Capítulo III

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- James, ainda tem pesadelos? - disse a psicóloga, porém, James ficou em silêncio, com um olhar longe. - James? Eu preciso que você colabore.

Então James voltou para a Terra, e perguntou o que ela tinha falado.

- Eu perguntei se você ainda tem pesadelos!? - repetiu.

- Acho que dessa vez, eu tenho que admitir, tive. Sonhei com a noite em que... O Howard, aquele "acidente", eu... - James se calou e olhou pra doutora.

- Mas esse ocorrido já passou, e você mesmo disse que já tinha resolvido antes do blip. Ou agora você vai mentir para mim? - ela pegou a caneta e um caderno.

- Que isso, caderninho não, eu não menti. Mas foi por causa de ontem. - ele afirmou. - fiz o que você me mandou, fui em um encontro.

- Isso é ótimo, James. Mas o que ela tem a ver com o pesadelo? - a doutora perguntou com um olhar, realmente sem entender a conexão.

- O telefone dela estava na mesa, e quando ela se distraiu, ele tocou e na tela apareceu Stark. - afirmou James.

- Você tentou falar com ela sobre isso?

- Não, porque também tinha um emoji revirando os olhos, certamente, ela não gosta da pessoa. - disse, voltando a se encostar no sofá.

- Você acha que pode ser o próprio Tony, ou alguém que tenha esse apelido? - perguntou a doutora.

- Mas qual seria a relação dela com o Tony? - perguntou James sem entender a conexão que a doutora queria fazer entre ambos.

A sessão acabou, e James resolveu ligar pra Maria, que atendeu rápido e com uma voz doce disse que tava terminando a aula, que já retornava. Ele sabia que ela fazia aulas extras no sábado, mas não sabia o horário.
Então foi para casa e ficou pensando: será que exite conexão entre ambos?

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40 minutos depois que chegou no seu apartamento, ele recebeu uma ligação:
*Steve Rogers*

Surpreso com aquilo, atendeu rápido.

- Alô!? O que aconteceu agora? - James, já foi perguntando.

- Oi meu amigo, eu só estava preocupado com você. Sem nenhuma notícia sua durante todo esse tempo. - disse Steve, calmo e com tom acolhedor de sempre.

- Não precisa se preocupar, a Hydra não está na minha cabeça a anos, e eu tô fazendo terapia, o que é bom. Steve, o Tony está aí? - perguntou.

- O Tony? - o amigo se surpreendeu com a pergunta, porém respondeu. - Não, ele está em casa. Porque?

- Nada, esquece. E não conte que eu perguntei dele, por favor - implorou James, se sentindo um pouco bobo.

- Tá tudo bem? - pergunta Steve, já mais preocupado que antes.

- Está. Vou desligar, estou esperando uma ligação! - disse James com um tom bem feliz, parecendo um adolescente que acabou de conhecer o amor.

- Ok. Mais tarde eu te ligo então, ou não! - Steve começou a rir. - Não faça nada de idiota.

- Como poderia, se você tá com toda a idiotice do mundo? - brincou James, e em seguida desligou.

O telefone tocou:
*Maria 😘*

- Oi, desculpe. Tava em uma aula, nossa eu realmente tô cansada. - disse Maria, ofegante, parecia que estava andando.

- Você tá na rua ainda?

- Estou, porque? Aconteceu alguma coisa? - ela o perguntou com um tom de preocupação.

- Você pode vir aqui? - pediu James e pra sua surpresa, ela aceitou.

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No apartamento de James, Maria ficou bastante curiosa pelo convite, e voltou a perguntar se aconteceu alguma coisa. Negando, ele a chamou pra ver um filme e então eles se sentaram e começaram a assistir um filme de ação.
Maria olhou para os olhos azuis, e então percebeu que estava começando a gostar daquele homem, por pouco tempo e poucas coisas que o conhecia. Ele retribuiu o olhar e a beijou, lentamente, com carinho...
O clima começou a esquentar, e então ele parou e saiu de perto dela. Sem entender o que estava acontecendo, ela levantou e foi até ele e perguntou séria olhando nos olhos dele:

- Porque dessa atitude? Achei que estava acontecendo algo entre a gente, mas pelo visto, foi só delírio da minha mente. - Maria falou, com um tom de voz tão duro, que seria capaz amassar até um pedaço de metal.

- Não, me desculpa, eu não faço isso há anos, e eu não quero te machucar. Não quero fazer com que você vá embora. - ele abaixou os olhos tristes, ela então, o abraçou.

- Me machucar? Você vai me bater ou algo do tipo? - ironizou a fala, tentando quebrar a tristeza no olhar do rapaz.

- NUNCA. - ele levantou o rosto e olhou nos olhos dela. - Nem se aqueles covardes entrassem na minha mente de novo...

Então, James percebeu que falou demais, já que a moça estava em choque e incrédula no que ouviu.

"Nem se aqueles covardes entrassem na minha mente"
O que aquilo significava? Então, ela pegou a mochila e foi embora.

PerdãoOnde histórias criam vida. Descubra agora