Chapter 19

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Maratona on 

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- Posso saber por que chegou tão cedo? - Rodolffo perguntou rispidamente, vendo Sarah arrumar as coisas necessárias para o dia dela.

Sua primeira pessoa a atender seria Juliette e isso melhor consideravelmente seu dia, levando em conta que não a via desde o dia interior e que seu dia estava sendo horrível, pois a madrugada havia sido repleta de gemidos de Carla e Thaís, vindos do banheiro. Comemoravam mais um mês juntos e tal festejo fez Sarah mal pregar os olhos.

- Ainda não estou em meu horário, não preciso te dar satisfações. - Sarah respondeu com a rispidez igualada a dele. Ela sempre fora gentil, por tal razão Rodolffo estranhou sua resposta.

- Exatamente. Você não tem autorização para mexer em nada aqui fora do seu horário. Desfaça tudo e deixe como encontrou. - Exigiu.

- Não. - Ela respondeu secamente, bocejando logo em seguida.

- Sarah, não me faça tomar medidas drásticas.

- Rodolffo, eu entro em quatro minutos. Para que desarrumar tudo, sendo que terei que reorganizar as coisas exatamente assim?

- Porque eu estou dizendo para fazer. - Exigiu, trincando seu maxilar.

- Não pode tratar as pessoas como se fossem meros pedaços de lixo. - Sarah disse, vendo o homem se aproximar com a expressão rígida em seu rosto.

- Eu as trato como eu quiser. - Falou a encarando. - Agora faça o que eu mandei ou tornarei seus próximos meses aqui um inferno. - Sarah respirou fundo.

- Tudo porque eu disse que não precisava dar satisfações?

- Assim aprender a ser menos rude com as pessoas. - Avisou ele.

- Rude? - Ela perguntou. - Jura, Rodolffo? - Ela indagou sentindo-se cansada e derrotada. - O que eu te fiz? 

- Como?

- O que eu te fiz? - Repetiu com veemência. - De todos os dez alunos que estão sob sua responsabilidade eu sou a única que você trata assim. - Disse. - Eu sou a única que fica até mais tarde para te ajudar a organizar tudo, mesmo sem precisar, e não faço isso para puxar seu saco e sim porque imagino o quão cansado deva estar. - Falou umedecendo seus lábios. - Então o que eu te fiz para me tratar todos os dias como um pedaço de lixo? Como se eu estivesse abaixo do solo? - Rodolffo riu e negou com a cabeça.

- Tudo bem, Sarah. Então além de arrumar isso tudo você terá que ir buscar café para mim. - Ele disse, se encostando tranquilamente na pilastra dali. A menina apenas se sentou no chão e apoiou o rosto sobre sua pernas, puxado fortemente o ar para seus pulmões. - Não me ouviu?

- Quem não ouviu foi você. Não estou em meu maldito horário; cheguei mais cedo porque me voluntariei para tornar o ambiente melhor para Juliette, então se você quiser seu bendito café mexa essa bunda preguiçosa e vá buscar você mesmo. - Ela disse irritada, só não sabia com o quê, exatamente.

Sarah sempre fora pacífica; sempre acatara tudo o que Rodolffo dizia sem problemas, mas talvez o cansaço, o mau-humor, a solidão e a TPM estivessem um pouco reunidas demais. A ligação de sua mãe naquela manhã a deixou sensível, não era para menos, sentia saudade de sua família e isso a fez pensar sobre toda a sua vida: Ela era uma tremenda solitária. Sempre fora.

Seus amigos eram como uma pequena segunda família, porém mal se viam, tendo em vista que os horários eram todos incompatíveis. Ela não tinha mais ninguém além deles, Fátima e Juliette agora se incluíam nisso, exatamente por isso ela acordou com o propósito de fazer o dia mais legal para aquelas duas, haviam passado por um bocado de coisas, mereciam ser felizes.

Em um piscar de olhos - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora