Quando Claire se vê perdida, viúva ,sozinha em Boston, com sua filha pequena.Novamente o vazio bate de forma avassaladora em seu peito; A levando a procurar o que aconteceu com Jaime após Culloden .
Descobrindo que seu grande amor ainda vive, Claire...
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Escócia ,1756
Após sermos engolidas no vortex de Craig na Dun, reviradas e arremessadas de volta a terra. Desperto com Bree me chamando e dizendo como havia sido engraçado e divertido passar pelas pedras. Levanto-me, aparentemente havíamos atravessado o tempo e espaço, esperava que na época certa.
Pego minha filha e nossos poucos pertences e seguimos em direção a Inverness, lá passaríamos a noite, na manhã seguinte pegaríamos um coche para Lallybroch. Brianna estava maravilhada em ver como era "mágica" Inverness antiga, dizendo que parecia que estava em um livro.
Era impressionante como tudo aos olhos infantis eram lindos, após dormimos numa modesta pousada, comendo um mingau e bolos, pegamos o coche que nos levaria para nossa nova casa Lallybroch. Brianna perguntava vez outra se encontraríamos fadas e duendes pelo caminho, e por que nosso coche não era uma abóbora ;era bom que minha pequena pensasse bastante em contos de fada. Com certeza não estava sendo fácil perder o pai e logo em seguida perder toda a vida que conheceu também; já estava sendo muito difícil para mim, mas sabia que era pelo bem de Brianna, para protege-lá, e o último pedido de Frank...
Quanto mais próximo chegava de nossas terras, mais eu pensava em o que iria falar para Jenny, sabia que minha cunhada sabia ser teimosa ou mais que Jamie. O único trunfo que tinha na manga era minha menina ser a cara do pai, e ninguém resistia aquela carinha Fraser.
Eram algumas longas horas no coche, onde tinha apenas nós duas e uma senhora que iria para Broch Mordha, Brianna foi o caminho todo conversando com a senhora, que coincidentemente conhecia nossa família Fraser-Murray, já comecei comentando que eu e Jamie havíamos nos separado em Culloden, acabei parando na América, e morávamos eu e minha menina, estávamos voltando para tentar reencontrar a família. A senhora ficou eufórica com nossas histórias e já foi contando a Bree que o que não faltavam eram primos para ela brincar, diante destes fatos minha menina só faltava pular dentro do pequeno coche. Agora torcia para que o tempo corresse para que ela pudesse correr logo .
Seria muito bom ver minha criança, ao lado dos primos, correndo pelos campos de Lallybroch, como sempre sonhei, como sempre deveria ter sido. Brianna deveria ter nascido, em nosso antigo quarto, com Jamie segurando minhas mãos firmemente, nós dois choraríamos de emoção. Jamie a colocaria para dormir todos os dias, contando histórias das Highlands, seriam inseparáveis ... Haviam vezes que meus sonhos me levavam a este lugar especial, que talvez uma parte dele possa se realizar ainda.
Sou tirada dos meus devaneios por uma parada brusca e um gritinho de emoção ao meu lado, antes que eu pudesse entender que havíamos realmente chego a nossa nova casa, Brianna já se encontrava do lado de fora do coche fazendo carinho em alguns cachorros e falando com algumas crianças.
Bom, não havia mais tempo para pensar, era hora de encarar Janet Fraser Murray...
Chamo Bree, seguro sua mão e nos encaminhamos para a entrada da casa, vou cumprimentando as poucas pessoas ,a maioria crianças, Brianna ja estava sabendo o nome de várias delas; chego a porta da frente e penso "Bato ou não?"
Antes de alguma reação, está é aberta num solavanco, quase nos derrubando da soleira; com ninguém mais que Jenny...
Após o que pareceu uma eternidade, entre olhares entre a desaparecida e a menina idêntica ao irmão, Jenny abaixa-se e abraça minha filha apertado, como se tivesse a esperado todos estes anos; como se seu próprio irmão estivesse ali.Carregou minha menina para dentro da casa, levando-a para comer um doce, deixando-a com a empregada ,virou- se me lançando um olhar já conhecido; segui-a até a sala de jantar, onde seria mais privado.
- Antes que comece a falar... Não minto que estou feliz em vê-la viva, a criança, explique-se antes que Ian chegue, ele é mais fácil de aceitar histórinhas...
Contei-lhe tudo a maneira que pude, omitindo por enquanto sobre a viagem no tempo, não sei se estava pronta para enfrentar Jenny me olhando como louca e me chamando de bruxa...
-Bom, não tenho como negar a paternidade desta menina, ela é idêntica a meu irmão. Isto já é motivo o bastante para a aceitarmos de volta, não podemos deixar a criança de meu irmão na rua...Vejo verdade no que diz, mas como sempre, não está sendo completamente sincera. Não posso mante-la fora desta casa, afinal, ela é sua, por direito, mas não ache que será como antes...
Brianna tornou-se parte fundamental da casa e da família, como se sempre tivesse vivido ali, eu me encaixei como sempre, ajudando em tudo um pouco, cuidava dos jardins, colhia minhas plantas, voltei a exercer a meu lugar como curandeira. Estava tudo ótimo, se não fosse minha relação unilateral com Jenny, eu sentia a cada dia que deveria abrir-me e contar-lhe toda a verdade...
Nosso grande segredo colocava em risco a relação de Bree, com todos também quando tinha que tentar tomar cuidado ao que falava e me pedir permissão ao que se podia ou não contar...Já estava se tornando perceptível ...
Após alguns meses de volta...
Está na hora de contar minha real história a minha família... Especialmente que Jamie voltará em alguns anos, não sabia com exatidão, mas sabia que voltaria para nós... Era meu dever contar a minha irmã do coração a verdade , e enfim me abrir verdadeiramente com ela.
