Capítulo 15

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Os fracos raios do pôr do sol, invadiram o ambiente, lançando cores diferentes às paredes, mas Anahi e Alfonso nem perceberam. Só tinham olhos um para o outro.

— Não podemos ficar aqui para sempre. — Anahi disse, quando se deitaram na cama.

A única claridade no quarto era proveniente da luz do banheiro, suficiente para iluminar os corpos, projetando sombras sensuais na parede.

Depois de se amarem, tinham partilhado um banho demo­rado e dormiram abraçados. Alfonso não sabia que horas eram e nem quanto tempo haviam dormido, e naquele momento, realmente não se importava. Sabia que na verdade, tentava ficar com Anahi o maior tempo possível, antes que tomassem caminhos diferentes.

— Por que não podemos ficar assim por uns dias? Já não estamos mais a serviço. — ele observou cheirando à cabeça nos cabelos dela, inalando a fragrância de pêssego do xampu.

Anahi sorriu, deixando que ele adivinhasse a resposta.

O relógio marcava onze horas. Nenhum dos dois havia notado como era tarde. Ao olhar para o lado, Alfonso admirou-a com os longos cabelos emaranhados emoldurando o rosto. Estava mais bela do que de costume. Abraçada a um traves­seiro, ostentava uma expressão de pura satisfação. Parte de seu corpo estava à mostra, o suficiente para apenas insinuar as curvas perfeitas. Aquela seria a melhor fotografia para guardar em sua memória. Ainda estava admirando-a, quando ela interrompeu o breve silêncio.

— Por que não comemos alguma coisa por aqui? Acho que é tarde demais para irmos embora ainda hoje.

— Acho que é uma boa ideia.

Antes que se deixasse enfeitiçar mais uma vez pela beleza de Anahi, Alfonso levantou-se e seguindo até a cômoda, puxou roupas limpas para vestir.

— Algum problema? — Questionou-a ao notá-la na mesma posição ainda.

Ela balançou a cabeça.

— Engraçado como nem percebi que o olhava tão fixa­mente. Desculpe-me, mas não me satisfaço apenas observan­do. — Anahi moveu-se na cama como uma gata selvagem, com movimentos lânguidos, mas prestes a atacar sua presa.

Alfonso sentiu a boca seca. Para provocá-lo, ela saiu da cama e passou, permitindo que seus corpos apenas se roçassem. Já na porta do quarto, lançou lhe um olhar enigmático.

— Vamos comer rapidamente. — ela murmurou entrando no quarto que costumava usar para vestir um roupão. — Vejo você na cozinha.

Antes mesmo que ela chegasse até a escada, Alfonso a tomou nos braços mediante um falso protesto. Na cozinha, ele a colo­cou no chão.

Abrindo a geladeira, Anahi pegou uma pizza e dois refrige­rantes, virando-se para colocá-los na pia.

— Pizza fria e refrigerante. Minha refeição favorita. Gabe e eu, costumávamos ficar acordados até tarde, e essa era nosso lanche principal.

— Você é muito ligada ao seu irmão?

Anahi abriu a caixa e pegou uma fatia.

— Sim, somos muito unidos. Como a maioria dos irmãos, ele às vezes é um pouco chato. Mas não há como não me manter unida à família. — Ela mordeu o pedaço da pizza, e ao terminá-lo continuou: — A não ser é claro, que pertença a uma família problemática. Aposto que os Merediths fazem esse gênero.

Observando-a, Alfonso recostou-se na cadeira, momentane­amente esquecido do pedaço de pizza. Mas nem ouvia o que ela dizia. O modo como Anahi se movia, gesticulava, e como fechara o roupão ao sentar-se na cadeira... tudo o atraía.

Perigosamente JuntosOnde histórias criam vida. Descubra agora