Era uma vez um menino, ele estava andando pela cidade de Salvador com os seus pais adotivos, eles eram maluquinhos, o jovem menino sempre foi um garoto normal mas ele andava um pouco estranho, os pais perguntaram para o filho:
-Está tudo bem Júlio? (perguntou o pai preocupado)
-Mais ou menos, eu estou tendo alguns sonhos doidos. (disse Júlio confuso)
Assim o pai que era um cientista, queria ele mesmo saber o que estava acontecendo com o seu filho, assim criou uma máquina para ver que tipo de sonhos o menino estava tendo, e como ele não sabia nada de elétrica, deixou muitos fios expostos tendo mal contato, assim que colocou a máquina na cabeça do Júlio, no mesmo momento ela deu um choque tão grande que o jovem ficou inconsciente e foi levado às pressas no Hospital da Bahia.
Quando chegou lá, os paramédicos disseram:
-Infelizmente senhor, o seu filho já está em coma!.
Júlio sempre prestava atenção no seu pai que era cientista e assim se tornou muito inteligente, não demorando muito para que se sentisse melhor, sem aquela sensação de dor de cabeça e cabelos queimados.
O jovem Júlio percebeu que estava na sala de aula, mas os colegas e a professora sempre olhavam estranho para ele, sem saber o que fazer, pediu para a professora para ir ao banheiro, quando chegou lá, foi direto para o espelho para ver o que tinha ao em seu rosto, mas não tinha nada, então ele logo pensou que era coisa da cabeça dele ou foi pelo choque que havia tomado, assim voltou para a sala mas ninguém estava lá, como ele perdeu muitas aulas, pensou que os horários tivessem mudado, então foi para a quadra e não encontrou ninguém, ele achou muito estranho pois não tinha nem um funcionário na escola, sendo assim ele ligou para os seus pais e eles também não atendiam, foi procurar algum ônibus para voltar para casa e também não encontrou, assim começou a entrar em desespero, pois não encontrava ninguém nas ruas e as lojas também estavam vazias, as únicas coisas que ele ouvia era o som de metais batendo.
Depois de 3 horas sem saber o que estava acontecendo, começou a sentir fome, Júlio foi em uma loja, pegou um salgadinho e começou a comer, mas o salgadinho estava com um gosto estranho de sopa, pegou biscoito cream cracker mas também estava com gosto de sopa, ele pensou que não tinha como ficar pior, mas foi quando ele olhou para cima e viu que o mar na verdade estava acima dele, como se fosse o céu mas era um mar com muitos corais, peixes, baleias e tubarões, foi tentar tocá-lo, subiu no Elevador Lacerda, no bairro do Comércio, subindo lá percebeu também que não conseguiria tocar, dessa forma foi para o ponto mais alto de Salvador, mas isso não seria fácil pois havia três tigres tristes com muita raiva andando pela cidade, caçando os humanos pois ninguém ia mais ao zoológico, então eles tiveram que sair à força daquele lugar, decidiram que não seriam mais bonzinhos com os humanos e queriam exterminar todas as pessoas, porém perceberam que não tinha ninguém em nenhum lugar e aí então ficaram com mais raiva ainda.
Assim, Júlio sem saber, foi calmamente até O Forte do Barbalho, pois é um dos lugares mais altos de Salvador e provavelmente iria conseguir tocar no mar daquele ponto, até que ele percebeu outra coisa estranha, alguns vidros da cidade foram quebrados e muitas cadeiras foram quebradas e haviam marcas de mordidas e pêlos por perto.
Como era inteligente, percebeu pelo tamanho da mordida e pêlos que eram de um tigre, Júlio sabia que não conseguiria chegar ao Forte sem que não encontrasse um tigre, assim ele se preparou bastante para o que vinha pela frente, começou a treinar parkour para correr mais rápido e pular melhor, também se armou com pedras, lanças e arcos caso se encontrasse com um deles.
Assim ele estava correndo o mais rápido possível, pulou muros e continuou correndo mas ele tropeçou e torceu o tornozelo, decidiu ficar em uma casa ali perto que estava aberta, encontrou comida e uma bela cama para se deitar, mais tarde, enquanto estava se preparado para dormir ele começou a ouvir rosnados e arbustos se movimentando, o barulho ficava mais alto e cada vez mais próximo da sua janela, até que graças a uma fonte de luz externa ele conseguiu ver a silhueta de um tigre na parede do seu quarto, quando ele foi a sua janela, observou o tigre em volta da sua casa, no momento ele pensou que estava encurralado, mas na verdade ele tinha uma carta na manga, tinha um prato de trigo para um tigre triste, então lentamente foi dando trigo para o tigre se acalmar, e ia chegando cada vez mais perto dele, até que o tigre se acostumou com Júlio e esse se tornou fiel ao menino.
Mais tarde eles continuaram a sua viagem com um novo ajudante, dessa vez foram muito rápidos pois Júlio já conhecia o caminho e sabia alguns atalhos, até que chegaram no Bairro de Nazaré, mas além deles, também haviam outros dois tigres ali procurando a quem devorar. Coincidentemente os dois tigres, Júlio e seu fiel companheiro encontraram-se na mesma rua, o tigre que se tornou amigo de Júlio sabia que os seus ex-amigos não iriam parar até que pegasse o menino, dessa forma, esse foi atacar os outros dois, Júlio percebeu o que estava acontecendo e correu, mas não sabia que existia um quarto tigre o esperando, ele deu de cara com o quarto tigre e então o enfrentou com as suas pedras, ele treinou tanto a sua pontaria que acertou uma pedra bem no meio da cabeça do tigre e esse morreu, Júlio naquele momento correu muito rápido com medo de que os outros tigres o alcançasse, chegando no Forte subiu até a ponta dele, assim ele tocou na água do mar, quando a tocou, ele acordou do seu coma e percebeu que na realidade estava tomando banho. Ele depois percebeu que os sons que ele estava ouvindo eram as ferramentas da cirurgia que estava tendo, o gosto da sopa foi porque ele só podia tomar sopa no hospital.
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Contos fantásticos
Historia CortaContos produzidos por alunos do 9º ano do Instituto Comenius de Educação em 2021. Atividade desenvolvida sob orientação das professoras Jamile Lima e Carla Ceci.