Destruidor está deitado, vendo Rokuro partir em um segundo helicóptero que havia acabado de pousar. Splinter, não estava acreditando que seu antigo companheiro havia sido traído pelo seu comparsa. O helicóptero levanta voo, desaparecendo em meio à noite que se seguia. Ele então se dá conta que Yuukio está desmaiada e vai até ela. Mikaela, que havia conseguido derrotar os ninjas, chega logo em seguida para ajudá-lo.
-Mikaela, leve Yuukio para o furgão. Irei ver como estão os meninos.
Antes de ir para o forte, Splinter foi em direção de seu antigo amigo. Por mais que Destruidor tentasse mata-lo nos últimos anos, Splinter achava que Destruidor, ou Saki, como ele o conhecia, ainda conseguiria se redimir. Ao chegar perto dele, se ajoelhou e o pegou em seus braços.
-Splinter (cof! cof!) – Destruidor tossia sangue, pois a espada havia lhe perfurado um dos pulmões – Por que veio até aqui?
-Para ajudar um amigo ferido. – respondeu Splinter.
-Eu não tenho salvação. Fiz muitas coisas ruins durante esses anos. Mas mesmo assim, você ainda via esperança em mim. – disse Destruidor.
-Eu nunca perdi a esperança em você, irmão. – respondeu Splinter.
-Espero que minha sobrinha não me veja como um monstro para sempre. – diz destruidor ao segurar a mão de seu amigo. Nesse exato instante, Mikaela se aproxima de Splinter para escolta-lo até o furgão, mas fica emocionada ao ouvir uma frase.
-Você tem os olhos de sua mãe. – diz Destruidor olhando pra menina com uma voz calma e aconchegante.
Mikaela fica pasma, pois não sabia como tinha sido reconhecida pelo inimigo abatido, porém antes que percebesse, estava ajoelhada, em prantos.
-Hamato, tomem cuidado com Rokuro (cof! cof!) ele é muito perigoso. – disse Destruidor, perdendo a consciência aos poucos– Mais uma coisa... Eu não queria (cof! cof!) eu não queria matar Tang Shen. Nem sua família. Ele me obrigou.
-Quem te obrigou? Saki, quem te obrigou a fazer aquilo?! – perguntou Splinter, mas já era tarde demais. Destruidor já havia morrido. Splinter percebe que todos esses anos ele veio culpando a pessoa errada, mas não era o momento de pensar no assunto. Ele, seus filhos e as meninas tinham que salvar Nova York.
Ele diz para Mikaela se acalmar e voltar para o furgão e esperar pelos outros, pois iria como estava a situação do desarmamento da bomba. Ao entrar no forte, alguns ninjas ainda estão lutando contra seus pupilos. Ele decide ir até Donatello para ver como está a situação da bomba. Mas ao se aproximar, percebe que Diane e Donnie estão desesperados.
-O que houve? – perguntou ele ao se aproximar.
-Sensei. Conseguimos descobrir o núcleo da bomba. É um cristal kraang. – responde Donatello.
-Como é possível? Achei que todos haviam sido destruídos. – fala Splinter, espantado pela notícia.
-Pelo visto o Destruidor tinha esse escondido. – responde Donatello.
-Por falar nele, o que houve? E onde está a Yuukio-sensei? – pergunta Diane.
-Ela está bem. Ela foi nocauteada no meio da luta mas Mikaela a levou para o furgão. Destruidor está morto. Rokuro o matou. – responde Splinter, com um ar de tristeza pela perda do antigo amigo, que outrora havia chamado de irmão – Mas isso não vem ao caso agora. Por que vocês estão tão nervosos?
-O cristal está instável. Por mais que conseguíssemos desarmar a bomba, ele ainda irá explodir em escala menor, mas provavelmente chegara a atingir uma parte de Manhattan e do Brooklyn. – responde Donatello – temos que levar ele para longe do continente e rápido.
Splinter percebe que se eles não tomarem nenhuma atitude rápido, um desastre ainda poderia acontecer.
-Eu tive uma ideia. Diane, junte-se com suas irmãs e com os meninos. Donnie, eu vi um barco que está içado no cais à vinte metros daqui. Acha que consegue liga-lo no piloto automático? – pergunta Splinter à seu pupilo.
-Sim, mas temos que ser rápidos. – responde Donatello.
Enquanto os dois pegam a bomba e vão em direção ao cais, Diane vai na direção de suas duas irmãs para avisá-las sobre o que está prestes a acontecer. Ao escutarem sobre o plano, elas se juntam aos meninos, que haviam acabado de derrotar os últimos ninjas. Eles entendem a situação e vão para o furgão. Ao saírem do Forte, Leonardo e Raphael se deparam com o corpo de Destruidor caído no chão. Finalmente seu inimigo havia sido derrotado. Por mais que aquela fosse uma visão satisfatória, não era o final que eles queriam para ele.
-Será que foi o mestre que fez aquilo? – pergunta Raphael, ao entrar no furgão.
-Não, foi Rokuro. Ele o apunhalou pelas costas. – responde Mikaela enxugando as lagrimas. Os meninos não entenderam de inicio o porquê de ela estar chorando, mas logo se lembraram.
-Onde Estão Donnie e o Mestre? - pergunta Michelangelo.
-Estão indo na direção do cais para se livrar da bomba. – responde Leonardo.
De repente, o helicóptero que estava no heliporto do Forte Jay levanta voo. Imediatamente, todos saem do furgão para ver o que estava acontecendo, mas Leonardo se depara com Donatello correndo em sua direção, mas algo estava estranho em seu irmão. Ele estava chorando.
-Donnie, o que foi? Por que está chorando? – pergunta Leonardo.
-Donatello, onde está o sensei? – pergunta Raphael – Cadê ele Donnie? Quem está no helicóptero? DONATELLO, QUEM ESTÁ NO HELICÓPTERO?!
Donatello, sem condições de responder, desaba em choro.
-Não, NÃÃÃÃOOOO!!!!! – gritou Leonardo – Por que você o deixou ir Donnie?!
-Ele me disse que havia um barco içado, mas era mentira. Ele sabia que aquela bomba poderia tirar várias vidas, incluindo as nossas, então ele me pediu para ajudá-lo a carrega-la no helicóptero.
-E POR QUE VOCÊ NÃO LIGOU O PILOTO AUTOMÁTICO?! – disparou Raphael.
-POR QUE ELE FOI DANIFICADO RAPHA!! – gritou Donatello – A única maneira de sair com aquele helicóptero, é manualmente.
Um silencio se seguiu. Todos olhavam para o horizonte, com esperança de que a bomba não explodisse, mas não foi o que aconteceu. Um clarão iluminou o céu que estava escuro. Naquele momento, só se conseguia enxergar a explosão, que havia acontecido há cerca de trinta quilômetros dali, em meio ao oceano aberto. Splinter havia se sacrificado para que seus filhos pudessem continuar vivos e protegendo Nova York.-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-_-
O sol havia acabado de nascer. Todos estavam de volta ao esconderijo, mas no lugar da alegria que sempre percorreu após uma luta ganha, a tristeza estava dominando o local. Michelangelo, que estava desmaiado no momento da explosão, havia acabado de saber sobre Splinter. Ele ainda chorava a perda de seu mestre, assim como Raphael e Donatello. Leonardo, era quem estava mais triste, mas não estava demostrando. Estava se segurando, pois queria manter a posição de líder, e não queria que seus irmão vissem sua fraqueza. Por isso ele esperava que ao menos Raphael o atingisse com palavras duras, mas ao invés disso, ele o abraçou. Donatello e Michelangelo fizeram o mesmo.
Leonardo não conteve as lagrimas, desabando em um forte choro de tristeza. Yuukio, que também estava desacordada no momento da explosão, estava sozinha num canto da sala, de luto. As meninas também estavam tristes, pois o antigo sensei de sua mestra, a quem elas recorreram para salva-la, perdera a vida no processo. April e Casey estavam quietos, em luto, pois Splinter havia acolhido ele anos atrás como companheiros dos meninos.
-Acho que é hora de mostrar isso à todos vocês. – diz o Dr. Kirby, que também estava na sala, segurando um pen drive.
-O que é isso pai? – pergunta April.
-Uma mensagem que Splinter gravou ontem à tarde e me enviou por e-mail. – respondeu ele – Ele me pediu para mostrar à vocês caso acontecesse algo com ele.
Ao saberem da notícia, os quatro irmãos se olham, concordando em ver a mensagem. Todos se levantam e vão até o laboratório. Lá, Donatello conecta o pen drive a um computador, e o vídeo começa a rodar.“Uma vez, a muito tempo atrás, eu cometi um erro muito grave ao não conseguir deter Oroku Saki, o Destruidor. Creio que essa batalha que está por vir será minha chance de corrigir meus erros, que de alguma forma, colocaram ele nesse caminho, então resolvi gravar essa mensagem caso algo aconteça comigo. Meus filhos, quero que saibam que eu sempre amei vocês, e continuarei amando por toda a eternidade. Vocês trouxeram amor, alegria e felicidade à minha vida, coisas que eu havia perdido quando Tang Shen faleceu. Espero que entendam que se eu chegar a morrer hoje à noite, não foi culpa de vocês, mas sim o meu destino.
Yuukio, estou confiando que você irá tomar conta dos meus filhos. Pode ser que você acabe se irritando com o Michelangelo as vezes por ele ser muito brincalhão, como Raphael por ser muito estressado, com o Donatello por só querer ficar no laboratório ou até mesmo com o Leonardo, por tomar decisões impulsivas as vezes, mas saiba que todos eles tem um coração de ouro. Outra pessoa que é muito valiosa para mim também é a April, pois sem a ajuda dela todos esses anos, não conseguiríamos fazer muita coisa. Espero que você a ajude a completar o seu treinamento.
Amo vocês meus filhos. Espero que nos reencontremos no paraíso algum dia.”Todos começaram a chorar novamente. Yuukio, que estava no canto da sala, não conteve as lágrimas. Ela estava segurando uma foto de Hamato e Tang Shen, que havia sido tirada no último Festival Hanami em que esteve viva.
-Espero que vocês dois possam ser felizes agora, onee-san. – diz ela, abraçando a foto.
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Algumas semanas se passaram após aquela batalha. Yuukio, juntamente com Sakura, Diane, Mikaela e Vênus, haviam se mudado para o esconderijo dos meninos. Foi preciso fazer algumas reformas para poder abriga-las, mas todas estavam felizes. Como prometido, Yuukio estava treinando os meninos e April, juntamente com suas filhas. O sentimento de perder Splinter ainda estava no ar, mas todos resolveram seguir em frente, cada um a sua maneira, para honrar sua memória.
-Pessoal, os Dragões Roxos estão atacando o Chase Bank, no Brooklyn! – disse Donatello.
-Eles fizeram reféns e estão exigindo um helicóptero para a fuga. – completou Diane.
-Esses caras não aprendem nunca. – disse Raphael, animado.
-Ainda bem, senão eu teria que bater em você. – falou Sakura, provocando-o.
-Que isso Rapha, vai deixar ela falar assim com você? Depois não quer que eu fale que estão namorando, né? – falou Michelangelo, provocando o irmão mais velho.
-NÓS NÃO ESTAMOS NAMORANDO! – disseram Sakura e Raphael, envergonhados.
-Olha, depois dessa é impossível pensar o contrário. – disse Mikaela, se apoiando em Michelangelo.
-Certo. Prestem atenção. Quero que vocês tomem cuidado ao entrar no banco. Leonardo e Vênus, liderem as duas equipes, de modo que uma tome conta dos bandidos, e a outra liberte os reféns. – diz Yuukio.
-Sim mestra! – respondem Vênus e Leonardo.
Muita coisa podia ter acontecido nas últimas semanas, mas nada havia mudado. Os meninos poderiam ter perdido um ente muito querido, mas ganharam uma família ainda maior. Mais desorganizada, mais briguenta, porém, que se ajudava não importasse qual fosse a situação. Os bandidos e vilões poderiam tentar fazer qualquer coisa para dominar Nova York, mas as tartarugas ninja estariam lá para proteger o seu lar.
Fim
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TMNT & TMKT | Tartarugas Ninja - Guerra
AventuraNos últimos quinze anos, Yuukio, uma mestra do ninjutsu e antiga conhecida de Splinter, vem lutando contra a divisão do Clã do Pé localizada no Japão. Ao longo desse tempo, ela conheceu suas jovens pupilas: Vênus, Sakura, Diane e Mikaela. Porém...