Memórias de uma adolescente em crise | JUKE

45. Fugindo da chuva

(Capítulo inspirado nos surtos da minha amiga.)

Luke's POV
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Eu não tinha tomado noção do que disse até perceber Julie paralisar. Ela estava me encarando com um olhar que nunca tinha visto. Parecia demonstrar dúvida, medo ou talvez surpresa. Então era verdade, ela não me amava.

- Eh... eu acho melhor a gente entrar, a chuva tá começando a engrossar. - Falei tentando me livrar do assunto, mas ela não mexeu um músculo sequer. Saí andando em direção à casa, com o coração partido.

- Luke espera! - Ela gritou, fazendo com que meus pés hesitassem, me impedindo de continuar andando. - Luke, me escuta! - Ela gritou novamente, mas eu ainda não me virei passa olhá-la.

De repente escuto um estrondo, seguido de um grito. Era ela. Meu Deus Luke! Que merda você fez? Olho para trás e encontro ela agachada na chuva, se protegendo do raio que acabara de cair. Corri até Julie, abraçando-a.

- Luke, olha pra mim! - Ela pediu com a voz embargada. Me soltei do abraço e o fiz. - Há quase dois anos eu desisti do amor, por medo de que ele pudesse me ferir como havia ferido. Pensava que o amor era uma fraqueza. Mas desde que aquele maldito caderno caiu em suas mãos, eu não posso mais negar. Eu te amo, Luke! Como nunca amei alguém.

- Desde que te vi naquele corredor pela primeira vez eu sabia que te amava, Julie!

Nos levantamos juntos e puxei ela para um beijo, que parecia diferente de todos que já tínhamos dado. Um beijo que me dava borboletas na barriga.

A chuva começou a engrossar então nos separamos e puxei Julie para dentro de casa, onde chegamos rindo. Voltamos para os beijos, que tomaram certo desespero, como se precisássemos um do outro naquele momento.

Quando a falta de ar nos atacou, desci meus beijos para o pescoço de Julie, que gemeu com o contato. Era bom saber que eu causava isso. Distribuí beijos e chupões pela área até chegar ao lóbulo de sua orelha, finalizando com uma leve mordida.

Ela voltou a atacar minha boca, agora com mais vontade. Nossas línguas travavam uma batalha para ver quem conseguia mais espaço. Em seguida, desci a parte de cima de seu macacão.

Nos separamos por segundos e Julie me puxou pela escada, indo até a porta de seu quarto, que após entrarmos, foi batida com força. Coloquei-a contra a parede, selando nossos lábios. Ela começava a tirar minha blusa molhada.

- Tem certeza que quer fazer isso? - Perguntei tomando noção da situação.

- Não consigo mais esperar para ter você por inteiro. - Ela respondeu travando suas pernas em minha cintura.

A direcionei até a cama, me colocando sobre ela sem deixar que meu peso a machucasse. Tirei sua blusa e joguei em algum lugar, tendo a visão de seus seios cobertos pelo sutiã. Beijei o vão entre eles, subindo em direção a sua boca.

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Julie's POV
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Eu estava bem nervosa com aquilo acontecendo, porém estava feliz. Depois de finalmente termos nos entregado por alma, nos entregamos por corpo.

Após Luke tirar minha blusa, troquei nossas posições, me colocando sobre ele, percebendo já o volume em suas calças. O choque entre nossas intimidades, mesmo cobertas, arrepiou a ambos. Comecei a beijar seu peitoral descoberto, subindo para o seu pescoço e deixando uma bela marca ali.

Ele mudou as posições novamente, me ajudando a tirar o resto do macacão e retirando sua calça em seguida, parando para pegar uma camisinha na carteira. Com um olhar quente sobre mim, ele foi beijando todo o meu corpo, ainda olhando diretamente em meus olhos. Quando chegou em minhas cicatrizes, eu hesitei um pouco. Era a parte que eu mais tinha vergonha do meu corpo. Então Luke disse:

- Cada uma delas representa uma luta, e elas mostram que todo guerreiro carrega as lutas consigo. Você é perfeita por inteiro. Eu não tenho dúvida disso.

Depois de passear pelo meu corpo, nossas peças íntimas sumiram rapidamente. Quando Luke começou a penetrar, senti uma leve dor, que passou rapidamente. Gemíamos alto e eu agradecia mentalmente por ninguém estar em casa além de nós. Chegamos ao ápice juntos, gemendo o nome um do outro. Ele se desfez ao meu lado e saiu de dentro de mim — o que me fez sentir um vazio — depois se levantou para descartar a camisinha e voltou para a cama.

Nos deitamos abraçados, do mesmo jeito que estávamos. Ele fazia carinho em meu cabelo enquanto eu me entorpecia em seu perfume.

- Obrigada por hoje, amor. Eu te amo.

- Eu te amo, Julie. Faria tudo por você.

Assim nós finalizamos a noite. Nunca me senti tão bem com uma pessoa.

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Postei e saí correndo, bons surtos!