De fato, àquele momento, o mundo de Krystal havia ruído de uma vez só, permanentemente; novamente, fora afastada de sua garota de maneira bruta, sendo obrigada a ouvir desaforos de seu pai, qual afirmou que dali em diante, não moveria um dedo sequer para ajudá-la no quer que fosse, o que culminou para que Jung retornasse para a casa caminhando a contragosto, da maneira mais lenta possível. O caminho parecia ter se tornado três vezes mais longo, a platinada até chegou a cogitar a ideia rumar para algum trilho contrário à sua residência. Não podia voltar, não queria, tinha medo do que ocorreria de agora em diante.
As palavras proferidas pelo progenitor da jovem Soojung invadia-lhe a mente por meio de devaneios, estes que se assemelhavam à breves flashes de luz, todavia, eram suficientes para causar um estrago em seu âmago, fazendo-lhe a garganta doer com uma intensa vontade de chorar e gritar. Ainda podia sentir o toque de Jinri lhe segurando o pulso, na tentativa de impedi-la de voltar casa, pelo menos, até a poeira abaixar, isto é, se isso fosse possível, e sabendo que não era, Krystal não prolongou mais cinco minutos sequer. Assim que cessara os passos à frente da residência em questão, suspirou, guiando a destra até a maçaneta e a girando, ainda que estivesse trêmula, abriu a porta, sendo recebia por sua mãe com uma tapa na face, este que tivera tamanho impacto na região que a deixara avermelhada de imediato.
A americana refutava acreditar que aquilo estava mesmo ocorrendo consigo, questionava-se mentalmente se tivesse sido sincera com os pais quando tivera a oportunidade, àquela noite, os acontecidos atuais seriam diferentes. Não, claro que não, mudar a opinião deles sobre aquele assunto em questão era impossível, a platinada sabia que sim.
— Vá para o seu quarto agora, suma da minha frente antes que eu bata ainda mais em você! Estou decepcionada, Soojung, está doendo em mim! — A ira na fala de sua progenitora era notória, sua expressão também denunciava toda a raiva que a consumia, a Jung mais nova podia jurar que ela iria explodir a qualquer momento, devido à vermelhidão escalarte que pintava a sua face irritada. Em passos lentos, a americana rumou até o cômodo citado, trancafiando-se neste e jogando-se em sua cama, aninhando-se em meio às cobertas.
Krystal chorou, chorou até não ter mais lágrimas para aliviar a sua melancolia, nem forças para choramingar ou balbuciar qualquer coisa que fosse. Uma exaustão passara a lhe consumir, o que a fizera dormir a tarde inteira, sobressaltando-se assim que a voz de Sooyeon soara no cômodo, chamando-a em uma entonação quase inaudível.
— Mamãe disse para se arrumar, iremos à igreja. Acho bom não demorar, ela não está nada satisfeita com você.
Suspirando, Soojung colocara-se de pé, caminhando em direção ao banheiro da forma mais gradativa possível, previa a tortura que seria ouvir os fiéis e pastores pregando algo que não viviam; o amor ao próximo. Definitivamente, aquele não era o melhor dia para se alienar com as besteiras ditas por um homem em um altar, ela não queria, não deveria ir.
E por Deus, Krystal não tinha ideia do que a esperava nos próximos dias posteriores àquele fatídico ocorrido com o seu pai e Jinri; diariamente, a garota ela obrigada a frequentar a igreja, sem citar a sequência de exorcismos que lhes foram feitos, seus pais acreditavam que daquela forma trariam a solução para o problema. Um problema que nunca existira.
Seus dias se resumiam em ir à escola, igreja e, por fim, retornar para a casa, sempre sendo espreitada por um de seus responsáveis, incluindo a sua irmã mais velha, Sooyeon. Pelo menos uma vez na semana, a caçula dos Jung's era forçada a comparecer em um encontro arranjado com o filho dos Kim's, Jongin. No entanto, apesar do vínculo amistoso com o rapaz, não conseguia se sentir confortável com situação, sabia muito bem com que intuito os seus progenitores faziam-na ir para aqueles passeios com Kai, isso a deixava enojada, muita das vezes causando-lhe ânsias e choros incessáveis.
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𝐛𝐚𝐝 𝐫𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧𝐬 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐲𝐨𝐮 | 𝐤𝐫𝐲𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚.
Любовные романыE de novo aquelas malditas lembranças a consumiram; era como se ainda pudesse sentir alguém tateando seu corpo com maestria, provocando gemidos e suspiros seus, era tudo tão real para ser apenas um sonho.