OO1; that's a dream, right?

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A jovem Soojung ignorava tudo e todos ao seu redor, não sabia-se exatamente o porquê daquilo, talvez aquela aula estivesse chata demais, uma vez que, a garota odiava matemática; ou simplesmente estava perdida em seus devaneios, os quais se baseavam no sonho que tivera na noite passada.

As lembranças daquele sonho a atingiam como flashes, e não duravam mais de poucos segundos, mas era o bastante para deixar a loira claramente incomodada.

— Jung Soojung! – Uma voz conhecida chamou-lhe a atenção, era o seu professor. A impaciência era aparente em seu tom de voz, assim como em sua expressão, pelo o jeito ele deveria estar à um bom tempo tentando fazê-la olhar para si.

Krystal balançou as mãos e murmurou um pedido simples de desculpa, fazendo uma breve reverência em ato de respeito. Burburinhos e risadinhas eram possíveis de se ouvir no fundo, o que a fez revirar os olhos.

— Krystal, espera! – Gritou Luna, ofegante, e por sorte conseguiu alcançar a amiga. — O que houve com você?

— Comigo?

A mais baixa maneou a cabeça positivamente, respondendo-a em silêncio, enquanto arqueava uma sobrancelha.

— Não sei. O que houve comigo? – Retrucou em um tom repleto de sarcasmo, segurando as alças da mochila e começando a caminhar ao lado da outra, que a acompanhava ainda com a atenção presa em si.

— Ah, qual é?! – Exclamou a morena, impaciente, cessando seus passos à frente da maior. — Você não prestou atenção em momento algum. Senhor Guk a repreendeu diversas vezes.

E de novo aquelas malditas lembranças a consumiram; era como se ainda pudesse sentir alguém tateando seu corpo com maestria, provocando gemidos e suspiros seus, eram tudo tão real para ser apenas um sonho. Nunca, de maneira alguma, ela poderia compartilhar aquela experiência com alguém, nem com Sunyoung, sua melhor amiga. Afinal, era errado, não era?

Um breve arrepio percorreu pelo corpo da loira, provocando-lhe um breve espasmo corporal, este que fora percebido por Luna.

— Soojungie..?

— E-eu preciso ir. Te vejo amanhã. – Droga, ela havia gaguejado! Praguejou-se mentalmente por aquilo, apressando seus passos e esquivando-se de Park, que a encarava com um esboço de expressão confusa pairando sobre sua face.

O corpo da americana tremia como nunca, sua respiração se desregulava e o ar lhe faltava à cada passo dado. Krystal estava correndo. Ela corria mesmo sem entender o porquê daquilo, estava tão desolada à ponto de não ter percebido quando uma moto atravessou o seu caminho em uma velocidade absurda, atingindo-a em cheio.

— Porra, nem fodendo que matei você. – Krystal, por sua vez, enxergava com dificuldades uma figura feminina de cabelos negros, acenando as mãos à sua frente, tentando fazê-la recuperar os sentidos perdidos devido ao forte impacto da batida da moto com o seu corpo frágil.

E aos poucos, a americana conseguira focar as suas vistas e finalmente, enxergar de quem se tratava aquela voz. Podia jurar que já havia ouvido-a antes. Uma mulher, muito linda por sinal, pendia a cabeça de um lado para o outro, observando a jovem ainda deitada sobre o chão daquela rua –, a qual estava pouco movimentada, entretanto, alguns carros ainda businavam e motoristas ousavam a desferir xingamentos direcionados às duas mulheres ali, bloqueando a passagem deles. –

— Eu morri e estou no céu? – Fora os únicos dizeres da Jung, os quais causaram uma risada exagerada na outra, esta que estendera a mão para a loira, ajudando-a se levantar.

— Não. Definitivamente você não está no céu, aliás, me agradeça por isso. – Ela estaria sendo sarcástica, ou realmente estava falando sério e quem sabe, duvidando da existência de algum céu? Krystal se perguntava mentalmente, enquanto passava as mãos nas próprias roupas a fim de limpá-las e arrumá-las no próprio corpo.

— Vem, te levo para casa. – Ditou a mulher, até então desconhecida pela loira, mas que mais tarde viera se apresentar como Victoria. Victoria Song.

Claro, Soojung rejeitou a carona, afinal desde que se entendia por gente, lhe fora ensinado a não aceitar nada do tipo de desconhecidos. E Krystal, mais que tudo respeitava e seguia os ensinamentos de seus pais, caso acontecesse o contrário, estaria os desapontando, e principalmente, desapontando Deus.

— Está bem, senhorita certinha. Nos veremos mais tarde, de qualquer forma. – A mulher de cabelos negros proferiu em um tom zombeteiro, logo dando partida em sua moto e então, sumindo em meio aos veículos e prédios daquela região.

A americana encarou os próprios pés, arqueando as sobrancelhas de modo cômico. Os dizeres da morena havia deixado Krystal confusa, perguntando-se mentalmente o que diabos aquilo significava.

𝐛𝐚𝐝 𝐫𝐞𝐚𝐬𝐨𝐧𝐬 𝐭𝐨 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐲𝐨𝐮 | 𝐤𝐫𝐲𝐭𝐨𝐫𝐢𝐚.Onde histórias criam vida. Descubra agora