Capítulo 12

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Eu estava sentada na sala, com Carl do meu lado, colado a mim, e com o meu braço por cima dos seus ombros.
- Ah mas seria legal ser um menino. Assim igual ao Daryl, todo estranho e de olhar bruto. - Disse ele sorrindo. - Mas se fosse uma menina, a Judith teria com quem brincar.
Eu ri. Carl sempre tivera esse dom, de me fazer sorrir quando eu estava em baixo.
De repente a porta da frente abriu e Daryl entrou, me olhando. Carl olhou para mim e depois de novo para Daryl. Eu olhava para a janela, mordendo meu lábio.
- Carl, me deixa falar com a Malia. - Disse Daryl.
- Tudo bem.
O garoto beijou o meu rosto e saiu de casa. Eu continuava sem olhar para Daryl, mas senti ele sentando do meu lado e tocando na minha mão.
- Eu sei que fui um imbecil. - Disse ele. - Mas eu não posso perder você.
Olhei aquele olho azul que ele tinha durante um bom tempo.
- Você me chamou de criança. - Rosnei.
- Você não é criança. - Respondeu ele. - Nunca achei você uma criança.
- Claro... - Olhei de novo para a janela.
Daryl podia ter uma personalidade forte, mas eu conseguia ser bem pior se quisesse.
- Desculpa. - Disse ele.
Olhei ele de novo, suspirei e olhei a mão dele na minha. Depois respirei fundo e olhei nos seus olhos de novo.
- Tudo bem, eu não consigo ficar longe de você mesmo. - Disse eu e abracei ele.
Daryl riu e me abraçou e o meu filhote deu um chute. Me afastei de Daryl e ele percebeu, sorrindo e colocando a mão na minha barriga.
- De novo? - Perguntou.
E lá estava outro chute. Sorri.
- Ele adora a sua voz. - Disse eu.
- Credo garoto. - Disse Daryl. - Seu gosto é péssimo.
- Concordo, espero que a pontaria dele seja melhor.
Olhamos para a porta e vemos Merle entrando e sentando sobre a pequena mesa que tinha em frente dos sofás.
- Eu acho que tem um ótimo gosto. - Respondo.
- Ouvi dizerem garoto. - Disse Merle. - Como podem saber isso?
- É o que eu imagino. - Respondi.
E de repente escuto gritos terriveis, como se o mundo estivesse se abrindo por baixo dos nossos pés. Gritos sofridos, de dor. Corremos na rua, até o portão, e vejo Junie desesperada, com as mãos no rosto, uma expressão de dor e quase como se estivesse perdendo as forças.
Vejo o portão aberto e lá fora, lutando mas sendo devorado por errantes, está Chris.

Chris. Apesar de falarmos pouco, eu gostava dele e além disso, ele ajudara a achar Carl.
Sem pensar, peguei no arco e comecei a atirar nas cabeças dos errantes. Do meu lado, Daryl pegou a besta e matou errantes também. Em poucos minutos todos eles estavam mortos e Chris estava caído no chão, respirando, ainda vivo.
Vi Junie correr para ele, mas Abraham segurou ela. Eu me aproximei dela.
- Junie... Você não precisa ver isso. - Disse eu. Depois olhei Abraham. - Leva ela.
- Não! - Gritou Junie. - Me solta!
Mas Abraham e Jace conseguiram levar ela para dentro.
Me aproximei de Chris e ajoelhei no chão. Ele me sorriu.
- Obrigado. - Disse ele, com sangue saindo pela sua boca. - Eu não... queria que... ela.... me visse morrer.
- Shhh. - Fiz eu.
- Você vai ser uma ótima mãe. - Chris sorriu. - E... Diz para a Junie que eu... sempre amei ela.
E de repente, Chris parou de respirar. Fechei os olhos dele e levantei. Daryl e aproximo, apontou a besta na cabeça dele e matou ele de vez.

Achei Junie no quarto dela, sentada na cama e chorando. Sentei junto dela e ela me abraçou, chorando ainda mais. Depois ela se afastou e me olhou.
- Ele...? - Perguntou.
- Sim.
- E quem... Matou ele, quem não deixou ele virar errante?
- Daryl.
Junie abanou a cabeça.
- Ótimo. O Chris gostava do Daryl, apesar de não dizer para ele. - Junie chorava. - Eu gostava dele ainda.
- Junie, o Chris disse que sempre amou você. - Disse eu.
- E eu fui idiota de largar ele.
Abracei Junie e ela colocou a cabeça no meu ombro, chorando ainda mais.
- Você está muito nervosa, eu ficarei aqui o tempo que for preciso. - Disse eu. - Mas não deixarei você sozinha.
Junie me olhou, se afastando.
- E o corpo?
- Será colocado lá, do lado de Lauren. - Respondi.
Junie me abraçou de novo.
- Eu perdi todo mundo que amava. Por favor Malia, não morre nunca.
Eu ri.
- Não posso prometer, mas vou tentar.

A História de Malia Mason - 5a TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora