Chapter 12

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Para quem costumava piscar rápido, Juliette estava piscando devagar até demais. Seus olhos estavam presos na pele bronzeada de Sarah, que vestia um maiô preto simples. Por alguma razão desconhecida por ela seus olhos gostavam do que viam.

As orbes verde até tentaram fugir, mas não conseguiram ao pousarem em Juliette. A garota usava um maiô verde florido, aberto nas costas, que sua mãe havia comprado para ela especificamente para a fisioterapia. Sarah suspirou e negou com a cabeça, Juliette, de fato, era muito atraente, mas era Juliette e, bem, além disso ainda era uma paciente.

- Vem, eu te ajudo. - Sarah esticou os braços para Juliette assim que Rodolffo a colocou na piscina junto com Sarah. A maior usou seus braços para enlaçar o corpo de Juliette assim que a menor tinha todo seu corpo agora na água.

- Está mesmo quentinha! - Juliette exclamou sorridente, envolvendo seus braços no pescoço de Sarah.

- Eu disse. - Sarah respondeu enquanto segurava a garota delicadamente. Juliette possuía algumas lesões na pele, assaduras essas que se deviam ao tempo que passara na mesma posição na cama. Estavam quase curadas, pois agora que se mexia ela dormia em outras posições e as enfermeiras tratavam com perfeição seu caso, no intuito de sará-la urgentemente. - Doem? - Sarah perguntou apontando para as lesões da parte de trás das costas de Juliette.

- Incomodam. - Juliette confessou.

- Bem, se algo que eu fizer te machucar, por favor, preciso que me diga no momento, assim eu paro o que quer que eu esteja fazendo, tudo bem? - Juliette assentiu. - Você aprendeu a nadar cachorrinho?

- Papai me ensinou. - Juliette disse orgulhosa de si.

- Pode fazer isso agora? Eu segurarei seu corpo para não afundar, porque seus braços ainda estão fracos.

- Por que eu preciso fazer isso? - Juliette questionou confusa.

- Porque os movimentos que fazemos na água exigem mais força de nós, mesmo que às vezes não pareça. - Sarah explicou com maestria, vendo Juliette afundar uma mão distraída na água. - Isso vai ajudar suas pernas a ficarem mais fortes.

- Sarará? - Juliette chamou, retirando a mão que havia afundado na água e deslizando o dedo molhado pela vértice do nariz de Sarah, rindo no momento seguinte.

- Por que fez isso? - Sarah perguntou rindo.

- Não sei. O seu nariz é bonitinho.

- Sarah, não temos tempo para brincar. - A voz ríspida de Rodolffo interrompeu o momento. Fátima estava apenas observando de longe, sentada em uma dessas cadeiras de repouso.

- Desculpe. - Ela disse. Nade cachorrinho para eu ver, princesa? - Pediu baixinho, vendo Juliette olhar feio para Rodolffo antes de voltar seu olhar para Sarah e começar a mover as pernas. - Isso. Agora não pare de fazer isso.

- Até quando? Dói um pouco. - Juliette revelou, não conseguindo realizar devidamente os movimentos.

- Faça devagar e mantenha o ritmo para mim. - Sarah pediu, segurando na cintura de Juliette. A menor apoiou suas mãos nos ombros de Sarah e fez os movimentos por longos minutos, mudando uma coisa ou outra conforme Sarah ia instruindo.

- Sarará, estou cansada. - Juliette reclamou, vendo Sarah puxar seu corpo junto ao dela e sorrir.

- Hora de fazermos uma pausa. - Sarah disse sorrindo, vendo Juliette molhar sua mão na água igual antes e deslizar, vagorosamente, o dedo por seus lábios. - Meus lábios também são bonitinhos? - Brincou rindo.

- São. - Juliette respondeu, encarando-os quase sem piscar. - Muito bonitos. - A intensidade dos olhos castanhos fez Sarah limpar a garganta.

Em um piscar de olhos - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora