🥀 𝐎𝟒 | Número 𝙙𝙚𝙨𝙘𝙤𝙣𝙝𝙚𝙘𝙞𝙙𝙤

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Nota de esclarecimento (só quis usar essa palavra mesmo kkkkk): neste capítulo vocês vão perceber que a duas narrações diferentes. Fiquem atentos, pois não terá um aviso de quem está narrando, e virá muitos capítulos assim daqui pra frente. Não mais, até breve. Boa leitura ♥︎

Ei, de que lugar do Brasil você está lendo?
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Hoje é sábado.

O que significa que posso dormir até tarde sem me preocupar com o horário, já que só tenho aulas às 15h30. O que significa também que posso recuperar o sono das noites mal dormidas que passei a semana toda estudando para no final ficar em segundo lugar. Não estou reclamando da minha posição, mas estou tão acostumado a estar em primeiro lugar que isso me fez sentir um pouco derrotado. Agora eu sei como as outras pessoas se sentem.

Ok. Talvez eu esteja reclamado um pouquinho.

Levanto-me e olho a tela do celular procurando pelas horas, são 8h36. Coço a cabeça e vou até a cozinha, bebo um copo de água e volto para a cama. Ao fechar os olhos, vejo a imagem de um cabelo verde menta e uma tatuagem de borboleta azul, revelando um rosto que eu poderia admirar por horas. Merda! Por que caralhos estou sonhando com Min Yoongi? Cacete. Por sorte consigo pegar no sono outra vez e a imagem de Yoongi some de minha mente.

Por volta de 12h15 – olho no celular para confirmar –, ouço a campainha ser tocada loucamente. Reviro-me na cama xingando quem quer que fosse, implorando para que tivesse outra pessoa para atender a porta. Infelizmente não era possível. Eu moro com minha mãe, mas por causa de seu trabalho ela vive viajando. Às vezes nem sei direito em que país está e por causa dos fusos horários diferentes, ela quase não me liga, apenas manda mensagens para confirmar que está viva e bem. Por causa disso, fico praticamente sozinho no apartamento, com exceção de que Hoseok vem para cá quase todos os dias, e às vezes divide a cama comigo.

Longa história, depois explico.

— Já vai, inferno — grito para que a pessoa ouça, mas sei que não pode, já que continua a tocar a campainha loucamente.

Jogo meu corpo para longe da cama e sigo descalço até o hall de entrada, pronto para socar a cara de Hoseok, pois ele é o único que vem aqui. É raro, mas às vezes aparecem também entregadores dos correios, com encomendas de presentes que minha mãe me manda como lembrancinhas dos países por onde ela passa. Como quase não tem tempo para comprar, é raro que chegue algum. E como eu não tenho mais nenhum amigo, tenho certeza de que é a cobra peçonhenta.

Assim que giro a maçaneta, nem tenho tempo de saber quem é o convidado, já que a única coisa que vejo é um vulto passar por mim causando uma leve brisa. Reviro os olhos e fecho a porta metálica. Uma voz energética corta o silêncio do apartamento, tropeçando em suas próprias palavras.

— Vai com calma, Hobi. Não consigo entender o que está dizendo, uh? — falo e esfrego os olhos, espreguiçando para afastar o sono. — O que aconteceu?

— Acabou de sair a versão beta daquele jogo que estamos esperando há anos — disse animado, colocando algumas sacolas sobre a mesinha de centro. — O problema é que o número disponibilizado é limitado para downloads, então temos que ser rápidos ou vamos perder a chance única de testar o jogo antes do lançamento oficial. — Explica o grande quê da questão, retirando das sacolas alguns pacotes de salgadinhos e guloseimas e algumas latas de cerveja. Várias, na verdade. Hoseok é um grande pinguço.

Mesmo depois de sua explicação para o estado em que chegou no apartamento, eu não fazia ideia do que ele estava falando. Hoseok ama jogos, de paixão mesmo. E ele é muito bom no que faz. E ele já tinha jogado e zerado tantos, que eu mal podia me lembrar do nome. Hoseok falava com empolgação sobre o tal jogo, enquanto abria uma lata de cerveja, o notebook, entrava no site e procurava pela versão beta do jogo. Tudo isso sem parar de falar em nenhum momento.

𝘽𝙇𝙐𝙀 𝙎𝙒𝙀𝘼𝙏𝙀𝙍  | Yoonmin 🥀 (HIATUS) REESCREVENDO Onde histórias criam vida. Descubra agora