Capítulo VIII

622 43 4
                                    

- Sam chama o Steve agora, eu vou descer com o Rhodes e tentar não permitir uma guerra novamente. - disse Nat desesperada e correndo até o lago.

.................................................................

- Você mata os meus pais, e seria enviado pra matar minha filha, agora tá aqui beijando ela? Eu não preciso de uma armadura pra acabar com você, e vai pra merda com esse braço de vibranium. - Tony estava extremamente nervoso, sendo segurado por Maria.

- Tony, me desculpa pelos seus pais, não fiz por vontade própria, eu conheci o Howard, nunca faria mal a ele, nem a sua mãe. Me perdoa, eu não posso mudar o passado, mas tô tentando arrumar meu futuro. - disse Bucky, sério e com um tom de sinceridade.

Rhodes e Natasha chegaram no lago e cada um foi acalmar uma parte.

- Tony, por favor, não faça nada por impulso. Achei que já tinha melhorado isso. - afirmou Rhodes.

- Esse idoso, está molestando minha filha, ela é uma criança. - falou com raiva

- Ei, pera aí, eu não sou uma criança há anos, Anthony, pelo amor de Deus, me respeita. - Maria disse com reprovação sobre a fala do pai.

- Maria, ele tem idade pra ser seu avô. - Tony um pouco menos estressado, repreendeu.

- Ok. E você sabe o quão bem ele me faz? - afirmou sem cerimônia.

Todos ficaram em silêncio, e Tony sentou e viu que ele só estava possesso por tudo, principalmente por ver que sua filha estava adulta e sabendo o escolher seu caminho. Sem ele menos perceber, que era um ciúme de pai, pois ele sabia muito bem que o Bucky não estava mais no poder da Hydra, graças a estadia em Wakanda.
Tentando se conformar com aquilo, mas não demonstrando, Tony levantou e saiu andando.

- Não ouse chegar perto da minha filha, seu idoso estranho, ou não respondo por mim. - disse Tony, mas não havia um tô de ódio, apenas de um pai ciumento.

.................................................................

- Nat, eu tô tentando ajudar nessa reconciliação. Mas não dá, ele quer mandar em quem eu posso ou não conversar. - disse Maria, durante a ida pra sala de tiros.

- Ele só está com ciúmes. E bom, o cara com que tu tá saíndo... - ela deu um pausa pra respirar - foi uma pessoa na qual ele teve um confronto direto. O que potencializa em uma escala absurda a raiva e o ciúmes.

- Mas ele tá agindo como uma criança. - falou um pouco brava - Eu não tenho como conversar com ele, sem me estressar. EU NÃO SOU UMA CRIANÇA.

- Não se exalte, por favor. Ou irei puni-la por isso. - disse em um tom de deboche.

As duas riram, quebrando aquele clima de incômodo que seu pai criou.

                   •sala de tiro•

Ao começar a aula do dia, Maria se focou ao máximo na aula, até que ela sem querer olhou para a janela, enquanto pegava outra arma.
Foi quando viu Bucky do lado de fora, observando todo aquele tiroteio.
Ele então acenou, e ela sorriu. Quando Nat percebeu a distração, ela apertou um botão, fechando a cortina.

- Se concentre. Imagina se tem um cara mau na sua frente, e você vai sorrir pro seu namorado? - a agente disse bastante nervosa.

Dentro dos locais de treinamento, Nat não tratava Maria como uma menina, uma amiga, era sua pupila que deveria ser mais atenta.

- Me desculpa, eu vacilei. - falou com pesar.

- Tudo bem, fui dura demais. - Nat percebeu que ela tava precisando ainda da amiga. - desde o dia da briga, vocês não se vêem ou se falam?

- Sim - disse bastante triste, deixando os ombros caírem e abaixando a cabeça.

- Então você será punida pela falta de atenção agora.

- M-mas o que? - falou assustada.

Ela tentou falar com a amiga, mas ela não deu atenção, estava concentrada no seu iPhone.

- Sério Nat? Eu vou ser punida? - disse incrédula.

- Será! E espero que não continue perdendo o foco. - ela falou com um sorriso no canto da boca.

Então alguém bateu na porta.

- Pode entrar. Era tudo certo - falou a agente, pegando suas coisas.

Bucky entrou na sala

- Aproveite a punição, e não me faça te punir depois. Vocês tem 30minutos, estarei aqui na porta. E sim, já desativei as câmeras, de nada. - a agente saiu, feliz por ter ajudado uma amiga.

Bucky abraçou Maria com tanta força, que se ele quisesse, poderia quebra-la ao meio. Já por sua vez, Maria amou aquele momento.

- Era um combinado de vocês dois? - perguntou.

- Não, foi agora que ela me mandou mensagem, - disse Bucky - eu achei que ela ia me xingar por distrair você. A propósito, belos tiros. Todos no alvo.

- Bom, sem nada pra fazer, eu prefiro focar aqui. - a garota disse, fazendo um charme com o olhar.

- Eu espero que não esteja pensando em ninguém enquanto atira - disse Bucky segurando o riso.

Ela deu um tapinha no seu braço de verdade, pois tinha medo de quebrar os dedos no braço de vibranium, mesmo com um leve tapinha.

Os 30 minutos foram bem aproveitados, ambos conversaram, entraram em um acordo de conversar com Tony, e claro, se beijaram como se não houvesse o amanhã.

.................................................................

                 •na sala de reuniões•

Steve levou Tony para conversar, e quando chegou, encontrou o casal juntos, então sabia que aquilo era uma armação ou ele pegou no flagra.

- O que está acontecendo aqui Maria Stark? - perguntou sério.

- Vamos conversar, nós 3. Sem brigas, somente um pai, uma filha e um... - ela não sabia o que dizer.

- Um velho, semi estável de 106 anos e genro do homem de ferro! - Bucky falou debochando.

- GENRO? - Tony alterou a voz.

- Pai, sem gritos, por favor. - Maria pediu com doçura. Mas sua escolha de palavras foram além do que o pedido, ela enfim chamou Tony de pai, sem Anthony nem nada, apenas pai.
O que fez com que aquele homem sentasse incrédulo no que ouviu, e surgiu um sorriso no seu rosto.
Qualquer um que visse a cara do tão famoso Tony Stark, saberia que ele tinha conquistado aquilo que tanto buscou, durante 25 anos.

- Eu... Como posso falar... Eu posso te abraçar minha filha? - Tony pediu, quase chorando.

Era tão natural para todos, inclusive ele com a Morgan, mas não com Maria.

Então ambos se abraçaram, ele cochichou no ouvido dela e pediu perdão por tudo, por ser um pai tão ausente, e ser daquela forma, ele precisava do perdão da filha.

- Pai, eu te perdôo, eu pensei, conversei com a Nat sobre tudo, e ela me ajudou. E me desculpa por nunca ter te ouvido, pelo menos não ter tido a vontade de saber o real motivo. - a garota continuou com seu tom de doçura e apertou seu pai, em um abraço tão comovente, que qualquer um que visse, choraria.

- Já você, vamos ter uma bela conversa. - falou apontando para Bucky.

PerdãoOnde histórias criam vida. Descubra agora