobrancelha esquerda automaticamente.

— Quem? — Perguntei, já sabendo de quem se tratava.

— A moça que veio com você. — Me puxou para fora do quarto.

— Como sabe? — Parei no caminho da porta, e a peguei no colo. — Não estava dormindo?

— Estava, mas acordei quando escutei o barulho do carro, papai. — Justificou.

— Hm — Encostei meu rosto no lado direito do seu rosto e depositei um beijo em sua bochecha. — Anastácia está dormindo, meu amor.

The Prisoner II |G!P|Onde histórias criam vida. Descubra agora