A fama de Tin (fantasia)

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     Há séculos, o reinado de Loup têm sido o mais forte e bem-sucedido. Isto, pois, acontece graças aos belos soldados do reino. Dentre eles, está Tin, um dos melhores soldados do reino, se não o melhor.
     Tin sempre demonstrara seu alto talento com espadas desde os 7 anos. A este ponto, o garoto já não queria mudar de ideia; seria, sem dúvidas, o melhor soldado do reino!
     E isto aconteceu! Demorou, e exigiu de Tin muito suor e sangue, mas, em compensação, realizou o seu sonho. Foi nomeado, pelo próprio Rei, o melhor soldado do reino. A partir daí, a fama chegou. Tin passava horas conversando ou dando autógrafos para os fãs; e ainda também tinha de fazer suas missões, para não perder o posto de primeiro lugar e até mesmo a casa, comida e todos os outros bens-materiais
     Tin, coitado, nunca recebeu atenção a este ponto. Era cansativo a ele, os dias não paravam. Missões, fãs, mais missões, outros fãs. Apesar disso, o Homem sentia-se lisonjeado, especial, diferente; tal a felicidade dum sonho realizado!
     Assim foram os primeiros meses. Tin colocou em sua cabeça que esta rotina tão corrida acabaria com o tempo, como uma poça de água evapora ao Sol, mas não foi o caso; os fãs não pararam, na verdade, pareciam aumentar cada vez mais. Isso cansou o rapaz, mais do que nunca havia cansado. O homem parou, decidiu descansar um pouco. Viajou para longe, longe da dor de cabeça, longe do cansaço. Escondeu-se por um tempo.

     Notícias rondavam pela cidade. Onde estaria Tin? Onde estaria tão grande guerreiro tão adulado pelo povo?
     As perguntas pulavam no ar, sem parar. Nos primeiros três meses, apesar de ainda haver perguntas, as mesmas diminuíram. O povo já aquietara-se um pouco, principalmente por causa de Kil, um soldado que, assim como Tin, demonstrava grande talento com espadas.
     Ao longo destes três meses, Kil fez missões e treinou bastante, tornando-se, segundo o Rei, o melhor soldado da vila. Entretanto, o rapaz era jovem, e não era melhor que Tin. Mas, com a ausência deste mesmo, o jovem Kil estava ficando cada vez mais famoso.

     Quando completaram-se cinco meses, Tin pegou um cavalo e correu de volta ao seu reino. Pouco antes de chegar, porém, soube, através de cartazes presos em árvores, que Kil estava bombando no reinado de Loup, que, neste caso, era o próprio reinado natal de Tin
     Sabendo disso, o homem virou as costas, andou devagar, pensou por noites e noites, a dor de cabeça voltou, mas não eram os fãs que faziam isso, eram as opções. O que faria ele agora? Voltaria e acabaria com o sonho dum garoto? Ou não voltaria, e esqueceria todo o suor e o sangue? Quantas perguntas foram até o pobre Tin. . .

     Numa noite, nosso grande guerreiro abriu sua mochila, e pegou, de dentro dela, uma foto antiga, meio rasgada e cheia de poeira. No centro da imagem, havia ele, ainda garoto, com uma mera espada de madeira na mão, que carregava sonhos, grandes sonhos.
     Quando viu a tal foto, a imagem de Kil veio em seu lugar; lembrou do suor, do sangue, das risadas subestimadoras em volta. Pensou um pouco e, decidido, cavalgou para longe do reinado de Loup, que, agora, pertencia a outro grande e sonhador guerreiro.

Contos Diversos - Vol 1Onde histórias criam vida. Descubra agora