Capítulo 12

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Ainda estou em estado de choque. Esse definitivamente é o pior jantar da minha vida. Os sobrinhos do Ferit são uns verdadeiros pestinhas. 

- Guerra de purê! -O menos gritou e começou a atirar o creme na cara do irmão. 

- Emir solte isso já -Burak irmão de Ceren gritou, sem surtir muito efeito. 

Olhei para o lado e encarei Eda que estava prestes a ter um colapso nervoso. Ela odeia sujeira e desordem, ou seja, a rabugenta estava se corroendo por dentro. 

- Vamos parar! O alimento é para comer não para ficar jogando! -Eda bardou irritada, mas parece que o fato dela ser rabugenta é uma unanimidade. 

-  Chata, não! - Ivo retrucou jogando purê na cara da Eda e eu contive o riso.

Amei essa criança. 

Eda respirou fundo nitidamente furiosa retirando a pasta de seus olhos.

Os pais das crianças ficaram petrificados, mas não demorou muito Brenda levantou pegando sua bolsa na cadeira. 

- Vamos embora Burak, me desculpem de verdade eu não sei o que dizer. 

- Sem problemas acontece - Disse sorrindo enquanto Eda permanecia em choque. 

- Serkan, Eda me perdoem. Dona Laura, nos vemos. 

- Ah eu amo confusão adorei a ideia, mas eu também já vou. 

Assenti e direcionei os convidados para a porta, assim que nos despedimos e fechei a porta Eda caiu sobre a cadeira. 

 Antes de finalizar o jantar pelos olhares trocados, eu e Eda já sabíamos que Pietra permaneceria conosco e a partir de hoje será como se fosse nossa filha. Agora tínhamos ainda mais certeza, o que não deixa de ser algo estranho para mim, já que nunca cogitei a possibilidade de ter uma família.

Mas agora essa é minha realidade. 

- Eles fizeram guerra de purê na mesa de jantar e os pais não conseguiram controlar.

 - Isso é verdade. -Concordei me aproximando dela. 

- Imagine Pietra em um ambiente sem disciplina igual esse?

-  Sim não seria possível. -Disse pegando o guardanapo branco.

 Não que eu ligasse para regras, eu gosto de curtir, mas tudo tem um limite.

- E a dona Laura ? 

- A dona Laura eu a conheço desde criança, é como se ela fosse uma segunda mãe para mim. Então ver ela nessa situação é muito difícil.  -Inspirei tentando controlar o incomodo que sentia -Eu frequento a casa dela toda semana levando flores e fazendo o que posso, já que mesmo ela morando com a irmã do Ferit, que por sinal é médica, é de fato um desafio ter de cuidar de um bebê e uma senhora com Alzheimer.

Eda piscou freneticamente dando um sorriso que não soube distinguir o significado, mas foi um misto de admiração. 

-  Não conhecia esse seu lado... afetivo. Muito bonito da sua parte Serkan, mas eu entendo para ela deve ser bem difícil e para você também claro. 

- Você sabe ser legal com as pessoas? que novidade - Brinquei. 

- Vai ver se eu estou na esquina otário. 

 Ver a  cara de Eda de emburrada, foi impossível não provocá-la eu precisei fazê-lo.

- Mas assim sabe o que eu percebi hoje? Nem as crianças te dão moral... não tá fácil ser rabugenta Eda. 

Meu Cupido Certeiro (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora