Capítulo VII

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Alguns dias se passaram, desde que Maria e Nat conversaram e tiveram uma boa ligação. Ela já considerava a agente como uma amiga, e estava criando uma confiança com ela, que ela nunca imaginou.

*Carly 💚*
"Olha, eu só não dei parte a polícia, pelo seu desaparecimento, porque sua mãe disse que você viajou com seu pai"

Maria leu aquela mensagem, e resolveu ligar pra amiga.

- Diga dramática, eu não sumi. Só tava ocupada. - falou em tom de deboche.

- OCUPADA MARIA, porra meu, quase 4 meses que a gente não se fala, vai me contar? Sem segredos, lembra? - disse Carly com um tom de raiva.

- Eu tô com meu pai.

- Isso eu sei, mas vai falando... - falou Carly impaciente.

- Carly, meu pai é o... Ele é o... Cara, eu nunca pensei que ia falar. Tá bom, ele é o Tony Stark. -disse Maria, depois de gaguejar e não achar outra forma de falar a verdade. - Carly, tá aí? Pronto, ficou muda.

- VOCE É FILHA DO HOMEM DE FERRO. - gritou no telefone, fazendo Maria afastar o celular. - Porque você nunca me contou?

- Bom, eu não me importo com esse "título", tão pouco com o nome que está no meu registro. Ele não foi presente na minha vida, logo, não tive nenhum motivo pra falar "olha, eu sou filha do Tony Stark" - falou a jovem, com dor em cada palavra. - tenho que desligar, por favor, não fala pra ninguém. Eu te amo amiga, e me desculpa, vou tentar não ficar focada em tudo por aqui. E mais uma coisa, o James, é o soldado invernal. Ou pelo menos era.

- COMO É QUE É? Maria, pelo amor, eu vou te matar. - disse em tom de surpresa e ao mesmo tempo, rindo.

- Ok, eu aguardo. Beijos!

Maria desligou e foi para a sala de computação, e resolveu mexer um pouco, já que a Nat disse que ela teria uma folga.

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- Percebi como gosta daqui e se adaptou muito bem! - disse Tony parado na porta, observando a filha.

- Eu gostei, e me adapto fácil em locais onde tem pessoas que gostam de mim de verdade. - retrucou.

- Maria, sabe porque você tem esse nome? - Tony entrou e se sentou perto da garota.

- Porque minha mãe escolheu? - revirou os olhos

- Não, esse nome é da sua avó, Maria Stark. Que infelizmente foi morta. - Tony falou bem emocionado. - somente o Louise que sua mãe escolheu.

Maria ficou em choque, sem palavras. E para ela, ficar sem palavras, tem que ser um assunto bem sério.

- Por essa você não esperava né? - tentou brincar pra quebrar o clima.

- Mas porque dessa tentativa de conversa?

- Maria, vou te contar toda a verdade, pra pelo menos tentar me redimir de todos os anos em que estava longe. Posso? - ele pegou nas mãos da filha.

- Está bem, a Nat me disse pra te escutar quando você decidisse falar. - afirmou a garota com um olhar de tristeza por lembrar de tudo.

- É, realmente a agente Romanoff me surpreende, mesmo depois de anos. - falou em um tom de surpresa. - Vou te contar, e eu vou ser sério dessa vez. - ele deu uma leve pigarreada e começou. - 2 anos após a morte de seus avós, eu comecei a receber inúmeras ameaças de todas as formas, lugares, enfim. Eu nunca me importei, até que conheci sua mãe. Eu não me apaixonei... - nesse momento Maria revirou os olhos - Eu disse que seria sério, isso inclui não mentir.

- Da pra ir direto ao ponto? - ela disse já estressada com aquela conversa.

- Sua mãe engravidou e me contou, eu fiquei feliz eu juro que fiquei. Mas eu não tinha um pingo de maturidade pra ser pai naquela época. Maria, a Hydra descobriu que eu teria uma filha e me ameaçou, e eu não poderia te perder. Mesmo não sendo um ser humano descente - Tony deu uma risada - eu tenho uma noção de que eu sentiria dor em perder, e pensar na possibilidade de te ver em um caixão, não foi um pensamento agradável. Enfim, sua mãe se escondeu e então resolvi me manter perto por outras pessoas. Me perdoa, eu sinceramente, deveria ter te contado há alguns anos, mas eu não sabia como reagir. - ele olhou pra garota que estava sem palavras, reação.

Ela estava em choque em saber que o pai, que ela sempre teve ódio por não ser presente, estava protegendo sua vida e de sua mãe.

- Quando eu descobri a real causa da morte dos seus avós, eu enfim descobri que nenhuma ameaça foi para me importunar. Se eles mandaram o soldado invernal pra acabar com Howard Stark e sua esposa, fazer parecer um acidente, o que fariam com uma criança? - então seus olhos começaram a agir por conta do sentimento e ele não conteve as lágrimas.

- Eu, eu não sei o que dizer. - Maria tampou a boca e arredou a cadeira. - eu vou sair, preciso de ar e processar isso tudo.

Maria então foi para o lago, e ficou pensando em tudo que havia escutado.
"Será que fui tão injusta?"
Então Bucky chegou e sentou do lado dela, e perguntou o que havia acontecido na sala, pra ela sair correndo sem ao menos olhar para os lados.
Então ela falou pra ele, e então, ele abaixou a cabeça com um semblante triste.

- Então, esse é a deixa para o fim da gente? - disse James sem conseguir olhar pra garota ao seu lado.

- Eu não te julgo pelo seu passado. Sei perfeitamente que você nunca agiu naquela época por vontade própria. - ela falou firme e puxou o rosto do rapaz.

Os tempos que ela tinha de folga, pesquisava sobre a vida de todos ali. Então, ela sabia todo o passado de James.
Ele olhou no fundo dos olhos dela, e percebeu que ela estava sendo sincera, e não falando algo para que ele não se sentisse pior que estava.
Então Maria o beijou, e nesse momento, seu pai chegou e gritou:

- MARIA LOUISE STARK E JAMES BUCKY BARNES!

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