𝐛𝐚𝐝 𝐫𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧𝐬 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐲𝐨𝐮 | 𝐤𝐫𝐲𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚.

OO4; im in love.

Naquele domingo, Krystal fora apresentada à Jongin, o filho do pastor daquela pacata cidade e, consequentemente, amigo dos progenitores da americana. Ela sabia bem que a amizade destes envolviam muito mais do que coisas relacionadas à igreja, ou melhor dizendo; interesse financeiro, os quais partiam, principalmente, de seus pais.

Um suspiro inaudível saíra de seus lábios roséos, era entediante ficar parada, fitando aquele garoto, o qual parecia tão desconfortável quanto si. Arriscou a pensar que, como ela, o Kim também estava ali por pura obrigação, tal fato arrancou uma risada amarga da platinada, chamando a atenção do rapaz à sua frente.

Ao ter o olhar daquele sobre si, Soojung sentiu-se enrusbecer abruptamente, notando que acontecera o mesmo com Jongin. Até então, não haviam trocado uma única palavra e, sinceramente, a jovem não sentia a mínima vontade de o fazer acontecer, estava na sua zona de conforto, por mais que fosse irônico dizer isso, uma vez que, ambos encontravam-se em puro desconforto.

— C-chrystal, certo? — A voz grave soara em seus tímpanos, despertando-lhe de seus devaneios e a fazendo fixar a atenção à onde viera o som.

Em resposta a ele, apenas maneou a cabeça positivamente e curvou os lábios em um pequeno esboço de sorriso, por mais que fosse fraco e sutil, ainda existia ali.

Fora questão de tempo até que os jovens se infiltrassem em alguma conversa agradável, que fosse do interesse de ambos. Descobriram ter muito em comum, mas de fato, Krystal não conseguira imersar-se nos tais assuntos, afinal, era impossível esquecer as palavras de sua progenitora, na noite passada.

Todavia, não sentia-se culpada pelas coisas que havia feito àquele sábado, era como se, pela primeira vez, tivesse sido ela mesma, sem moldar-se ou se preocupar se agradaria seus pais, ou melhor, os ensinamentos religiosos que estes seguiam.

Os dias pareceram voar diante à percepção de Jung, e seu relacionamento com Jongin fluía a medida que eles se encontravam nos cultos da igreja ou nos almoços em família, quais aconteciam na casa do jovem. Apesar da atual relação estável com seus pais, Krystal sentia-se incompleta e, talvez, sufocada. Era como se estivesse vivendo uma vida que não a pertencia, e pior, estava sendo falsa consigo mesma.

— Krystal, e-eu quero falar algo com você. — O tom do Kim soara baixo e vacilante, consequentemente, chamando a atenção da garota, que arqueara ambas as sobrancelhas em resposta ao amigo.

Este que fizera gesto para que a platinada o seguisse, e então o fez, cessando os passos assim que adentrara ao quarto do rapaz, que fizera questão de trancar a porta em um ímpeto, deixando uma Soojung um tanto receiosa. A menor mantia-se em silêncio total, talvez estivesse a espera de algum discurso ou ato inesperado, provindo do rapaz.

— Irei ser sincero com você, atualmente, percebi que a considero a pessoa mais próxima de mim, então não há o porquê de te esconder algo. — Com o cenho franzido, fizera gesto para que coreano prosseguisse o mais rápido possível, estava sentindo-se um tanto ansiosa diante à situação.

— Eu estou apaixonado.