Capítulo 25 (Bônus)

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8 ANOS DEPOIS...

PV SIGYN

- Helena, já arrumou o cabelo? -gritei ao lado de fora do quarto dela. 
- Estou penteando, mãe. 
- Vai rápido. Seus avós estão chegando já. - fui até o quarto de Nik e calcei o sapato em seus pés.
- Mamãe, eu quero usar uma capa igual a do papai. - disse nosso pequeno de 4 anos. 
- Se usar uma capa igual a do seu pai, eu não vou conseguir nem diferenciá-los. -falei brincando. 
- A mamãe está com ciúme porque você parece comigo. - Loki parou de braços cruzados na porta. 
- Parece? É você de novo. Não sei se consigo aguentar outro Loki pela casa. 
- Ah é? - veio em minha direção e me abraçou por trás.
- É. 
- Veremos como será ter 3 andando pela casa. 
- 3?
- É, nosso próximo vai nascer a minha cara também.
- Próximo? Você quer mais um? 
- Eu quero o que você quiser. 
- Mamãe, eu quero um irmãozinho. -disse Nik.
- Você tem uma irmãzinha. - eu disse. 
- Essa não. -cruzou os braços e fez bico.
- Pode ser a minha cara, mas a personalidade é toda sua. - falou e beijou minha bochecha - vou buscar Helena. 
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PV LOKI

Frigga e o Odin tinham acabado de chegar. Hoje era o dia que eu receberia a benção para retornar a Asgard. 
- Vovó! - Helena gritou e correu para abraçar minha mãe.
- Oi meu amor. Como está?
- Estou ótima. Vem, vamos para a sala de jantar. 
- Olá, Loki - disse Odin.
- Odin - acenei com a cabeça. 
Após os cumprimentos e calorosos abraços entre minha esposa e meus pais adotivos, fomos todos tomar nosso café da tarde. Conversamos sobre os reinos, exércitos, planos para o vilarejo e, claro, sobre a festa de aniversário de Helena. Ela queria um baile, de novo. 
- Mãe, podemos brincar no jardim? - perguntou Helena de mãos dadas com Nik. 
- Claro, amor. 
Os dois correram rindo, me arrancando um sorriso de canto. 
- Estou surpreso com o seu trabalho por aqui, filho. - disse Odin. 
- Obrigado. Aprendi o que pude. 
- E tem feito um ótimo trabalho. 
Precisei passar por todo aquele inferno para ouvir elogio da boca de meu pai. Apesar do tempo que tudo aconteceu, eu não consegui perdoá-lo por tudo. 
- Papai, olha só, uma borboleta machucada. Me ajuda a curá-la? - gritou Helena. 
- Com licença. -falei com Odin. 
Fui até minha princesinha e comecei a ensiná-la a usar a magia para curar a borboleta. 
Ela fez direitinho. Passo a passo do que ensinei. A borboleta voou novamente e ela sorriu.
Ela lembrava tanto a mãe. Seria uma grande mulher.
- Obrigada, papai. -me abraçou e me puxou para sentar com ela no banco, admirando as flores. 
Passei minha mão por seus cabelos e beijei o topo de sua cabeça.
- Você foi muito bem hoje, querida. Será a feiticeira mais poderosa dos nove reinos. 
Ela sorriu e disse: 
- Só quero ser como a mamãe. 
- Acredite, você será melhor ainda. 
- Como?
- Apenas sendo você. 
Sorrimos um para o outro e ela deitou no meu peito. 
Era tudo o que eu queria para mim. 

PV SIGYN

- Depois de tudo o que passamos, eu só consigo agradecer por estarmos aqui hoje. - disse à Frigga. 
- Vocês merecem a felicidade, minha querida.
- Obrigada.
Olhamos Helena chamar pelo pai e ele ensiná-la a curar uma borboleta. 
- Loki mudou tanto! -disse Frigga. 
- É, ele é um pai incrível. As crianças brigam por ele. Trata os filhos com o mesmo cuidado que me tratava quando éramos crianças. -digo nostálgica. 
- Uau! Ninguém pode chegar perto então né? 
Rimos juntas e Frigga suspirou. 
- O que foi? -perguntei. 
- Lembra de quando eu tinha sonhos com Loki conversando com a filha?
- Sim.
- Era exatamente aquela cena ali. 
Loki estava sentado de costas para nós com Helena ao seu lado. Eles conversavam felizes e depois, Lena deita no peito do pai. 
Eu só conseguia sorrir. Enfim tudo tinha seguido um rumo justo. 
Após a cena, Nik chegou pulando em Loki e abraçando seu pescoço. 
- E viveram felizes para sempre? -pergunta Frigga em tom de brincadeira.
- Não - sorri - é muito mais do que isso. 


PV AUTORA

Essa foi a história da minha família. Meus pais não são cruéis. Vocês só ouviram histórias falsas. Agora já sabem a verdade. Sigyn e Loki são os melhores pais que alguém poderia ter. 
Sim, eu sou feliz. Sim, eu sou compreendida. E não, não tenho vergonha de falar de onde vim e do sangue que corre em minhas veias, pois, graças a minha origem Jotun, tenho poderes únicos que ajudam todo o meu povo. 
Hoje tenho 23 anos e estou apaixonada pelo comandante da guarda real. Acha que isso é o começo de outra guerra familiar? Uma princesa não pode casar com um guarda? Sim, eu posso escolher com quem vou me casar. E sim, posso me casar por amor. Como meu pai diz: não preciso de um rei para me ensinar a governar. Eu nasci rainha. 

                                                                                          FIM

O outro lado da históriaOnde histórias criam vida. Descubra agora