Starboy - Romanogers

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[N/A: Depois de um capítulo pesado, o refresquinho! Espero que vocês curtam e muito obrigada pelo carinho! Amo vocês <3]

Era quase meio dia em Moscou. Sendo um sábado de primavera, era de se supor que não fosse estar tão frio, mas estava. Nat estava olhando no celular pela décima quinta vez. A mensagem que tinha mandado para Steve ainda estava com um tique só desde a noite anterior.

Não queria se alarmar, então só tinha perguntado a respeito para Darcy uma vez, que disse que não sabia dele. Natasha não pressionou o assunto. Talvez ele estivesse na casa de Bucky, talvez tivesse saído. Que seja. Não é como se tivessem nada realmente, não poderia ficar brava ou decepcionada.

Na verdade, estava preocupada.

Steve tinha mantido bem sua promessa de não cheirar cocaína naquele tempo em que tinham passado juntos. Até onde ela sabia, ele sequer tinha saído para nenhum tipo de evento noturno duvidoso, como fazia quase diariamente antes; então, a ausência no whatsapp era esquisita. Afinal, ela queria saber de Liho, certo? Ele tinha que responder.

Sim, Liho, com certeza.

Estava tomando café na mesa da cozinha, o cabelo recém-pintado de ruivo após um episódio particularmente ruim em que Melina não a reconheceu loira; usava uma camisa xadrez vermelha, antiga. Estava vestida como raramente se vestia em Los Angeles: como se estivesse em casa.

"O que tanto olha nesse celular?" Yelena perguntou, maliciosa. Nat desviou o olhar.

"Steve está com a Liho e não consigo falar com ele desde ontem." ela disse, inocentemente.

Yelena tomou um gole do chá, olhando-a como quem não acreditava que era só isso.

"Sei... Deve estar tudo bem, já já ele aparece."

Nat deu de ombros. Em minutos, Melina entrou na cozinha, parecendo de ótimo humor. Alexei entrou logo em seguida, dando de ombros. Normalmente, era o que ele fazia quando ela parecia estar um pouco melhor.

"Bom dia, filha." ela disse, em russo, dando um beijo na cabeça de Natasha. "Bom dia, bebê." ela repetiu o gesto com Yelena. Ao menos naquele momento, ela sabia quem eram as duas mulheres ali. Melina já tinha tratado as filhas como a ex-cunhada, Irina; como a mãe, ou como velhas amigas. Até mesmo a conversa que ela emendou em seguida era perfeitamente compatível com o momento que estavam vivendo. Comentou com Alexei a respeito da premiação do Oscar e como Yelena estava linda. De forma geral, foi uma manhã bem agradável, e Nat logo se distraiu um pouco a respeito do sumiço de Steve.

Alexei sugeriu para Melina que fossem passear pelo centro da cidade, já que fazia tempo que ela não ia à Rússia, o que ela aceitou muito feliz.

"Vai ficar tudo bem?" Yelena perguntou, olhando para o pai.

"Bem, me sinto eu mesma hoje." Melina respondeu, sorrindo, mas claramente um pouco incomodada. Nat suspirou, e ninguém disse mais nada. Em minutos, os pais tinham saído.

"Nem parece que eles se divorciaram." Nat comentou. Yelena sorriu triste.

"Estou vendo um neurologista. Fazendo vários testes e tal. Fiz todos os tipos de ressonância que você possa imaginar. Ele disse que até agora está tudo certo. Não mostrei nenhum sinal de degeneração em nenhuma região."

Nat pegou a mão da irmã.

"E vai continuar assim."

"É só que me parte o coração, sabe. Vê-la assim é muito difícil." Ela secou uma lágrima teimosa antes que caísse.

"Eu sei, Ye. Sei perfeitamente. Ela sempre foi tão ativa e..."

"É."

As duas não disseram mais nada por um bom tempo. Nat foi ler um livro na sala, e mais ou menos duas horas depois, os pais estavam de volta. A mãe parecia um pouco mais distraída. Quando Melina subiu as escadas, Alexei disse,