8 ANOS DEPOIS...
PV SIGYN
- Helena, já arrumou o cabelo? -gritei ao lado de fora do quarto dela.
- Estou penteando, mãe.
- Vai rápido. Seus avós estão chegando já. - fui até o quarto de Nik e calcei o sapato em seus pés.
- Mamãe, eu quero usar uma capa igual a do papai. - disse nosso pequeno de 4 anos.
- Se usar uma capa igual a do seu pai, eu não vou conseguir nem diferenciá-los. -falei brincando.
- A mamãe está com ciúme porque você parece comigo. - Loki parou de braços cruzados na porta.
- Parece? É você de novo. Não sei se consigo aguentar outro Loki pela casa.
- Ah é? - veio em minha direção e me abraçou por trás.
- É.
- Veremos como será ter 3 andando pela casa.
- 3?
- É, nosso próximo vai nascer a minha cara também.
- Próximo? Você quer mais um?
- Eu quero o que você quiser.
- Mamãe, eu quero um irmãozinho. -disse Nik.
- Você tem uma irmãzinha. - eu disse.
- Essa não. -cruzou os braços e fez bico.
- Pode ser a minha cara, mas a personalidade é toda sua. - falou e beijou minha bochecha - vou buscar Helena.
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PV LOKIFrigga e o Odin tinham acabado de chegar. Hoje era o dia que eu receberia a benção para retornar a Asgard.
- Vovó! - Helena gritou e correu para abraçar minha mãe.
- Oi meu amor. Como está?
- Estou ótima. Vem, vamos para a sala de jantar.
- Olá, Loki - disse Odin.
- Odin - acenei com a cabeça.
Após os cumprimentos e calorosos abraços entre minha esposa e meus pais adotivos, fomos todos tomar nosso café da tarde. Conversamos sobre os reinos, exércitos, planos para o vilarejo e, claro, sobre a festa de aniversário de Helena. Ela queria um baile, de novo.
- Mãe, podemos brincar no jardim? - perguntou Helena de mãos dadas com Nik.
- Claro, amor.
Os dois correram rindo, me arrancando um sorriso de canto.
- Estou surpreso com o seu trabalho por aqui, filho. - disse Odin.
- Obrigado. Aprendi o que pude.
- E tem feito um ótimo trabalho.
Precisei passar por todo aquele inferno para ouvir elogio da boca de meu pai. Apesar do tempo que tudo aconteceu, eu não consegui perdoá-lo por tudo.
- Papai, olha só, uma borboleta machucada. Me ajuda a curá-la? - gritou Helena.
- Com licença. -falei com Odin.
Fui até minha princesinha e comecei a ensiná-la a usar a magia para curar a borboleta.
Ela fez direitinho. Passo a passo do que ensinei. A borboleta voou novamente e ela sorriu.
Ela lembrava tanto a mãe. Seria uma grande mulher.
- Obrigada, papai. -me abraçou e me puxou para sentar com ela no banco, admirando as flores.
Passei minha mão por seus cabelos e beijei o topo de sua cabeça.
- Você foi muito bem hoje, querida. Será a feiticeira mais poderosa dos nove reinos.
Ela sorriu e disse:
- Só quero ser como a mamãe.
- Acredite, você será melhor ainda.
- Como?
- Apenas sendo você.
Sorrimos um para o outro e ela deitou no meu peito.
Era tudo o que eu queria para mim.PV SIGYN
- Depois de tudo o que passamos, eu só consigo agradecer por estarmos aqui hoje. - disse à Frigga.
- Vocês merecem a felicidade, minha querida.
- Obrigada.
Olhamos Helena chamar pelo pai e ele ensiná-la a curar uma borboleta.
- Loki mudou tanto! -disse Frigga.
- É, ele é um pai incrível. As crianças brigam por ele. Trata os filhos com o mesmo cuidado que me tratava quando éramos crianças. -digo nostálgica.
- Uau! Ninguém pode chegar perto então né?
Rimos juntas e Frigga suspirou.
- O que foi? -perguntei.
- Lembra de quando eu tinha sonhos com Loki conversando com a filha?
- Sim.
- Era exatamente aquela cena ali.
Loki estava sentado de costas para nós com Helena ao seu lado. Eles conversavam felizes e depois, Lena deita no peito do pai.
Eu só conseguia sorrir. Enfim tudo tinha seguido um rumo justo.
Após a cena, Nik chegou pulando em Loki e abraçando seu pescoço.
- E viveram felizes para sempre? -pergunta Frigga em tom de brincadeira.
- Não - sorri - é muito mais do que isso.
PV AUTORA
Essa foi a história da minha família. Meus pais não são cruéis. Vocês só ouviram histórias falsas. Agora já sabem a verdade. Sigyn e Loki são os melhores pais que alguém poderia ter.
Sim, eu sou feliz. Sim, eu sou compreendida. E não, não tenho vergonha de falar de onde vim e do sangue que corre em minhas veias, pois, graças a minha origem Jotun, tenho poderes únicos que ajudam todo o meu povo.
Hoje tenho 23 anos e estou apaixonada pelo comandante da guarda real. Acha que isso é o começo de outra guerra familiar? Uma princesa não pode casar com um guarda? Sim, eu posso escolher com quem vou me casar. E sim, posso me casar por amor. Como meu pai diz: não preciso de um rei para me ensinar a governar. Eu nasci rainha.FIM
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O outro lado da história
FanficEssa é a história de uma princesa guerreira e fiel a tudo que amava, que foi a luz na vida de todos ao seu redor, mas principalmente foi a própria vida daquele que se encontrava perdido na escuridão. Dizem que o amor não muda ninguém. Estão errados...