Hóspede

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[N/A: Oieeeeeeeeeeeeeeee, gente que eu amo! Mais um capítulo! Já entramos no meio da fic. Coisas mais intensas vão passar a acontecer! Obrigada pelo carinho! De verdade!]


Ela não respondeu à irmã. Naquele momento, estava mais preocupada com o encontro com Amelia dali a poucos minutos do que qualquer outra coisa. Steve estava uma pilha de nervos e era muito claro, então ela segurou a mão dele.

"Vai ficar tudo bem, Steve."

Ele não respondeu, apenas segurou a mão dela de volta e continuou olhando para fora da janela.

Meia hora depois, chegaram a uma casa bonita no subúrbio de LA, no endereço onde Amelia tinha combinado, garantindo que o garoto não estaria lá. O segurança recebeu instruções para aguardar fora do carro. Steve não costumava andar com ele, mas talvez naquela situação fosse uma boa ideia.

Subindo os poucos degraus em direção à porta da frente, ambos se posicionaram sobre o capacho que dava boas vindas. Nat quem tocou a campainha, Steve parecia estranhamente congelado no lugar.

Quem atendeu foi uma mulher de trinta e poucos anos, de baixa estatura e magra. Ela tinha cabelos castanhos compridos e olhos verdes. Vestia jeans e um suéter cinza. Parecia surpresa e talvez um pouco assustada.

"Vocês vieram mesmo." ela fez espaço para que entrassem.

Olhando a casa, era claro que existia uma criança morando ali. Acessórios de esportes estavam em um canto, cartões de dia das mães fixados em um mural próximo à entrada, além de vários retratos. O garoto se parecia tanto com Ethan que Nat achava perturbador. Não costumava pensar muito nisso, mas era estranho que ele tivesse morrido, ainda mais tão jovem. Ele e Carol se tinham como irmãos, então Nat era próxima dele, muito mais do que era de Steve na época.

Ele olhava em volta como se o garoto fosse aparecer a qualquer momento. Amelia puxou duas cadeiras da mesa de jantar para que eles se sentassem.

"Ben não está. Pedi para minha mãe levá-lo para passear. Sentem-se."

Nat se sentou ao lado de Steve, que agora parecia estar preso em alguma sensação entre triste e apreensivo. Instintivamente, ela pegou a mão dele por debaixo da mesa. Amelia cruzou os dedos da mão diante deles.

"Obrigada por terem vindo. Não achei mesmo que isso fosse acontecer."

Fez-se um grande silêncio.

"Eu nem sei por onde começar." Steve disse.

Nat interveio,

"Vamos começar do começo."

Amelia fez que sim com a cabeça.

"Eu tinha dezenove anos. Meu padrinho trabalhava com sonoplastia e eu o acompanhava desde sempre, então estava ajudando-o nesse filme, eu nem lembro qual foi, para ser bem honesta. Ele e Grant eram amigos, e foi assim que o conheci. Ele sempre me tratou muito bem, disse que sempre queria ter tido uma filha."

Steve se mexeu desconfortável na cadeira, sabia daquela informação.

"Enfim... Ethan estava fazendo uma ponta nesse filme, e o conheci em um dia que estava com Grant. Ele deu um jeito de descobrir meu telefone e saímos algumas vezes. Claro que eu não saí falando isso para ninguém, primeiro porque ninguém acreditaria. Segundo porque eu duvidava que fosse dar em alguma coisa, ele era famoso, poderia ter a mulher que quisesse, era óbvio que não ia dar certo. E eu também não queria essa dor de cabeça. Enfim, ele parou de me responder, acho que até mudou de número. A vida seguiu, mas quase dois meses depois, eu descobri que estava grávida. E, bem, ele tinha sido a única pessoa com quem eu tinha estado naquele ano inteiro."

Starboy - RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora