Anna Eleutério - Boas escolhas

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Princesa Angel do antigo e refinado estado da Bahia. Em busca de sua coroação. Ela não se sentia aflita ou intimidada. Ela era imponente, forte e possuía riqueza não apenas no sangue, mas no coração.

Angel mal dormia durante as madrugadas. A princesa tinha entre seu costume das madrugadas, a pintura e a leitura. Angel estava olhando aquele céu nascer. O palácio de vidro, local na qual a princesa iria se estabelecer.

A princesa baiana levantou-se e se arrumou para o belo café que despojara na sala de jantar, do seu belo castelo, próximo a praia. Angel olhou-se no espelho, admirando suas maravilhosas asas, que nunca descobriu de onde vinha à origem delas pelo fato de que fora adotada pelos seus pais, depois de deixada na porta dos mesmos

A doce moça apressou seus passos até onde estava seu café da manhã, avistando seu noivo, sentado ao outro lado da mesa, apenas esperando. As empregadas apertaram o botão na mesa e a comida que ambos desejavam logo apareceu, variando entre frutas e bolos.

Após o belo café da manhã, Angel voou para seu quarto e se sentou na sua mesa e voltou a pintar o seu belo quadro de rosas. Ela passou os próximos dois dias somente comendo e fazendo o seu quadro, fazia, fazia sem parar.

A princesa satisfeita com seu quadro colocou- o ao lado de sua cama, mas estranhou o fato de que suas paredes estavam nas mesmas cores que seu quadro.

Ouviu um barulho em sua porta e gritou:

- Entre.

A porta foi aberta e lá estava sua fiel companheira. A caixa da livraria, que a moça havia pegado livros online, acabará de chegar.

A jovem abriu a caixa e olhou um por um, observando se eram sim os livros que a Jovem havia comprado. Angel escolheu um livro chamado PAX e deitou em sua cama a ler.

Naquele momento a jovem desejou uma raposa, uma raposa que fosse sua fiel companheira.

E lá estava ela. A jovem olhou para os dois lados e viu bem no canto de seu quarto, a sua raposa.

A princesa reparou que estava a pensar tanto naquilo que produzia a sua magia sem querer. A jovem moça tentou tirar isso de sua mente então, correu para sua sala de música e tocou seu piano sem parar, mas dessa vez seu piano ficou menor que um biscoito.

Novamente, a jovem fingiu que nada estava acontecendo e se sentou na bancada do jardim do seu palácio e começou a falar com sua raposa.

- Você odeia ficar sozinha, não é?

- Muito – Sua raposa respondeu.

- Eu também.

Angel nunca se sentiu tão sozinha na vida.

Seu único desejo era refazer tudo aquilo que ela havia feito. Angel correu para a praia e encontrou lá, a moça sentada na areia olhando para o horizonte.

- Por favor, desfaça tudo que pedi. Não quero ser poderosa, não quero um namorado, não quero empregadas. Quero o meu lar, com meus pais e minha escola.

A feiticeira olhou para a moça com ternura e expressou um olhar de carinho.

- Não se precisa de muito para se viver. O pouco também é algo muito importante! Sua vida estava em confusão, pois a vossa senhoria almejou ter tudo, mas o tudo nem sempre é o melhor.

A garota virou-se após o feitiço ser desfeito e voltou para sua casa, com seus pais.

Mal sabia ela que aquela feiticeira era a pessoa que ela tanto procura.

Sua mãe.

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