Love me Harder: Jori

Capítulo 93

Victoria Vega pov's

Segunda-feira, 30 de Agosto

Passei a noite encolhida em minha cama aos prantos e a Jade ficou trancada em seu escritório, eu cheguei a me aproximar de sua porta umas duas vezes, mas não tive coragem de bater e chama-la para conversar e tentar resolver as coisas como sempre fazíamos. O despertador tocou e decidi me levantar para preparar o café da manhã das crianças, mas a minha vontade era continuar naquela cama o resto do dia, eu não iria trabalhar aquela semana mesmo, contudo, precisava pensar nos meus pequenos e na Jade.

Enquanto caminhava para a cozinha passei pelo escritório e notei que a porta do mesmo estava aberta, ou seja, a Jade havia saído de sua "toca", mas resolvi checar de qualquer maneira e ao colocar a cabeça para dentro do ambiente vi uma garrada de Jack Daniel's vazia e alguns cacos de vidro espalhados pela mesa e pelo chão. A Jade continuava escondendo bebidas alcóolicas de mim no fim das contas e isso com certeza me deixou chateada, mas tentei ignorar o fato e continuei meu caminho.

-Droga... -Ouvi a voz embargada de Jade assim que me aproximei da cozinha e ao adentrar o ambiente pude ver que ela estava tentando enfaixar a sua mão, mas não estava conseguindo.

-O que aconteceu? -Perguntei preocupada e ela me olhou.

-Não é da sua conta, Vega. -Jade respondeu com frieza, mas pude perceber pelo tom de voz que ela estava um pouco alta por conta da bebida.

-Você continua escondendo bebidas de mim, não é? -Perguntei enquanto colocava um pouco de água em uma chaleira e nem fiz questão de esconder o quanto estava chateada e para ser sincera estou cansada de sempre ser a pacifista da relação e a Jade a acusadora.

-Você não manda em mim, Vega. -Jade se aproximou e ficamos frente a frente e pude sentir o cheiro forte de whisky que ela emanava, mas não senti medo da aproximação daquela vez.

-Mamães... -Ouvimos uma voz doce e desviamos nossos olhores para a porta da cozinha. -Uma de vocês pode me ajudar a usar o banheiro? -Maria Luiza perguntou e demonstrava ainda estar sonolenta, pois caso contrário ela não estaria pedindo auxilio.

-Victoria te ajuda com isso, pois estou de saída. -Jade respondeu com frieza, pegou seu casaco que estava no encosto da cadeira e começou a se dirigir a porta e Malu como sempre abriu os braços para dar um abraço de até logo em Jay, mas ela apenas ignorou e passou reto por nossa filha.

-Eu vou te ajudar meu amor. -Deu um sorriso para a Malu e a peguei no colo.

-A mamãe tá "braba" comigo? -Ela perguntou fazendo biquinho e encarando a porta confusa e aquilo me partiu o coração de uma maneira.

-A mamãe Jade só não está em um bom dia. -Disse lhe dando um beijo da bochecha e a menina me deu um sorriso e apoiou a cabecinha no meu ombro e assim subimos.

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Jade West pov's

Na noite passada me tranquei no escritório para me auto impedir de fazer uma loucura, pois me conheço muito bem e não consigo controlar os meus impulsos quando estou com raiva. Naquela mesma noite de discussão quebrei o celular de Tori e cortei a minha mão por culpa de um surto de histeria que tive e acabei batendo o copo na mesa com toda força e ele se partiu.

-Jade ainda é muito cedo para a senhora estar aqui. -Um dos seguranças do Teatro me disse.

-Tenho que resolver algumas coisas para as peças, Carl. -Respondi com meu típico mau humor.

Ele me deixou entrar sem problemas e como sempre o teatro estava com um certo movimento, mas ignorei isso e fui direto para a minha sala para reler o roteiro e ver se conseguia arrumar um jeito de extravasar a minha raiva sem machucar ninguém diretamente.

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13 horas

As horas se passaram e Jade continuava fazendo alterações em seu roteiro e o seu elenco não estava se importando muito, pois estava ocupado procurando por figurinos e tudo corria bem até o segurança de mais cedo ir até a sala de Jade e comunicar que um rapaz queria falar com ela e a gótica aceitou, pois pensou que poderia ser algum dos atores.

-O que você faz aqui? -Ela perguntou quando viu o Daniel entrando pela porta.

-Eu quero que deixe a minha Tori em paz! -Daniel respondeu batendo as mãos na mesa.

-Ela não é sua para que você fale desse jeito e acho bom você sair daqui antes que eu...

-Ah, ela não pertence a mim quando essa maldita aliança está no dedo dela... -Daniel se aproximou mais de Jade. -Mas quando estamos sem roupa e completamente suados a Tori parece muito pertencer a mim.

-O QUE? -Jade se levantou irritada.

-A Corna é sempre a última a saber! -Daniel deu risada. -Saía do caminho e deixe que a gente viva a nossa vida em paz e leve aqueles fedelhos imundos com você!

-SEU DESGRAÇADO! -Jade pulou a mesa e avançou contra Daniel, mas o segurança, Carl, entrou na hora exata e impediu que a mulher se aproximasse, contudo, ele não foi rápido o suficiente para impedir que a Jade saísse do teatro.

Jadelyn dirigiu feito uma louca até sua casa e tomada por um ódio descomunal abriu a porta -nem passou por sua cabeça que as crianças poderiam estar em casa e por sorte elas não estavam-. A garota subiu até o segundo andar e encontrou a latina distraída arrumando o guarda roupa das duas e sem aviso prévio a puxou pelos ombros.

-O QUE DEU EM VOCÊ, JADE? -Tori perguntou assustada.

-VOCÊ É UMA VAGABUNDA! -Jade acusou com ódio. -EU TE DEI OS MELHORES ANOS DA MINHA VIDA, TE CONTEI TODOS OS MEUS MEDOS E DIVIDI OS MOMENTOS MAIS FELIZES COM VOCÊ! -A gótica se virou e chutou o criado mudo. -VOCÊ TRAIU A MINHA CONFIANÇA, DESTRUIU TUDO QUE TÍNHAMOS DE MAIS BELO!

-DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? -Tori se exaltou também. -ASSIM COMO VOCÊ ME DEU OS SEUS ANOS, ME CONTOU OS SEUS MEDOS E DIVIDIU SEU MOMENTOS, EU FIZ A MESMA COISA COM VOCÊ! -A latina gritou em plenos pulmões e se levantou. -E NUNCA TERIA TRAÍDO A SUA CONFIANÇA!

-NÃO AUMENTA A PORRA DO TOM DE VOZ! -Jade sem conseguir raciocinar direito e tomada pela raiva levantou a mão com a intenção de desferir um tapa em sua esposa, mas ao ver que a latina estava encolhida e com medo acabou desviando e acertando um soco na parede que estava atrás dela. -Você é podre, Vega! -Jadelyn saiu pela porta, entrou no carro e saiu cantando pneu e Tori se deitou em posição fetal e chorou como uma criança.