40. Eu nunca te superei!

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Flynn's POV
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Cheguei atrasada hoje na escola hoje. Não consegui dormir por um minuto sequer. Será que eu realmente devo dar uma chance  para Carrie?  Julie disse que nós devíamos conversar, mas o problema é que: eu não tenho escrúpulos para conversar.

Toda vez que tento resolver algo com alguém, eu surto. Não consigo manter a calma. Por isso, tentei me acalmar o máximo possível antes de chamar Carrie para conversar.

No intervalo, encontrei com meus amigos pela primeira no dia. Eles pareciam estranhos, como se escondessem alguma coisa, mas deve ser coisa da minha cabeça. Quando eu estou nervosa, ela tende a se sabotar.

Encontrei Carrie na saída. Ela estava caminhando em direção ao seu carro. Corri para alcançá-la. Ela estava fechando a porta quando eu dei de cara com o vidro da janela.

- Meu Deus Flynn! - Ela abriu a porta e desceu do carro. Colocou um dos dedos na minha testa e verificou. - Vai ficar vermelho! Vem cá! - Agora Carrie tinha aberto a porta de trás, onde eu sentei no banco com ela ao meu lado. - Não foi nada grave. Dá pra cobrir o vermelho com base.

Neste momento, Carrie tinha parado de olhar para minha testa, focando nos meus olhos.

- Precisamos conversar sobre ontem! - Eu disse antes que me perdesse em seu olhar e ficasse besta de vez.

- Sim, eu sei. Olha, eu realmente não tinha motivo pra fazer o que fiz. Foi puro ciúmes e falta de maturidade. Eu não sei se ainda existe alguma mísera porcentagem de você me dar uma segunda chance, mas se você me der, eu prometo que não vou vacilar novamente.

- Carrie, é muito difícil pra mim esquecer o passado. Tudo o que você disse para mim e para Julie ainda está na minha cabeça, mas sim, eu posso te dar uma segunda chance.

- Então... Você me perdoa? Por tudo?

- Sim! Mas você tem que pedir desculpas para Julie! - Ela confirmou com a cabeça e me puxou para um abraço. Me entreguei a esse abraço como nunca tinha feito antes na vida. Nos separamos dentro de alguns segundos e encaramos os olhos uma da outra.

Uma força me puxava para selar nossos lábios, mas eu não podia, não por enquanto. Me separei de seus braços. Iria abrir a porta para sair, mas Carrie começou a falar novamente.

- Eu te amo! - Me virei, olhando-a atentamente. Ela disse isso! Ela realmente disse isso! - Eu te amo desde a primeira vez que você fez um remix da música sobre nuvens! Uma musiquinha boba sobre nuvens. Queria dizer isso antes, eu queria, cada palavra, mas não consegui! Mas é real! - Nesse momento já estávamos em lágrimas - Eu te amei desde a 7ª série, quando eu fiz você ir na primeira fila montanha russa mesmo você tendo medo.

- Eu lembro - Dei uma leve risada.

- E daí, eu vomitei em seus sapatos, mas você nem ligou, disse...

- "Não se preocupa, queria me livrar desses sapatos faz um tempo"

- Isso! Porque você os superou. Mas a questão é: Eu nunca te superei! Eu te amo e tudo o que eu quero é que esse sentimento continue. Porque tudo isso, eu não estou preparada para que acabe. Se eu tiver que fazer tudo no mundo para que nós fiquemos juntas, eu estou bem com isso!

- Carrie! - A interrompi - Sabe nos musicais quando as pessoas cantam quando não sabem o que falar? - Ela afirmou com a cabeça - Eu acho que é mais fácil só beijar!

- Eu também! - Com isso, ela me puxou e selou nossos lábios num beijo doce pelo gosto de sua boca, porém salgado por causa das lágrimas. Nos separamos apenas pela falta de ar.

- Eu nunca consegui admitir para mim mesma que amava uma garota, mas desde que você me beijou pela primeira vez, isso ficou muito mais fácil. Eu te amo, Carrie!

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Notas da autora:

Quem pegou a referência, ein???

Eu to mortinha depois disso.

Memórias de uma adolescente em crise | JUKEOnde histórias criam vida. Descubra agora