BAFTA

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[N/A: Não tenho palavras para agradecer vocês pelo carinho com essa história! Espero que curtam esse capítulo! Um beijo! <3]

Os olhos dela e de Steve se encontraram por um segundo. Ela não saiu de onde estava, não parou o que estava fazendo, sequer mudou de expressão. O sol que entrava pela janela a iluminava de maneira quase surreal.

Claro, tudo isso só durou frações de segundos. Bucky logo se tocou do que tinha acontecido.

"Puta merda." ele disse, se movendo rápido e obrigando Natasha a desmontar e se enrolar no lençol em seguida.

Durante tudo isso, Steve não se moveu. Nem sequer mudou a posição da mão sobre a maçaneta, completamente paralisado.

"Que porra você quer, Steve?" Bucky perguntou, o rosto ficando vermelho e o constrangimento tomando conta. Pena que o resto do corpo não percebeu exatamente o que tinha acontecido.

"Eu ia perguntar se tinha um remédio para ressaca, mas não precisa, eu vou embora." ele disse, enrolando as palavras, mas não se movendo. Reparou que Natasha ergueu as sobrancelhas e sorriu debochada, umedecendo os lábios com a língua em seguida. Steve precisava sair dali imediatamente. Com os pés finalmente entendendo o que precisavam fazer, ele começou a andar na direção contrária, puxando a porta com violência e descendo as escadas, a cada degrau a cabeça latejando mais um pouco.

Quando o vento finalmente atingiu o rosto dele, só sobreveio o constrangimento. Não era a primeira vez que pegava Bucky naquela situação, é claro, eram amigos há anos; mas dessa vez tinha sido diferente.

"Que porra foi essa, meu Deus?" ele se perguntou baixinho.

O sorriso debochado de Natasha nua, recém saída de cima de Bucky, claramente o achando um perfeito idiota era o que mais o constrangia de tudo. Sabia que o amigo não ficaria chateado, mas havia uma grande chance da assessora achá-lo ainda mais otário do que já pensava.

Foda-se a porra da Romanova e tudo que ela acha de mim.

Acendeu um cigarro. Enquanto esperava o motorista vir buscá-lo, fumou três. Quando o carro preto finalmente se aproximou, Steve entrou, apressado. Se virou na direção da casa e cometeu o grande erro de olhar.

Natasha estava saindo com o vestido azul da noite anterior e os sapatos numa mão, o celular na outra, seguramente esperando um Uber; parecia fodidamente satisfeita consigo mesma. Steve esmagou o maço vazio dos cigarros na mão e bateu a porta do carro com força.

Poderia muito bem oferecer carona, moravam a três quarteirões de distância, mas não tinha a menor condição de estar num espaço tão confinado com ela depois do que tinha acabado de ver.

Os olhares dos dois se cruzaram brevemente, e uma leve sombra do sorriso debochado passou pelo rosto dela de novo. Steve desviou o olhar e sentiu a náusea da ressaca se instalando. Só queria chegar em casa logo.

Uma vez no banheiro de sua própria suíte, vomitou tudo que conseguia e tomou um longo banho logo em seguida. Definitivamente, estava precisando transar. Não conseguia esquecer a cena. O cabelo loiro de Natasha, a pele, o Sol sobre ela, os olhos, os demais detalhes das outras curvas do corpo.

Não que fosse difícil para um homem como Steve Rogers encontrar sexo. Mas, regra número um, não ficava com fãs. Dois, apesar de ter uma vida sexual ativa, fazia tempo que não transava com alguém sem pagar por isso. A última tinha sido Wanda Maximoff, ou talvez a própria Sharon, mas já fazia mais de quatro meses, com certeza. Apesar de sexo ser sexo, e quando bem pago, sempre satisfatório, não era a mesma sensação de estar com alguém que realmente se engajou naquela situação.

Starboy - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora