Capítulo 02

1.9K 373 43
                                    

E já é terça?

Jaaaaaaá e cá estamos com mais um capítulo.

Vamos lá? Não esqueçam de comentarem muitooooo e deixar seu voto, nos ajuda pacas. 🥰

E para quem está perguntando sobre os dias de postagens, serão as terças e sábados!

Agora bora! 🥰

Há sempre a necessidade de mostrar algo para o mundo, de ser suficiente

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Há sempre a necessidade de mostrar algo para o mundo, de ser suficiente. Mas alguém consegue, realmente, ser suficiente sozinho?

Bruno

— Está na mira, senhor, basta dar a ordem.

— Segura, ainda não.

— Mas, capitão...

Olho para Leandro, que tem o fuzil na mira, mas está um tanto apressado por engatilhar. Eu o entendo, é jovem aqui ainda, seu segundo ano, quer mostrar serviço, o problema é que quando a merda fede, é o meu ventilador que fica sujo.

— Querem negociar, vamos deixar negociarem, não queremos um show aqui. Certo?

— Certo, senhor.

Levanto o fuzil, olhando a lente de alta resolução. Hoje cedo recebemos o chamado para o que parecia ser um assalto ao banco, quatro homens armados, em uma ideia mal planejada e é claro, ia dar merda, parceiro.

Mas a merda maior, era que por algum motivo, o prefeito estava no banco, com o gerente e o circo foi armado, civil, militar o diabo a quatro. Em tese, nos encaixamos nos militares, mas não somos policiais convencionais, andamos bem longe disso. Somos o grupo de operações especiais, mais conhecido como BOPE. Somos treinados para resolver situações de risco, para matar, fomos treinados para a guerra urbana, aquela que nunca acaba, nunca sessa, ao qual não tem tratado de paz.

Não saímos para conversar, barganhar ou negociar, saímos para estudar a situação, entrar, resgatar, matar e voltar em segurança. É esse o trabalho ou deveria ser. Aqui, na minha visão seria simples, quatro tiros apenas e eu resolveria a situação, sem esse circo todo, em principal a imprensa querendo biscoito. Mas... tem política envolvida, o que complica a situação.

Estamos no sexto andar de um prédio comercial, abandonado, em frente ao banco em questão. Fizemos um círculo de isolamento e contenção e estamos esperando, enquanto fingem uma negociação com os filhas da puta que planejaram essa merda.

Nesse meio tempo o banco segue cheio de reféns, gente aterrorizada e vagabundo doido pra fazer história. Para mim a conta é simples, trinta pessoas, quatro vagabundos fortemente armados, ex presidiários, não deveria ser difícil chegar a uma conclusão.

Deixo o ar sair dos meus pulmões, o cansaço sendo meu companheiro desde muito cedo. Foi uma noite agitada no Rio de janeiro, uma noite em claro e meu corpo já implora pelo fim do turno.

Uma Aliança Perfeita - Livro 3 - Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora