Não Me Chame de McSteamy

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Callie ainda estava intrigada sobre o que Arizona escondia, mas não se preocupava tanto com isso. Os seis meses haviam passado e com isso elas teriam que terminar o casamento.

Teriam? Ela iria conversar com o Dr. Sloan sobre isso. Definitivamente nenhuma delas queria o fim. Mas conhecendo Mark como Callie conhecia, ela sabia que ele faria tempestade em copo d'água.

– Como assim, Call? Você não pode quebrar o contrato! Terá que pagar uma fortuna.

– Paguei uma fortuna para casar com ela e pagarei qualquer outra fortuna para não ter que me divorciar, Mark.

– Callie, não. Isso seria quebra de contrato e...

– Mark, se você for falar o que eu penso que vai, cale a boca! Imagem, imagem, imagem! Estou cansada disso! Falhas são inaceitáveis para o McSteamy.

– Não me chame de McSteamy! Eu só quero fazer as coisas certas, pelo amor de Deus, é pecado?

– Faça as coisas certas quando for a sua vida Dr. Sloan. Quando for o seu casamento!

Mark esfregou a testa tentando aliviar a tensão, mas foi inútil. Continuar com casamento não seria necessariamente uma quebra de contrato mesmo que aquilo fosse um. Tinha cláusulas e um prazo. E o prazo tinha acabado.

– Okay, vocês não precisam necessariamente acabar com o casamento. Quer dizer, vocês se amam, podem casar de verdade.

– Preciso conversar com ela sobre isso então.

– E como fica a questão do dinheiro?

– Eu não sei, Mark.

– Não conversaram sobre isso?

– Temos coisas mais interessantes para fazer. Sabe?– Callie falei rindo

– Me poupe dos detalhes!- ele disse lhe jogando uma caneta

– Não seja idiota, McSteamy.

– Oh, você tem senso de humor mesmo, não tem? Bem que ouvi boatos pelos corredores.

– Muito engraçado.- ela disse fingindo uma risada

– Pelo menos não corro mais o risco de ser jogado pela janela.- ele disse fechando a porta antes da caneta que Callie jogou em sua direção o acertasse.

Ela riu sozinha e começou a pensar. Pensar em tudo e em como as coisas aconteceram rápido. Mas não parecia errado para ela, nada daquilo parecia errado. Ela só queria continuar vivendo o sonho que era estar ao lado de Arizona.

'Como está a mulher mais linda de Seattle?'

Arizona sorriu com a mensagem.

'Estou bem amor. E você? Já conversou com o Sloan?'

'Já. Mas tenho que conversar com você.'

'Tudo bem. Também quero conversar com você.'

'Okay, te vejo mais tarde.'

O dia estava incrivelmente cheio, e Callie agradecia por ter Amelia ali. A morena a divertia muito.

– Precisamos sair para beber. Você parece estressada.

– Estou bem, Amy, só preocupada.

– Com o que? Casamento? Casamento é uma droga mesmo! Okay Amelia, filtro!- ela disse para si mesma e Callie riu

– Está tudo bem. Apenas acho que ela tem segredos demais. Sabe?

– Dê tempo ao tempo. Na verdade, vocês precisam se conhecer mais. Tudo bem, vocês casaram, eu sei. Mas não é como se vocês tivessem namorado antes disso.

As palavras de Amelia fizeram Callie pensar novamente sobre  a relação com Arizona. Ela estava certa, mas quem poderia dizer que aquilo não era certo? Ela só queria saber os motivos de Arizona precisar de 500 mil reais.

– Call! Mulher, o que você fumou?

– Eu não faço essas coisas.- falou sorrindo

– É relaxante, sabe? Garante umas boas noites de sono.

– Nunca tive problemas com insonia.- eu disse e ela se deu por vencida.

– Não sinto minhas pernas. Se eu levantar dessa cadeira agora vou cair.

– Nem fala, meu pé está formigando.

– Vamos parar um pouco? Sei lá, vou lá fora pegar um ar. Vem?- ela disse levantando calmamente

– Não, vá você. Vou ficar por aqui. Não suma, por favor.

Amelia não a preocupava, mas ela sabia que deveria. Estava diferente de quando Callie a conheceu. Parecia sempre ansiosa agora, e com olheiras de quem não estava dormindo tão bem quanto dizia.

Callie foi até a janela e avistou Amelia lá embaixo, obviamente estava fumando o que Callie esperava que fosse apenas cigarro.

– Vamos voltar ao trabalho então!

Era como se ela tivesse abastecido o tanque, estava com todo gás.

– Não vejo a hora de acabar isso e ir pra casa. Tenho umas boas garrafas de wisky me esperando. - ela disse mordendo a caneta e logo voltando a assinar os papéis

Callie apenas ficou observando. Não estava com cabeça para cobrar nada, e nem se sentia no direito de fazer tal coisa. Apesar de se preocupar com os hábitos que a amiga estava desenvolvendo.

– Somos todos adultos, sabemos o que estamos fazendo.

– Eu não faço a menor ideia sobre o que você está falando, mas concordo.- ela disse sorrindo

April entrou na sala entregando mais algumas pilhas de papeis e ambas gemeram em frustração.

– Não quero saber de preguiça nessa sala. E eu já estou de saída, boa sorte aí.- ela disse sorrindo debochada e saindo

– Você deu algo pra ela fumar?

Elas riram. E depois fingiram um choro ao olhar o tanto de trabalho que ainda tinham pela frente.

O relógio marcava dez horas da noite quando o último papel de Callie foi assinado. E ela fez a última ligação do dia.

– Vamos! Vou sonhar com letras, pode ter certeza.

Elas entraram no elevador e se dirigiram até a garagem.

– Até amanhã, Amy. Se cuide!

– Até amanhã, Call. Você também.

A morena entrou no carro e Callie esperou ela arrancar com o mesmo, entrou no carro e foi embora. Se sentia exausta.

O caminho foi percorrido com rapidez, não tinham muitos carros na rua aquela noite, ela particularmente não gostava tanto da calmaria. Sabia o que viria logo depois. Isso a fazia pensar na calmaria que estava sua vida agora.

O que viria depois?

Amor Por Contrato (Calzona Version)Onde histórias criam vida. Descubra agora