Quanto tempo é necessário para se apaixonar perdidamente por alguém? Marco e Chiara precisaram somente de dois meses.
De forma inesperada seus caminhos se cruzaram e assim, tal como em um piscar de olhos, eles se apaixonaram rapidamente. Embora sou...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ter o controle sobre todas as situações ao seu redor sempre foi uma necessidade para Chiara. Ela se sentia mais tranquila e confiante quando sabia exatamente como as coisas iriam acontecer, em que momento e como reagir caso surgissem problemas. Para ela, essa previsibilidade trazia um sentimento de segurança e estabilidade, como se, assim, pudesse se proteger de imprevistos ou surpresas desagradáveis.
Talvez fosse por isso que sua vida sempre foi marcada por uma rotina meticulosamente planejada, onde cada detalhe era cuidadosamente calculado, uma forma de se resguardar do caos e da incerteza que o futuro poderia trazer. Contudo, agora, esse controle e estabilidade que tinha já não era mais uma realidade. Não quando agora precisava lidar com uma gravidez não planejada. Desde que voltou de Paris não conseguia pensar em outra coisa que não fosse o fato de que seria mãe. Sua mente estava uma bagunça ao ponto de Chiara nem mesmo conseguir reunir coragem para conversar com Asensio.
Mesmo dias após voltar para a Espanha, ela ainda se sentia tensa. Havia marcado uma nova consulta e feito novos exames de sangue, apenas para confirmar o que já sabia: estava mesmo grávida. Nada daquilo tornou as coisas mais fáceis. Na verdade, tornou tudo mais real. O medo a consumia, e ela não sabia nem por onde começar. Não sabia se deveria falar com Marco imediatamente ou esperar mais um pouco. O que fazer primeiro? Como contar? Era uma montanha-russa de emoções e pensamentos, e, por mais que tentasse, ela não conseguia colocar a cabeça no lugar.
Seu único consolo era poder se esconder em seu apartamento. Ali, no silêncio de seus próprios pensamentos, ela podia manter tudo sob controle, ou ao menos fingir que estava controlando. Porém, sabia que estava apenas adiando o inevitável. Já estava há quase uma semana dando desculpas: "Estou com uma gripe forte", "Estou exausta demais para sair", "Tenho muito trabalho para terminar..."
As mentiras iam se acumulando, e Chiara sabia que estava ficando cada vez mais difícil sustentar a fachada. Principalmente porque Marco, sempre tão perceptivo, começava a notar a distância entre eles. O olhar preocupado dele, as perguntas sutis... tudo isso estava ficando impossível de ignorar.
Era como se a desconfiança dele estivesse crescendo a cada dia, como uma sombra. Ainda sim, o jogador estava ali ao seu lado, cuidando dela com tanto carinho, tentando entender o que estava acontecendo, e ela não conseguia ser honesta. Algo a impedia. Talvez porque ela não estava pronta para lidar com a mudança. Ainda assim, sabia que não tinha escolha.
Foi numa dessas vezes que Marco, que estava passando a noite eem seu apartamento, com um tom meio brincalhão, mas claramente preocupado, tocou diretamente no que ela mais temia.
— Sabe, às vezes eu tenho a sensação de que você vem me evitando um pouco... — disse ele com um sorriso no rosto, mas com os olhos atentos, como se soubesse que algo não estava certo.
