Eu pintei Terrasen. E minha corte.
O lugar onde eu conheci Theo, Mattheo Donavan
- Quem era aquele? Na pintura. –Feyre pergunta delicadamente
- Um amante, antigo amante -digo sombria
“o amor é um veneno disfarçado” me disseram uma vez.
Eu não acho. Todo amor vem com dor, isso é fato.
Mas juro que não me arrependo de nada. Não esqueci nenhum detalhe.
Eu me lembro do dia em que conheci Mattheo.
Eu havia ido com os meus pais para Orynth, indo ver minha prima, recém nascida, Elentilya.
Eu tinha 17 anos, e Mattheo tinha 18. O pai dele era um guerreiro de Terrasen, e ele treinava no palácio, com Rowan, para também se tornar um guerreiro.
Ele era lindo, olhos verdes e cabelos de mel, sempre me chamou atenção. Ele era maravilhoso.
Na primeira vez que falei com ele, foi irritante.
Ele era... arrogante, usava 10 palavras enquanto apenas precisava de 2, engraçado e muito cheio de si, mas ainda por cima era carinhoso. Essas e muitas coisas em que eu amava nele. Eu o amava.
Me declarei e começamos a namorar.
Todo mes eu ansiava por minha viajem até Terrasen apenas para ve lo, gostava de conversar com ele, poderia ser quem sou perto dele.
Mas um dia, em Adarlan, humanos me doparam, fizeram coisas absurdas comigo, eu tentei resistir, mas estava com veneno circulando em meu sangue.
Mattheo tinha vindo para Adarlan apenas para me surpreender. Mas não me achava em lugar algum.
Ate que me encontra num beco, com minhas roupas rasgadas e cheia de sangue.
Os malditos haviam me dopado, fizeram coisas terríveis comigo, depois me bateram. Eu não podia fazer nada, não conseguia me mover por conta do veneno, mas me lembro de cada detalhe...
Theo me pegou aos braços e levou até meus pais.
Ele não conteve sua ira e caçou um por um, matando-os.
Ele me ajudou e nunca esquecerei.
Se não fosse por Theo, provavelmente estaria morta.
Usada, torturada e sangrando ate a morte.
Se não fosse por Theo, não teria me recuperado do trauma.
Segui minha vida normalmente. Com minha corte:
Sam galathynius, o segundo filho de Aelin e Rowan.
Gavriel Lorchan, filho de Elide e Lorcan.
Rhein, filho de Lysandra e Aedion.
Alarick, filho de Chaol e Yrene.Então um dia Theo teve que guerrear.
E os feéricos desgraçados pegaram-no e o torturaram ate sua morte.
Eu fui atrás de cada um deles, precisava vingar a morte do homem que mais amei.
Os degraçados feéricos foram os primeiros feéricos que matei, e não me arrependo.
Assim que acabei com eles voltei para casa, fui ate o encontro de Dyrk, minha serpente alada. E chorei. Chorei ate não conseguir mais respirar, chorei de novo.
Eu so acordava, comia, chorava, dormia. Essa era minha rotina.
Eu fiquei com ele durante apenas quatro anos, mas acho que nunca amarei alguém como amei Mattheo Donavan.
Hoje com meus 22 anos, o superei.
Demorou, mas consegui.
Porem nunca esquecerei de como ele um dia me fez sentir, de como me abraçava e cuidava de mim.
Eu precisava voltar para casa, descobrir se esse “mal ente mundos” havia chegado lá.
E estava orando para, qualquer um que exista aqui, que não.
Precisava impedir desse mal de destruir as pessoas que eu amo, as pessoas que aprendi e aprenderei a amar.
Adhara havia voltado para Hybern e não me deixou segui-la.
Eu deveria ficar aqui, em Prytian pesquisando, procurando uma maneira de como voltar para casa.
Eu achava que a Adhara havia ido a Hybern. Aparentemente não.
Não quando Nyx entra no palácio, sangrando, com ela nos braços, desmiada, e sangrando muito.
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A court of desert and shadows- acotar × tog
FantasyDuas filhas da guerra de dois universos diferentes Unidas pelo acaso No fundo dos calabouços em hybern: Adhara não sabia o que era misericórdia, nunca tinha sequer perdoado uma pessoa na vida, já tinha torturado muitas pessoas naquele ponto da vid...